domingo, 28 de fevereiro de 2016

A revista Veja e o fim do jornalismo

A saída de Joice Hasselmann do períódico que é considerado a maior revista brasileira foi uma tragédia para a liberdade de expressão, um ato de covardia e uma traição descarada contra a população, que, em sua maioria, é simpática às opiniões da colunista. Mais do que qualquer consideração estética sobre um veículo de comunicação - Veja, sem dúvidas, conta com o trabalho de escritores, diagramadores e designers talentosos -, o que determina a qualidade "jornalística" ou a confiabilidade é a independência da opinião do Estado, até mais do que a imparcialidade . Não há tal coisa como "isenção": em jornalismo, todos os veículos de comunicação possuem uma linha editorial. Todos os chefes possuem uma opinião. As informações divulgadas podem ser verificadas com fontes primárias e documentos, com fatos, filmagens, testemunhos de pessoas envolvidas nos fatos e registros dos mais variados tipos: essa é a essência do trabalho jornalístico, e também a das investigações científicas. Seu funcionamento independe do que pensa ou deixa de pensar o cientista. Mas um jornal não tem qualquer função informativa se não pode atacar o governo sob o qual existe. A diferença entre qualquer jornal socialista ocidental e a KCNA é que as publicações de esquerda existentes em países governados por conservadores ou liberais até mesmo podem expor crimes cometidos pelo Estado, eventualmente, e a veracidade desses crimes pode ser confirmada por qualquer cidadão - opiniões não mudam fatos. Mas a KCNA - ou qualquer jornal diretamente submetido à boa vontade do Estado socialista - sempre irá lamber as botas do comunismo norte-coreano. A KCNA nunca, em nenhuma hipótese, falará sobre os campos de concentração ou os inúmeros genocídios cometidos pelos sistemas marxistas, não importando qual das "ramificações" seja responsável pela barbárie. Quando a revista Veja dobra a espinha para o poder do Partido dos Trabalhadores, ele está se tornando apenas uma releitura do Pravda - o jornal para o qual "os terremotos, furacões e epidemias acabavam pouco antes de chegarem às fronteiras da URSS". 
Olavo de Carvalho tem a solução para a traição midiática:
boicote e pressão popular.

A revista Veja chegou a participar da "revolução conservadora" em curso no Brasil. Por um brevíssimo período de tempo, ela abriu as portas para escritores de tendência abertamente liberal - até mesmo militante -, como o senhor Rodrigo Constantino, que não é nehum gênio das letras, e para colunistas de posicionamento conservador-liberal como Felipe Moura Brasil, brilhante aluno do professor Olavo de Carvalho. Reinaldo Azevedo, ex-trotskista, também integrou a equipe, e sempre foi firme em suas críticas ao sistema "bolivariano" em construção, apesar de todos os erros alimentados pela ideologia que o escritor paulista possa ter. Joice Hasselmann desempenhou o papel da bela e feroz âncora do projeto "TV Veja", atacando com elegância e desprezo absolutamente justificado a administração socialista - por toda essa equipe e pela coragem para desafiar a maior máquina de propaganda que o país já viu desde o regime fascista de Getúlio Vargas, os responsáveis pela revista Veja daqueles tempos não muito distantes merecem apenas os aplausos na nação, o agradecimento sincero pela luta contra o totalitarismo, o reconhecimento pelo desafio lançado à tirania, apesar de todas as dificuldades para mostrar-se honrado em trabalho jornalístico, com todo o parasitismo e bajulação que reinam soberanos nos escassos miolos dos "homens médios" da profissão. A alegria durou pouco, e Veja tornou-se o retrato da deformação flácida que é a conduta dos jornalistas e da classe falante brasileira. Agora, o veículo, que já fez alguma coisa pelo país, luta incansavelmente para conquistar a tão merecida existência em mediocridade - quem sabe os editores queiram apenas a aposentadoria confortável, sonho do estereótipo tupiniquim. Veja virou a "revista-barnabé", desesperada pela mesada do Banco do Brasil, da Caixa e da Petrobras. E assim morreu mais um dos impressos de algum valor que essa miserável pátria viu nascer. A demissão de Joice Hasselmann, pelo visto, foi apenas mais um dos passos em direção à catástrofe moral.

