terça-feira, 31 de dezembro de 2013

As coletivizações forçadas do PT

As coletivizações foram os experimentos econômicos mais desastrosos dos regimes socialistas. Da China de Mao à Yugoslávia de Tito, sempre terminaram em catástrofes produtivas sem precedentes, resultando invariavelmente em perdas nas colheitas, nas cabeças de gado e até em vidas humanas (por via da fome). Nenhum dos experimentos do gênero - repito -, nenhum, jamais alcançou resultados diferentes. Até onde o sistema foi menos pernicioso, levou ao abandono quase imediato da idéia (como nos bálcãs). Onde foi mais intenso, resultou na morte de milhões. Em Stalin - Triunfo e Tragédia, Dmitri Volkogonov estima que as mortes decorrentes da coletivização estão na ordem dos nove milhões de vítimas, apenas na União Soviética. Jung Chang afirma que o número de mortos pela fome na China alcançou a casa dos vinte milhões, já que a coletivização foi associada à retirada forçada de alimentos, para financiar os projetos militaristas do partido.

Mas e aqui, no Brasil? Já que o mundo conhece os resultados da iniciativa, o governo adotou uma medida diversionária, que tem o fim óbvio de não associar o nome do que é feito por aqui com os fracassos prévios. O regime petista utiliza o MST como "tropa de choque" da coletivização, que passou a levar o nome sugestivo de "reforma agrária" e "expropriações". A empreitada já está sendo levada adiante desde o governo do partido social-democrata, e está se intensificando sob a bandeira do PT, como bem noticiado por diversos veículos: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/10/dilma-desapropria-imoveis-rurais-em-6-estados , http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-desapropria-92-areas-para-reforma-agraria-,1112925,0.htm .

Agora, o regime começou a desapropriação de chácaras, que são consideradas pelo nosso querido governo como "áreas improdutivas". O conceito de produtividade utilizado é dúbio e cretino, já que a legislação ambiental estipula volumes impossíveis de áreas para "reflorestamento", mesmo em regiões que, historicamente, sempre foram utilizadas pela agricultura, como as regiões sudeste e sul. Algumas, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sempre foram as campeãs de produtividade do país. Uma das maiores riquezas da nação é o volume da produção agrícola, que utiliza mão-de-obra livre, bem-remunerada a até a agricultura familiar, garantindo divisas e preços baixos de alimentos como a carne e grãos (como a soja) para o mercado interno, apesar da tributação gigantesca imposta ao consumidor nacional. Não é preciso ser um gênio para estimar as proporções do dano que as iniciativas "coletivistas" do governo causarão aos produtores, trabalhadores e consumidores. Mas nada pode frear a sede de poder econômico, político e social do nosso "partido-príncipe", como diria o guru das esquerdas, Gramsci.

Até hoje, o MST não gerou uma - sequer uma - fazenda produtiva, não criou uma área sequer onde os trabalhadores do campo sejam bem-remunerados e não trouxe um único benefício para os consumidores nacionais. Pelo contrário. O movimento destrói fazendas produtivas, leva pequenos produtores à falência e dificilmente ataca os verdadeiros proprietários improdutivos, os amigos do rei. Nunca, na História deste país, uma só fazenda de Renan Calheiros (ou de sua família) viu a cor das bandeiras dos "sem-terra". Tampouco as fazendas da família Collor. Ou as terras do próprio Lula (que se tornou, misteriosamente, proprietário de extensões de terra, essas sim, improdutivas, em São Paulo). Assim segue a República Socialista Soviética do Brasil, na melhor tradição dos atos nobres da nomenklatura comunista, para a qual "alguns são mais iguais".



sábado, 16 de novembro de 2013

Desarmamento e Genocídio

O século XX mostrou que, em grande parte, a História do desarmamento está ligada à História do genocídio. Grandes Estados totalitários utilizaram o desarmamento como uma de suas principais estratégias de controle da população civil. O exemplo mais icônico é a legislação da Alemanha nazista, que abertamente retirava as armas - e, por conseguinte, qualquer chance de resistência -  de suas maiores vítimas: os judeus. O que segue é um dos mais terríveis morticínios de inocentes que a humanidade já viu, o Holocausto, que está ao lado do genocídio dos ucranianos orquestrado pelo partido comunista da União Soviética, em 1932, como um dos maiores crimes já cometidos.

