domingo, 26 de março de 2017

O burguês bolchevique e por que o socialismo nasce morto

O socialismo é impossível porque não há sociedade sem hierarquia, não há sociedades sem "favorecidos e desfavorecidos". Milênios de insurreições populares, revoluções das mais diversas cores e palavreado colorido de "líderes iluminados", seguido de ações não tão coloridas, dão testemunho da impossibilidade de um mundo sem "mestres e servos". Há, evidentemente, servos que querem se tornar mestres, ou mestres não tão ricos, que querem apenas se tornar ainda mais "magistrais". Esse é o resumo da História do socilalismo, e isso explica porque tantos burgueses conferem apoio entusiástico ao movimento revolucionário - em caso de dúvidas, consulte a biografia do senhor George Soros.

A rússia soviética não foi construída por "camponeses, operários e soldados". O RKKA (Raboche-Krestiánskaya Krásnaya Ármiya) não foi comandado pelos trabalhadores, e "nikogdá býl". O estado revolucionário por excelência foi construído pela elite financeira e intelectual russa - Lenin não nasceu em casebre, mas em uma linhagem de nobres e - literalmente - banqueiros. A gana da liderança revolucionária não é "acabar com as elites" - é ser ela mesma a nova elite, a construir o "Novo Mundo" e o "Novo Homem", seja ele soviético, nacional-socialista, francês ou tupiniquim. Ao lado de Lenin estavam Dzerszhínsky, da casta nobre da Polônia - da Szlachta. Ele, um aristocrata, tornou-se o chefe da organização socialista mais temida do mundo, que seria conhecida como o NKVD (e, posteriormente, o KGB). Trótsky, por sua vez, era filho de um latifundiário ucraniano - Liev Davidovich nunca trabalhou em um chão de fábrica por um dia sequer, em toda a sua vida. Os irmãos Sverdlóv, outros fiéis escudeiros da causa, eram de família rica, com investimentos no setor financeiro nos EUA - e com o dinheiro de Wall Street, fizeram o outubro vermelho, como testemunha Vladimir Zhirinovisky. Volkogonov acrescenta que os governos e banqueiros alemães também investiram no levante - para comprar os insurgentes, tirar a Rússia da guerra e ganhar, para acrescentar insulto à injúria, parte do território ocidental do Império. A elite do "estado dos trabalhadores" nunca trabalhou, apenas sentia inveja dos antigos senhores, e acreditava que seria capaz de "mandar melhor" - segundo o testemunho da ciência histórica, o fracasso foi um dos maiores já vistos, com um custo de dezenas de milhões de vidas inocentes, que, por ironia do destino, eram de trabalhadores.

Karl Marx uma vez disse que a História se repete, e Soros é a réplica dos homens que fizeram o levante de Petrogrado. Como até Lênin tinha mais de um banqueiro, o senhor húngaro tem companheiros na dinastia americana - aquela, composta por magnatas do petróleo, que em meados de março perdeu um filho bilionário que atendia pelo nome de David - e nas famílias europeias ligadas aos clubes globalistas (entre elas, naturalmente, a do "escudo vermelho"). Esses são os "Ulyanov", "Sverdlóv" e "Dzerzhinsky" do nosso tempo. O único termo que dá conta de descrever o fenômeno é "metacapitalismo": os revolucionários são burgueses que querem o monopólio do poder militar, do poder industrial e do controle sobre cada mínimo aspecto da vida humana, através da expansão infinita da influência do Estado. São os monopolistas por excelência, são a epítome da ganância e da libido dominandi. Qualquer crença nesses homens é certeza de desastre: não é posível criar, como diz a internacional, um "mundo sem senhores" levando ao trono os mais brutais, cínicos e mentirosos dos poderosos. Se ainda há dúvidas a respeito do futuro em uma vida sob o comando dos movimentos patrocinados por estes cavalheiros, basta mostrar que, na visão do mais famoso dos metacapitalistas, a China é o Estado que deve "dar as cartas" no "Novo Mundo". Como se não fosse o suficiente, o mesmo confessou, em entrevista à CBS, ter sido um colaborador do regime nazista, e ter considerado o ano da invasão alemã "o ano mais feliz" de sua vida.

O socialismo é o culto ao fracasso e o grito enfurecido dos incompetentes que se imaginam com inteligência e poder o bastante para controlar cada aspecto da vida dos vizinhos. É a sentença de morte da inteligência, porque nega um dado básico da realidade: a limmitação humana. Não importa o quanto a pessoa diga a si mesma que "é Deus" - no fim do dia, todos os projetos terão fim, todos os sonhos morrerão e toda a riqueza irá se desfazer em pó. Apenas as coisas que os revolucionários mais odeiam continuarão a existir, e elas são precisamente as que a militância histérica afirma "não haver". Até que o dia derradeiro chegue, os "iluminados" continuarão a pregar o advento da "sociedade do futuro" e o paraíso na terra. Traídos por sua ganância, serão jogados sob as botas e sangrarão gemendo debaixo do punho de ferro de burgueses ainda mais cruéis e homicidas que os do dia anterior - e os novos burgueses chamarão a si mesmos de "Partido".

Mais sobre o tema - Paul Joseph Watson denuncia financiamento do mais conhecido metacapitalista a militantes de extrema-esquerda nos Estados Unidos:

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