sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Por que Bolsonaro é o melhor candidato à presidência, em 2018

Jair Bolsonaro é visto como inimigo por algumas frações dos movimentos conservadores e liberais brasileiros, erroneamente. Ainda que o eleitor hesitante acredite que o militar ofereça problemas para quem é simpático ao livre-mercado, a escolha do candidato vai para aspectos além das diferenças doutrinárias em um ou outro tema. A escolha de Bolsonaro não é baseada em convicção sobre sua qualidade pessoal ou formação teórica: é estratégica. Da mesma forma que um liberal convicto pode adotar uma posição aparentemente contráditória em defesa daquilo que ele mesmo preza, a compreensão dos motivos pelos quais deve-se porventura escolher um candidato realmente conservador deve apreender problemas imediatos enfrentados - no caso do Brasil, a vasta estrutura partidária que cerca não apenas o Partido dos Trabalhadores, mas todos os "partidos irmãos" e organizações associadas.
Imagem: http://goo.gl/NKa9kC

O primeiro e essencial motivo para a escolha de Jair Bolsonaro é o tipo de oposição que ele faz ao partido governante - Bolsonaro não tem medo de chamar criminosos de criminosos. Como Macri na Argentina, o capitão do exército demonstrou enfrentar com bravura uma vasta militância de hostilidade efetivamente homicida - basta lembrar o que foi feito a críticos bem menos vocais do governo, como Yves Hublet. Esse tipo de liderança é essencial na transição de um governo esquerdista de tendência autoriotária para a normalidade democrática da alternância de poder: foi precisamente assim que se fez a transição da Polônia do sistema comunista para o modelo atual, considerado um dos mais bem-sucedidos no Leste Europeu. Walesa é para a nação eslava exatamente o mesmo que Bolsonaro é para o Brasil: uma personalidade um tanto simplória, mas com a determinação moral e a coragem necessária para enfrentar sicofantas, e que, seguramente, tem vasto apoio popular. Já se pode especular que o patriarca da família Bolsonaro precisará apenas de mais algum estímulo propagandístico para destronar o movimento de Lula: nesse momento, nenhum político brasileiro pode se gabar de ser recebido como "rock star" em aeroportos. O amor do público ao oficial da reserva é uma evidência da vantagem tática que ele possui. Com Bolsonaro, é possível tomar da esquerda exatamente aquilo que fez de Lula uma espécie de marca: a celebração popular da personalidade.

A vantagem tática apontada é indiscutível, mesmo para os mais sonoros críticos da personagem. Todavia, Bolsonaro não é um completo desastre, em matéria de Economia. Ainda que tenha inúmeras reservas contra a legalização das drogas - bandeira perene de uma parte importante do liberalismo brasileiro -, Bolsonaro é um liberal, em sentido clássico, como já demontstrou em algumas de suas colocações mais recentes. O militar afirma que "o mercado deve regular a economia", e que defende a "privatização da Petrobras", que poderia "ter sido usada para prevenir o maior escândalo de corrupção que o país já viu". A família do "pop star" reacionário tem proximidade com o movimento conservador-liberal, e busca orientação com nomes da intelectualidade de direita que esposam o liberalismo clássico. Caso a defesa do mercado se mostre uma constante na "nova versão" do candidato, agora polido para o pensamento e debate político, a mudança faz dele uma arma ainda mais eficaz no processo de saneamento da vida pública nacional. O militar não terá medo de varrer o aparato burocrático colocado em funcionamento pela "ocupação de espaços" marxista, e, o que é tão necessário quanto, não hesitará em fazer as reformas que o Brasil necessita para mudar de uma economia desenvolvimentista-nacionalista-terceiromundista para a eficácia e prudência do liberalismo.

Edmund Burke foi liberal a vida inteira, entusiasta da revolução americana, mas não hesitou em mudar seu posicionamento diante da fúria da revolução francesa. No último pleito presidencial, milhares de liberais brasileiros votaram em Aécio, não por alguma "qualidade pessoal" do homem, mas por estrita necessidade. A realidade da vida política exige lidar sempre "com o que se tem". Bolsonaro não é Ronald Reagan, mas está muito acima de seus concorrentes. Sua candidatura é, verdadeiramente, o maior ataque já realizado contra a hegemonia revolucionária nos meios de comunicação, na "opinião pública" e na formulação de diretrizes econômicas. O clamor popular por sua presidência é uma facada no corpo do movimento marxista da qual este jamais se recuperará. Ainda que tenham todos os recursos para comprar vozes no meio artístico, ainda que tenham à sua disposição uma militância sem número e armada, perdem espaço a olhos vistos para um sujeito que, com toda evidência, representa aquilo que a esquerda mais abomina e mais se esforçou em sua história ao longo das últimas cinco décadas para tentar difamar ao povo: um militar, um representante do "patriarcado", integrante das forças armadas incessantemente submetidas à calúnia. A eleição de Bolsonaro poderá ser o ataque que quebrará a espinha do socialismo brasileiro, e fará aqui a mesma revolução econômica colocada em andamento por Macri, na nação vizinha. A vitória poderá ser mais um dos estertores derradeiros do sistema criado pelo Foro, que, ao que tudo indica, começará a se decompor para a prosperidade da América Latina.

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