O desarmamento das vítimas da Alemnha nazista não foi a primeira empreitada do tipo que a humanidade sofreu: a União soviética praticava uma política de controle de armas similar, que também foi seguida pela República Popular da China, responsável pela morte de ao menos 20 milhões de pessoas, apenas durante as retiradas forçadas de alimentos, no Grande Salto adiante.

A lei nazista de armas de 1938 era bem clara, quanto à retirada das armas de suas futuras vítimas:

"§1 Judeus (§5 da primeira regulação da lei de cidadania alemã de 14 de novembro de 1935, Reichsgesetzblatt I, p. 1333) são proibidos de adquirir, possuir e carregar consigo armas e munições, bem com armas de corte ou perfuração. Os que agora possuem armas e munições devem devolvê-las às autoridades policiais locais".

O primeiro parágrafo da lei chinesa de controle de armas também é clara (até no que diz respeito a "manter a ordem social", como provavelmente era o mais "nobre" objetivo da lei de armas nazista), quando diz:

"Artigo 1º

Esta lei foi formulada para fortalecer o controle de armas e manter a segurança pública e a ordem social".

A União Soviética adotou campanhas de desarmamento de grupos não-ligados ao governo, e Lênin já destacava, em seu decálogo, a necessidade das políticas de controle de armas das populações não-ligadas a seu partido:

"10 - Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa"

Lênin, Decálogo, 1913.

O governo soviético adotou políticas de desarmamento, desde a década de 1920. O código criminal soviético incorporou a concepção de "ilegal" à fabricação e comercialização de armas sem o registro pelo governo:

"Artigo 218:

Portar, manter, fabricar ou comercializar armas ilegalmente"

Seguindo os preceitos de Lenin, de maneira que a população se tornasse incapaz de resistir aos mandos e desmandos da elite comunista.

Poster da campanha soviética de desarmamento, 1918:
"Grajdanie! Sdavayte orujie - Cidadãos! Entreguem as armas"

A Venezuela, por sua vez, também está seguindo os modelos os outros Estados socialistas, e adotou uma política de desarmamento total da população civil (curiosamente, a medida está sendo celebrada no site oficial do PC do B, que segue a linha maoísta e vê a China como modelo de "democracia popular").

Enquanto o púbico continuar acreditando que o objetivo do desarmamento é a redução da violência, vamos estar sempre à mercê de governantes assassinos. Se os resultados catastróficos das políticas de armas não forem o suficiente - as leis das gun-free zones, de 1990, nos Estados Unidos, que impediram professores de carregar armas, o que poderia ter evitado desastres como Columbine ou Sandy Hook, ou as leis brasileiras que existem desde 1997 e proibiram o porte legal, e também tornaram possível que o Brasil conseguisse o medonho número de 50.000 homicídios na década de 2000 (por acaso, a década do estatuto do desarmamento, de 2003) - pode ser que seja suficiente para alertar o público assistir a um documentário como este:

                                          








quinta-feira, 31 de outubro de 2013

De Marx a Stalin, passando por Lenin e Trotsky

Marx costumava - com seu companheiro de pena, Engels - defender o genocídio e se referir a judeus poloneses e negros nos termos menos respeitosos (mais suja das raças, crioulos). Mas a boa índole do sapo barbudo não estava limitada a estes comportamentos respeitosos. Ele (e, novamente, o comparsa Engels) também era um ardoroso defensor do terror político. Já dizia o fundador da ideologia comunista, muito cara ao partido que nos governa:

"Não temos compaixão e não lhe pedimos compaixão alguma. Quando chegar a nossa vez, não inventaremos pretextos para o terror".

Karl Marx,  na edição de19 de maio de 1849 do jornal Neue Rheinische Zeitung.

Engels completa, e sobra para os eslavos:

"To the sentimental phrases about brotherhood which we are being offered here on behalf of the most counter-revolutionary nations of Europe, we reply that hatred of Russians was and still is the primary revolutionary passion among Germans; that since the revolution hatred of Czechs and Croats has been added, and that only by the most determined use of terror against these Slav peoples can we, jointly with the Poles and Magyars, safeguard the revolution.".

