terça-feira, 17 de setembro de 2013

O esquerdismo (e o conservadorismo) que não é mostrado nas escolas

Ser conservador se tornou sinônimo de ser racista, anti-semita e defensor do atraso. Essa é a imagem que a esquerda gramsciana fez da corrente de pensamento, após cinquenta anos de ocupação de espaços nas universidades, escolas e mídia. A imagem que a mesma esquerda não revela é a seguinte: boa parte dos luminares do anti-semitismo eram socialistas - Marx e Engels (que diziam que os judeus poloneses eram "a mais suja das raças"), Bakunin, o compositor alemão Richard Wagner, Adolf Hitler (o sujeito que dizia ser "o realizador do marxismo"), Proudhon e companhia. Mas isso não é tudo.

A esquerda brasileira e sua equivalente americana fazem questão de não divulgar que foi o partido republicano que deu à América a abolição da escravidão. Também fazem questão de ocultar que o partido democrata teve todo o apoio dos confederados (para horror de Barack Obama). O mesmo partido da beautiful people que se diz muito a favor dos negros é, ao mesmo tempo, o partido que defende com garras e dentes o aborto - que é, conforme os dados do CDC, proporcionalmente três vezes mais recorrente na população negra, com números ainda mais expressivos entre os negros pobres. Uma das grandes ironias da História americana é este singelo fato: o mesmíssimo partido responsável pelo controle populacional dos negros e pela defesa da escravidão é o partido do primeiro presidente negro. Detalhe: é um partido da nossa gloriosa esquerda - aquela do Gulag, da grande fome...

Os ocupadores de espaço guiados por Gramsci não gostam muito de expor as idéias dos conservadores. Talvez seja porque os conservadores estejam a anos-luz à frente dos coletivistas radicais, no que diz respeito a sua conduta moral, mas é só um palpite.George Washington, um cristão conservador, defensor da família tradicional, das restrições ao poder do Estado, era um homem que já dizia a seus associados em 1786:

"Eu não desejo comprar um escravo; está entre meus primeiros desejos ver algum plano ser adotado, através do qual a escravidão possa ser abolida lentamente, por graus certeiros e imperceptíveis"

Ao passo que seus rivais democratas (do partido de nosso queridíssimo Obama) estavam dispostos a mergulhar um país em cadáveres e sangue de seus irmãos para defender a prática. Washington permitiu que escravos de sua família fugissem sem persegui-los, libertou William Lee (que lutou ao seu lado na guerra), meio-século antes de Marx e Engels começarem a pregar o "terror étnico" contra o "lixo racial" no jornal comunista Neue Rheinische Zeitung.


Russell Kirk, Viktor Frankl, Milton Friedman foram outros autores conservadores que defenderam as liberdades individuais, lutaram contra os pensamentos genocidas e totalitários de suas épocas e ainda assim são jogados debaixo dos tapetes pelos formadores de opinião comunistas. Porque os comunistas sabem que são piores que os conservadores, porque sabem que até um mínimo de estudo convence quem quer que seja a respeito da grandeza moral e prática do conservadorismo.


Frankl, judeu conservador, sobreviveu ao Holocausto por amor a Deus e a sua esposa, seu sentido na vida, e conseguiu criar um novo e poderoso método de terapia capaz de dotar seus pacientes de um propósito maior, sem destruir todas as suas referências familiares e seus valores. É reconhecido como um dos grandes nomes da psiquiatria moderna, mas quase não é mencionado nos círculos auto-declarados "letrados" deste país, por exemplo.


Milton Friedman aplicou suas teorias políticas (de forma bem-sucedida) no Chile - ele acreditva que a liberalização da economia tendia a provocar a democratização da política. Seu método funcionou para a pobre ditadura sul-americana, que hoje é a democracia mais próspera da região.


Russell Kirk criou os princípios do conservadorismo-liberal clássico. Não é possível que qualquer ser humano normal considere as famosas medidas que Marx propõe para a implantação da ditadura do proletariado no Manifesto (como a perseguição a dissidentes e emigrantes) superiores a estes princípios. Estudar o conservadorismo é se curar do totalitarismo, que é a essência mesma da esquerda.





sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Olavo de Carvalho propõe desafio a Renato Janine Ribeiro

O professor Olavo de Carvalho lança mais um desafio a um de seus críticos. Desta vez, o alvo foi o professor Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia Política da USP.
Olavo em palestra na Romênia
Imagem: http://goo.gl/OCJqTW

Nos últimos tempos, nenhum autor brasileiro se atreveu a aceitar um confronto escrito com o homem que se intitula "o maior filósofo do Brasil". A última personalidade que o fez - o professor Aleksandr Gelyevich Dugin, da Universidade Estatal de Moscou, a convite de um aluno de Olavo - teve uma derrota humilhante, em um debate que fez o principal arquiteto das idéias "nacional-bolchevistas" e "eurasianistas" parecer um mero propagandista de segunda categoria. Os textos dos adversários foram publicados pela Vide Editorial (disponível pelo link http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4224796/os-eua-e-a-nova-ordem-mundial).

