domingo, 17 de setembro de 2017

O que esperar da esquerda nos próximos meses?

O socialismo brasileiro recebeu golpes importantes em 2016: o sucesso de "O Jardim das Aflições" foi o sintoma mais claro do fracasso da estratégia gramsciana, que é enfrentada com grande eficácia pelo movimento inaugurado pelo autor de "O Mínimo". Lula está prestes a enfrentar uma condenação a alguns anos de cadeia - pode ser que o líder escape da justiça, mas não conseguiu escapar da completa demolição de sua imagem, ao longo dos processos. Já foi dito que Bolsonaro é uma figura equivalente a Lula, no campo conservador - o que constutui grande injustiça, uma vez que o capitão de artilharia possui muito mais instrução que o vigarista bolivariano. Os ataques às principais figuras da política de esquerda e a perda gradual e sistemática dos espaços na cultura, ainda que ocorram de forma discreta, deixam cicatrizes cada vez mais destacadas na carapaça dos marxistas - a televisão já tem ao menos um nome conservador, e a ideologia da maior rede é enfrentada não apenas por direitistas, mas por boa parte da população. Até integrantes da classe jornalística já começam a revolta contra seus capatazes bolqueviques, coisa que seria impossível em um país que chama "Chacras" e companhia de correspondentes. A esquerda está em estratégia de defesa, e suas decisões em 2018 irão seguir este caminho.

Na cultura, haverá defesa incansável da casta artística. Eles, naturalmente, se vêem como "a cultura nacional", em grande medida como os bolchevistas, ainda que podres de ricos, se vêem como "o proletariado". Se "a cultura nacional" disser que pedofilia é arte, então, naturalmente, é melhor que os súditos aceitem o absurdo, em silêncio servil. Todo ataque contra a casta será qualificado como "fascismo", "fobia", "autoritarismo" e demonstrações do "ódio" da "extrema-direita". As bandeiras, como sempre, serão as mesmas da esquerda norte-americana - lembrem-se que nossa esquerda nunca teve um gênio, um prêmio nobel como Márquez, e muito menos é capaz de pensamento criativo. É provável que o discurso da "pedofilofobia" comece a aparecer, como ficou claro a partir das declarações oficiais do banco responsável pelo show de horrores, no Rio Grande do Sul. No campo da cultura, nada haverá de novo - a mudança que podemos esperar é na política tradicional.

A esquerda já começou a perceber o que a população espera de um líder. Bolsonaro mostrou que tipo de atitude o brasileiro quer, e é natural que os marxistas-leninistas produzissem alguém para confrontar a real ameaça oferecida pelo movimento conservador. Em poucas palavras, a conversa mole do PSOL não vende nada, em nenhum lugar do pais. Os brasileiros, como todos os latino-americanos, buscam um caudilho, infelizmente. Um líder que não tenha medo de atacar seus adversários, de destruí-los em debates e de chamá-los pelos nomes corretos, no bom e velho dialeto marinheiro. Bolsonaro conquistou o que talvez já seja a maior adesão popular espontânea a um candidato, na História do país. O movimento esquerdista não está cego para este fato. Lula vai mudar seu discurso - este vai ser um elemento da estratégia das esquerdas. O outro será Ciro Gomes. Este cidadão fala português - não o sub-discurso castrado de figuras como Freixo. O político carioca não conseguiria se eleger a síndico de prédio, simplesmente porque demonstra, dia após dia, fraqueza, pusilanimidade, vaidade e completo distanciamento do brasileiro de verdade. Nenhum trabalhador votaria em um almofadinha que arrota autoridade "em nome do proletariado". Essa propaganda não vence. Bolsonaro é uma pessoa real, não é uma cria do Marketing. Bolsonaro fala o idioma compreendido por qualquer compatriota, do Amapá ao Paraná - Ciro e Lula são capazes de fazer a mesma coisa.

Como a esquerda perdeu batalhas importantes da guerra cultural, é possível que os próximos passos seam a censura pura e simples - o bolchevismo ainda tem muito espaço no Estado, e seus militantes não hesitarão em usar qualquer ferramenta para silenciar o movimento conservador, que está em investida. As humilhações sucessivas com certeza não ficarão sem alguma tentativa de vingança, e os aparelhados na administração de Minas Gerais já sugeriram que deverão reinaugurar a exposição de apologia do crime em uma instituição pública. Nenhuma voz conservadora será tolerada, pelo movimento, nos meios de comunicação, e alguns processos poderão ser usados para tentar compensar a sangria causada por personalidades como Gentili. Na política, há o rumor de uma possível aliança entre Ciro e Lula. Ciro Gomes, conforme parte da militância do PDT no Rio de Janeiro, deverá se lançar como vice-presidente de Lula, em tentativa de compensar o apoio formidável conferido pela população a Jair Bolsonaro. O conservador, bem como cada um de seus familiares, deverá ser atacado com violência pelos socialistas. Eles sabem que essa batalha é uma das mais importantes, até a corrida eleitoral de 2018. A esquerda está em claro processo de decomposição - mas não irá aceitar ir para a sepultura sem causar mais algum estrago.

Mais sobre o tema - Eduardo Bolsonaro entrevista Olavo de Carvalho:

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