Friedrich Engels, uma vez mais no Neue Rheinische Zeitung, edição de 15 de fevereiro de 1849.

OK, dirão os esquerdistas, mas deixe o camarada Lenin fora disso. O que Lenin diria a respeito?

"We need to set an example. You need to hang – hang without fail, and do it so that the public sees – at least 100 notorious kulaks, the rich, and the bloodsuckers. Publish their names. Take away all of their grain. Execute the hostages – in accordance with yesterday’s telegram. This needs to be accomplished in such a way that people for hundreds of miles around will see and tremble".

Vladimir Lenin em carta aos Narkom - comissários do povo - de Penza (distrito a 300 milhas a sudeste de Moscou) datada de 11 de agosto de 1918.

E ainda:

"We would be deceiving both ourselves and the people if we concealed from the masses the necessity of a desperate, bloody war of extermination.".

Vladimir Lenin em “Lessons of the Moscow Uprising”, Obras Completas de Lenin, Vol. 11, p. 174.

Mas, o que diria o camarada Trotsky a respeito? O que falta é o sujeito defender o terror político E a aplicação de trabalhos forçados à classe operária! Então...

"The man who repudiates terrorism in principle – i.e., repudiates measures of suppression and intimidation towards determined and armed counter-revolution, must reject all idea of the political supremacy of the working class and its revolutionary dictatorship. The man who repudiates the dictatorship of the proletariat repudiates the Socialist revolution, and digs the grave of Socialism."
Leon Trotsky comandando o exército vermelho: o marxista
defendia o uso de trabalho escravo para o socialismo
Imagem: http://goo.gl/ZvgBQh

Leon Trotsky, Terrorismo e Comunismo, página 15, 1920.

E...

"Yet labor-power is required – required more than at any time before. Not only the worker, but the peasant also, must give to the Soviet State his energy, in order to ensure that laboring Russia, and with it the laboring masses, should not be crushed. The only way to attract the labor power necessary for our economic problems is to introduce compulsory labor service. "

Leon Trotsky, Terrorismo e Comunismo, 1920 página 95.

Não é sem razão que, após o colapso da União Soviética, pixaram pelos muros de Moscou a frase "trabalhadores do mundo: me perdoem!".

Karl Marx era racista, Friedrich Engels também

A esquerda faz questão ocultar o lado sombrio de suas maiores vacas sagradas. Ninguém aprende, nas escolas do Brasil soviético, que Marx e Engels eram racistas defensores da limpeza étnica. Não é sem motivo. Qualquer militante que se depare com os textos racistas dos  fundadores da maior e mais poderosa (ao menos do ponto de vista militar) das correntes da esquerda sempre tem ao menos uma surpresa desagradável - admitindo-se que não é um entusiasta do genocídio, como, aliás, há muitos por aí, como foi o falecido Hobsbawm. Deixo Marx falar por si mesmo:

"Now I share neither in the opinions of Ricardo, who regards ‘Net-Revenue’ as the Moloch to whom entire populations must be sacrificed, without even so much as complaint, nor in the opinion of Sismondi, who, in his hypochondriacal philanthropy, would forcibly retain the superannuated methods of agriculture and proscribe science from industry, as Plato expelled poets from his Republic. Society is undergoing a silent revolution, which must be submitted to, and which takes no more notice of the human existences it breaks down than an earthquake regards the houses it subverts. The classes and the races, too weak to master the new conditions of life, must give way".
Imagem: zedge.net

Karl Marx, no New York Daily Tribune, edição de 22 de março de 1853.

No quesito "racismo", Engels não é menos enfático que seu camarada:

"There is no country in Europe which does not have in some corner or other one or several ruined fragments of peoples, the remnant of a former population that was suppressed and held in bondage by the nation which later became the main vehicle of historical development. These relics of a nation mercilessly trampled under foot in the course of history, as Hegel says, this ethnic trash [Völkerabfälle] always become fanatical standard-bearers of counter-revolution and remain so until their complete extirpation or loss of their national character, just as their whole existence in general is itself a protest against a great historical revolution".

Friedrich Engels, no jornal marxista Neue Rheinische Zeitung, Número 194, 13 de janeiro de 1849.