André Petry é o novo diretor da revista Veja - um sujeito com simpatias pelo bom e velho esquerdismo à Partido Democrata. Em meio à maior crise que o Brasil já viveu desde a Grande Depressão da década de 1930, Veja não se contenta em "expurgar" conservadores e liberais mais impetuosos em suas críticas: literalmente, entrega o jogo para um intelectual "miolo-mole", exatamente do tipo descrito por Yuri Bezmenov. Ato de covardia igual só foi visto na vergonhosa rendição francesa, durante a Segunda Guerra. Por medo da pressão econômica, por medo da perda das gordas campanhas publicitárias estatais, veja vendeu as cabeças de seus melhores jornalistas, de pessoas que tiveram a coragem de enfrentar um partido que não apenas foi responsável pela morte de Celso Daniel e Yves Hublet, mas que se aliou à maior força assassina que o continente já viu - as FARC -, e colocou, no lugar dos melhores, os piores, que, por sorte, não têm quaisquer cabeças para perder. A lei militar entende a traição cometida pelos líderes mais importantes das tropas como ato de "alta-traição", que deve ser punido com o pelotão de fuzilamento. Jornalistas não merecem tamanha honra - é uma profissão notória por seus vigaristas, bandidos, prostitutas e outros levados às situações mais confortáveis por meio dos "testes do sofá". A direção de Veja mostra que o jornalismo brasileiro, ao menos o jornalismo dos maiores veículos de comunicação do país, faz grande justiça à reputação. Os covardes não merecem tamanha distinção como o tratamento "leninista": não senhor, merecem o tratamento sugerido pelo filósofo Olavo de Carvalho. Os responsáveis pela publicação devem, por seus próprios leitores, serem processados, perseguidos, pressionados a deixarem seus empregos e jogados na rua, que se adequa mais à natureza de seus atos. Mediocridade, covardia e rendição a criminosos são ações que merecem o desprezo do público e a perda de qualquer autoridade, que imerecidamente a vergonha chamada Veja ainda possui.

O autor disse, sobre os envolvidos no sistema do Foro de São Paulo: essas pessoas não merecem a morte. A pena capital tornaria a sociedade brasileira um retrato da perversão espiritual de seus algozes. O Brasil possui pessoas decentes e que têm coragem de desafiar o totalitarismo: essas pessoas não podem ser igualadas aos vermes como os que mandam e desmandam nas redações, na bajulação do assassinato, ou aos próprios assassinos, no coração do Estado. Essas pessoas merecem que seus veículos de comunicação caiam e desapareçam, merecem apenas a falência e a exposição de sua conduta ao público. A população brasileira já dobrou ratos no parlamento, que agora se desesperam em busca da aprovação de projetos notoriamente populares, como o fim do infame estatuto do desarmamento, responsável por entregar os pescoços dos inocentes aos criminosos. É hora de essa mesma população varrer "para a lata de lixo da História" os parasitas bajuladores nos grandes veículos de comunicação, através de gestos tão simples como parar de comprar qualquer um dos produtos oferecidos  pelos animais que usurpam o título de "jornalistas". O Brasil está vendo uma nova "revolução americana" diante de seus olhos, e é hora de fazer desta nação um país "normal", onde conservadores e liberais também possuem espaço na política e na imprensa, onde crimes de Estado são punidos e onde o povo é verdadeiramente livre. Como na revolução de Thomas Paine e Washington, é necessário que a população faça a revolta não apenas contra a coroa, mas contra aqueles que a sustentam . A demissão de Joice Hasslemann, o "expurgo" feito na redação - e que acabará por cortar a cabeça de outros grandes nomes, Reinaldo Azevedo entre eles - e a mudança "misteriosa" de posicionamento devem ser vistos como são: covardia, pusilanimidade, vigarice, traição pura e descarada. Se Veja era a única grande publicação conservadora-liberal, agora juntou-se à grande agência, à "Novosti", à KCNA dessas terras, ao lado de pérolas como a Carta Capital. A grande imprensa decidiu abraçar em bloco a barreira informacional gramsciana - que os brasileiros tomem a justa decisão de jogar todas essas empresas no único lugar onde deveriam estar: no esgoto.

É natural que não seja o "fim do jornalismo" no Brasil: isso não acontecerá, enquanto houver pessoas dispostas a divulgarem as informações que o bloqueio tenta sufocar. Os articuladores do bloqueio conseguiram destruir José Carlos Graça Wagner, que nunca foi colunista da Veja, mas fez, à sua maneira, um trabalho jornalístico infinitamente melhor do que o da revista, e deixou um legado que vale mais para o país do que mil anos de publicações do Globo, da Isto É e da Veja somados. Os "companheiros" tentaram destruir Olavo de Carvalho - falharam miseravelmente. Graças a esses homens, e a todos que devem seus trabalhos a eles, o Brasil vive um terremoto que irá derrubar sátrapas e imperadores, e a escória será, em breve, humilhada, como fez esforço gigantesco para merecer. Os brasileiros como Olavo, que participam da demolição do bloqueio, estão ajudando a sepultar a velha mídia tomada na "ocupação de espaços", é o fim da era da traição e dos lap dogs. O teatro de cortesãos morreu, e nunca mereceu o nome de "jornalismo". Com o sacrifício de Graça Wagner, está nascendo um novo jornalismo, que poderá significar tempos melhores para todos aqueles que realmente estão dispostos, de corpo e alma, a buscarem e a divulgarem a verdade, não importando a qual dos dois campos políticos sejam simpáticos. 

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