A presente confusão já foi até mesmo noticiada na versão online do Jornal Opção (http://www.jornalopcao.com.br/).

Ao que parece, o novo convite foi motivado por uma postagem do professor Ribeiro em seu perfil do Facebook: "para ter Olavo de Carvalho entre os mais vendidos do Kindle, é preciso dizer que a inovação tecnológica convive com o retardamento mental".

A resposta de Olavo foi a seguinte:


"O sr. Renato Janine Ribeiro postou na sua página do Facebook a seguinte opinião [...]
A declaração é apoiada por algumas dezenas de pessoas, todas pertencentes ao mesmo grupo social: professores e estudantes universitários.


Diante da confiança absoluta que ele tem na imensurável superioridade intelectual que o separa da minha pessoa, superioridade reiteradamente confirmada pelo testemunho dos seus apoiadores, desafio publicamente o distinto a debater comigo qualquer tema filosófico ou político da sua escolha. As regras serão as mesmas do debate que travei com o prof. Duguin. O debate será publicado no meu site, no Seminário de Filosofia, no Mídia Sem Máscara e onde mais o meu contendor deseje publicá-lo.
Eu poderia sugerir como tópico a ser abordado a tese do sr. Janine de que não se deve jamais impedir que um cão faça pipi no sofá, mas aceito, em princípio, qualquer outra sugestão, reservando-me o direito, é claro, de analisar criticamente a sua formulação do problema até chegarmos a algo que seja de comum acordo antes do início do debate.


Se o sr. Janine preferir pular fora, alegando que sua superioridade é autoprobante e que não precisa do pedestal para prová-la num confronto com um Zé Mané qualquer, compreenderei perfeitamente a sua atitude, o que não me impedirá de tirar dela as conclusões que bem entenda.


Sem mais para o momento,

Olavo de Carvalho"


Para quem aprecia um bom conflito de idéias e conhece os autores, resta a expectativa. Será que haverá algumas boas trocas de argumentos (e ofensas) em breve? A resposta pertence aos dois filósofos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A guerra, quando ela convém.

De tempos em tempos, a esquerda gosta de se intitular "pacifista". "Trabalhadores do mundo: uni-vos": argumentam os discípulos de Marx, de Lenin e  de Saul Alinsky que o socialismo é "internacionalista", que a guerra não é compatível com os elevadíssimos ideais progressistas. Até o momento em que a "guerra revolucionária" se torna necessária.

Pouco antes da primeira guerra, toda a esquerda européia defendeu a conflagração. Era "a última guerra", que desencadearia o colapso do sistema capitalista. É claro, o capitalismo não caiu. Pouco tempo depois, a esquerda começou a espernear contra a mesma corrente que ela havia apoiado: cai o czar, surgem revoluções comunistas (fracassadas, para variar) na Hungria e na Alemanha contra (pasmem!) o "militarismo capitalista". "Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é", pregava o Camarada Lenin.

Stalin armou e treinou a máquina de guerra nacional-socialista; antes que Hitler fosse gente, financiou o partido nazista, conforme o relato do oficial da inteligência militar soviética Viktor Suvorov (em O Grande Culpado: o plano de Stalin para iniciar a segunda guerra). Tão logo o conflito teve início, esta mesma esquerda começou a gritar contra "a vil agressão imperialista". Imperialismo, evidentemente, sempre foi e sempre será o que fizeram as forças unidas do socialismo racista e do socialismo marxista. Mas o amor pela guerra não é exclusividade de Stalin.

Milosevic (da Liga dos Comunistas da Iugoslávia), os membros partido socialista árabe Baath (Saddam, por exemplo), Mao (contra o Tibet), Kim Il-Sung (que iniciou a guerra da Coréia), Ho Chi Mihn (que invadiu o Vietnã do Sul), Castro (que financiou e enviou tropas para as guerras de Angola e Moçambique) e mais recentemente, François Hollande, em nome dos mais belos ideiais humanitários defendidos pela irmandade muçulmana. Ah, é claro, o partido democrata - que tanto esperneou contra a guerra no Iraque, contra... um sujeito que usou armas químicas sobre a população curda - também está na lista.

Dizer que a mentira é a essência da esquerda é um eufemismo. A esquerda é a encarnação última e perfeita da destruição, do genocídio, da fome, do totalitarismo, da selvageria, do Gulag, dos paredões de fuzilamento, das covas coletivas e da mentira. Esta verdade não é menos óbvia hoje do que foi nos tempos de Stalin. O mesmo Hollande, que é membro do partido socialista francês, tão orgulhoso de seu inexistente pacifismo, chora desesperadamente pela oportunidade de dar dinheiro ao Islã político. Obama, o anticristo, que tanto falou na bela causa da paz, já se manteve até o máximo de suas forças na ocupação do Afeganistão e do Iraque, fez a guerra contra a Líbia e agora pressiona o congresso por uma guerra na Síria. Essa gente não têm um pingo de decência? Pol Pot et caterva provam que não. Isto é a esquerda.


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