Até sobra para os judeus:

"We discovered that in connection with these figures the German national simpletons and money-grubbers of the Frankfurt parliamentary swamp always counted as Germans the Polish Jews as well, although this dirtiest of all races [schmutzigste aller Rassen], neither by its jargon nor by its descent, but at most only through its lust for profit, could have any relation of kinship with Frankfurt".

Friedrich Engels, Neue Rheinische Zeitung, número 285, 29 de abril de 1849.

E Marx se refere carinhosamente aos afro-descendentes com o termo "crioulos" (niggers):


"It is now completely clear to me that he, as is proved by his cranial formation and his hair, descends from the Negroes from Egypt, assuming that his mother or grandmother had not interbred with a nigger. Now this union of Judaism and Germanism with a basic Negro substance must produce a peculiar product. The obtrusiveness of the fellow is also nigger-like."



Carta de Karl Marx para Friedrich Engels, de julho de 1862.

A acusação descansa.



terça-feira, 17 de setembro de 2013

O esquerdismo (e o conservadorismo) que não é mostrado nas escolas

Ser conservador se tornou sinônimo de ser racista, anti-semita e defensor do atraso. Essa é a imagem que a esquerda gramsciana fez da corrente de pensamento, após cinquenta anos de ocupação de espaços nas universidades, escolas e mídia. A imagem que a mesma esquerda não revela é a seguinte: boa parte dos luminares do anti-semitismo eram socialistas - Marx e Engels (que diziam que os judeus poloneses eram "a mais suja das raças"), Bakunin, o compositor alemão Richard Wagner, Adolf Hitler (o sujeito que dizia ser "o realizador do marxismo"), Proudhon e companhia. Mas isso não é tudo.

A esquerda brasileira e sua equivalente americana fazem questão de não divulgar que foi o partido republicano que deu à América a abolição da escravidão. Também fazem questão de ocultar que o partido democrata teve todo o apoio dos confederados (para horror de Barack Obama). O mesmo partido da beautiful people que se diz muito a favor dos negros é, ao mesmo tempo, o partido que defende com garras e dentes o aborto - que é, conforme os dados do CDC, proporcionalmente três vezes mais recorrente na população negra, com números ainda mais expressivos entre os negros pobres. Uma das grandes ironias da História americana é este singelo fato: o mesmíssimo partido responsável pelo controle populacional dos negros e pela defesa da escravidão é o partido do primeiro presidente negro. Detalhe: é um partido da nossa gloriosa esquerda - aquela do Gulag, da grande fome...

Os ocupadores de espaço guiados por Gramsci não gostam muito de expor as idéias dos conservadores. Talvez seja porque os conservadores estejam a anos-luz à frente dos coletivistas radicais, no que diz respeito a sua conduta moral, mas é só um palpite.George Washington, um cristão conservador, defensor da família tradicional, das restrições ao poder do Estado, era um homem que já dizia a seus associados em 1786:

"Eu não desejo comprar um escravo; está entre meus primeiros desejos ver algum plano ser adotado, através do qual a escravidão possa ser abolida lentamente, por graus certeiros e imperceptíveis"

Ao passo que seus rivais democratas (do partido de nosso queridíssimo Obama) estavam dispostos a mergulhar um país em cadáveres e sangue de seus irmãos para defender a prática. Washington permitiu que escravos de sua família fugissem sem persegui-los, libertou William Lee (que lutou ao seu lado na guerra), meio-século antes de Marx e Engels começarem a pregar o "terror étnico" contra o "lixo racial" no jornal comunista Neue Rheinische Zeitung.


Russell Kirk, Viktor Frankl, Milton Friedman foram outros autores conservadores que defenderam as liberdades individuais, lutaram contra os pensamentos genocidas e totalitários de suas épocas e ainda assim são jogados debaixo dos tapetes pelos formadores de opinião comunistas. Porque os comunistas sabem que são piores que os conservadores, porque sabem que até um mínimo de estudo convence quem quer que seja a respeito da grandeza moral e prática do conservadorismo.


Frankl, judeu conservador, sobreviveu ao Holocausto por amor a Deus e a sua esposa, seu sentido na vida, e conseguiu criar um novo e poderoso método de terapia capaz de dotar seus pacientes de um propósito maior, sem destruir todas as suas referências familiares e seus valores. É reconhecido como um dos grandes nomes da psiquiatria moderna, mas quase não é mencionado nos círculos auto-declarados "letrados" deste país, por exemplo.


