sábado, 30 de junho de 2018

O único erro de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro tem alguma chance de vencer as eleições, pelo massivo apoio popular que conquistou ao longo dos anos, através de uma carreira absolutamente limpa dos tão conhecidos crimes da administração pública nacional. O militar apoia medidas econômicas sensatas, defende a aproximação do Brasil com parceiros comerciais produtivos - entre eles, Israel e os Estados Unidos - e é um corajoso propagandista das liberdades individuais, assim como da devolução do direito à legítima defesa aos cidadãos comuns do país. Os outros candidatos querem seguranças para si - Bolsonaro quer que os brasileiros comuns tenham novamente o seu direito à segurança e à proteção de suas vidas e famílias. Os demais, e seus partidos, querem apenas a proteção da vida dos assassinos e traficantes. Qual é o erro de Bolsonaro?

O Brasil possui uma casta burocrática parasitária e infinitamente vaidosa - também possui um público acadêmico e midiático igualmente vaidoso, igualmente parasitário (lembremos: até agora, as universidades brasileiras não tiveram a capacidade de produzir um Nobel sequer) e mosntruosamente apegado às aparências, em especial, à afetação de bom-mocismo. Ser absolutamente franco significa que você dirá coisas desagradáveis quando necessário, e que você irá mandar adversários "à merda" ou sugerir que calem suas preciosas bocas quando igualmente necessário. É isso o que Bolsonaro faz. Mais uma vez - qual é o erro de Bolsonaro?

Todos os países normais sabem reconhecer grandes líderes políticos. Todos os países normais reconhecem que líderes, mesmo que sejam brutais, são capazes de conquistas memoráveis e de vitórias inquestionáveis. Falar a verdade, ainda que de maneira impiedosa, é uma virtude - essa é a atitude dos americanos para com a imagem de Patton e a atitude dos russos diante de Lenin, que ofendia seus inimigos em público ou nas páginas do Pravda (às vezes de forma justa, muitas vezes de forma injusta). Ser sincero de verdade ofende, e nenhuma dose de lubrificante politicamente correto ou beletrista irá mudar este fato. Os países normais reconhecem a verdade nos grandes líderes - ainda que suas palavras ofendam - mas o Brasil não é um país normal. É um país de veadinhos acadêmicos e de parasitas travestidos de jornalistas, e de uma classe empresarial que pensa que esse modo de vida é uma espécie "civilização gentil". É um país que vive a ditadura totalitária do "o que será que o vizinho irá pensar".

O erro de Bolsonaro, caro leitor, não é mandar seus inimigos (que são os inimigos do Brasil de verdade, que não é o Brasil da mídia, nem das grandes cidades e tampouco do fedor da bíutiful pípou carioca) à merda. Não é chamar seus inimigos de lixo, de escória e de degenerados - que é o que esses indivíduos e seus partidos realmente são. É ter nascido no Brasil, país que despreza a honestidade, a virilidade e todas as demais virtudes militares, aquelas que constroem nações - algo que o Brasil não é, ainda. O erro de Bolsonaro é ter nascido no Brasil, país que despreza o valor e ama a aparência de valor, que cultua o rótulo de sofisticação que envolve a boa e velha merda de mentalidade brasileira. Esse é, afinal, o território do qual falava Lima Barreto.

Mais sobre o tema - Olavo de Carvalho fala sobre Jair Bolsonaro:

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