Milton Friedman aplicou suas teorias políticas (de forma bem-sucedida) no Chile - ele acreditva que a liberalização da economia tendia a provocar a democratização da política. Seu método funcionou para a pobre ditadura sul-americana, que hoje é a democracia mais próspera da região.


Russell Kirk criou os princípios do conservadorismo-liberal clássico. Não é possível que qualquer ser humano normal considere as famosas medidas que Marx propõe para a implantação da ditadura do proletariado no Manifesto (como a perseguição a dissidentes e emigrantes) superiores a estes princípios. Estudar o conservadorismo é se curar do totalitarismo, que é a essência mesma da esquerda.





sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Olavo de Carvalho propõe desafio a Renato Janine Ribeiro

O professor Olavo de Carvalho lança mais um desafio a um de seus críticos. Desta vez, o alvo foi o professor Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia Política da USP.
Olavo em palestra na Romênia
Imagem: http://goo.gl/OCJqTW

Nos últimos tempos, nenhum autor brasileiro se atreveu a aceitar um confronto escrito com o homem que se intitula "o maior filósofo do Brasil". A última personalidade que o fez - o professor Aleksandr Gelyevich Dugin, da Universidade Estatal de Moscou, a convite de um aluno de Olavo - teve uma derrota humilhante, em um debate que fez o principal arquiteto das idéias "nacional-bolchevistas" e "eurasianistas" parecer um mero propagandista de segunda categoria. Os textos dos adversários foram publicados pela Vide Editorial (disponível pelo link http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4224796/os-eua-e-a-nova-ordem-mundial).

A presente confusão já foi até mesmo noticiada na versão online do Jornal Opção (http://www.jornalopcao.com.br/).

Ao que parece, o novo convite foi motivado por uma postagem do professor Ribeiro em seu perfil do Facebook: "para ter Olavo de Carvalho entre os mais vendidos do Kindle, é preciso dizer que a inovação tecnológica convive com o retardamento mental".

A resposta de Olavo foi a seguinte:


"O sr. Renato Janine Ribeiro postou na sua página do Facebook a seguinte opinião [...]
A declaração é apoiada por algumas dezenas de pessoas, todas pertencentes ao mesmo grupo social: professores e estudantes universitários.


Diante da confiança absoluta que ele tem na imensurável superioridade intelectual que o separa da minha pessoa, superioridade reiteradamente confirmada pelo testemunho dos seus apoiadores, desafio publicamente o distinto a debater comigo qualquer tema filosófico ou político da sua escolha. As regras serão as mesmas do debate que travei com o prof. Duguin. O debate será publicado no meu site, no Seminário de Filosofia, no Mídia Sem Máscara e onde mais o meu contendor deseje publicá-lo.
Eu poderia sugerir como tópico a ser abordado a tese do sr. Janine de que não se deve jamais impedir que um cão faça pipi no sofá, mas aceito, em princípio, qualquer outra sugestão, reservando-me o direito, é claro, de analisar criticamente a sua formulação do problema até chegarmos a algo que seja de comum acordo antes do início do debate.


Se o sr. Janine preferir pular fora, alegando que sua superioridade é autoprobante e que não precisa do pedestal para prová-la num confronto com um Zé Mané qualquer, compreenderei perfeitamente a sua atitude, o que não me impedirá de tirar dela as conclusões que bem entenda.


Sem mais para o momento,

Olavo de Carvalho"


Para quem aprecia um bom conflito de idéias e conhece os autores, resta a expectativa. Será que haverá algumas boas trocas de argumentos (e ofensas) em breve? A resposta pertence aos dois filósofos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A guerra, quando ela convém.

De tempos em tempos, a esquerda gosta de se intitular "pacifista". "Trabalhadores do mundo: uni-vos": argumentam os discípulos de Marx, de Lenin e  de Saul Alinsky que o socialismo é "internacionalista", que a guerra não é compatível com os elevadíssimos ideais progressistas. Até o momento em que a "guerra revolucionária" se torna necessária.

Pouco antes da primeira guerra, toda a esquerda européia defendeu a conflagração. Era "a última guerra", que desencadearia o colapso do sistema capitalista. É claro, o capitalismo não caiu. Pouco tempo depois, a esquerda começou a espernear contra a mesma corrente que ela havia apoiado: cai o czar, surgem revoluções comunistas (fracassadas, para variar) na Hungria e na Alemanha contra (pasmem!) o "militarismo capitalista". "Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é", pregava o Camarada Lenin.

Stalin armou e treinou a máquina de guerra nacional-socialista; antes que Hitler fosse gente, financiou o partido nazista, conforme o relato do oficial da inteligência militar soviética Viktor Suvorov (em O Grande Culpado: o plano de Stalin para iniciar a segunda guerra). Tão logo o conflito teve início, esta mesma esquerda começou a gritar contra "a vil agressão imperialista". Imperialismo, evidentemente, sempre foi e sempre será o que fizeram as forças unidas do socialismo racista e do socialismo marxista. Mas o amor pela guerra não é exclusividade de Stalin.

Milosevic (da Liga dos Comunistas da Iugoslávia), os membros partido socialista árabe Baath (Saddam, por exemplo), Mao (contra o Tibet), Kim Il-Sung (que iniciou a guerra da Coréia), Ho Chi Mihn (que invadiu o Vietnã do Sul), Castro (que financiou e enviou tropas para as guerras de Angola e Moçambique) e mais recentemente, François Hollande, em nome dos mais belos ideiais humanitários defendidos pela irmandade muçulmana. Ah, é claro, o partido democrata - que tanto esperneou contra a guerra no Iraque, contra... um sujeito que usou armas químicas sobre a população curda - também está na lista.

Dizer que a mentira é a essência da esquerda é um eufemismo. A esquerda é a encarnação última e perfeita da destruição, do genocídio, da fome, do totalitarismo, da selvageria, do Gulag, dos paredões de fuzilamento, das covas coletivas e da mentira. Esta verdade não é menos óbvia hoje do que foi nos tempos de Stalin. O mesmo Hollande, que é membro do partido socialista francês, tão orgulhoso de seu inexistente pacifismo, chora desesperadamente pela oportunidade de dar dinheiro ao Islã político. Obama, o anticristo, que tanto falou na bela causa da paz, já se manteve até o máximo de suas forças na ocupação do Afeganistão e do Iraque, fez a guerra contra a Líbia e agora pressiona o congresso por uma guerra na Síria. Essa gente não têm um pingo de decência? Pol Pot et caterva provam que não. Isto é a esquerda.


sábado, 31 de agosto de 2013

A verdadeira Medicina cubana

O caso dos médicos cubanos faz lembrar as velhas lendas esquerdistas a respeito da saúde pública no país caribenho. Michael Moore fez questão de pintar um retrato cor-de-rosa da situação no país de Fidel. Os relatos dos próprios cubanos a respeito do assunto são bem diferentes:


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PbCrGyjd7uU

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=qyI2PSKCKp8

Médicos cubanos - o início do golpe

Cuba, desde a tomada do poder por Fidel Castro, se empenhou insistentemente na exportação da morte. O auxílio dado pelo regime à tomada de poder pelos comunistas em Angola, o apoio bélico às FARC e ao Partido Socialista Unido da Venezuela são apenas dois exemplos da atuação "humanitária" da ditadura. Não é preciso desenvolver muito a respeito das ambições continentais da cleptocracia via Foro de São Paulo, com o objetivo de "recuperar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu", conforme os próprios criadores da organização, Lula e Fidel. A grande mídia nacional não se pronuncia a respeito de nenhum destes fatos ou organizações, como se nada estivesse acontecendo. O único veículo que ousou desafiar o pacto de silêncio foi a revista Veja, em artigo recente.

A estratégia faz todo o sentido, seguindo as melhores doutrinas de Mao e Che, que sugerem que a revolução deve partir dos campos para as cidades. Che, que era grande admirador de Mao, tentou seguir a estratégia de "cercar" as cidades na América Latina (empreitada que, felizmente, não deu muito certo, em seu tempo). Os "médicos" serão enviados para o interior do país, para regiões com pouca ou nenhuma infraestrutura, com o objetivo declarado de "atender a populações carentes". Como irão atender a estas populações, Deus sabe. É evidente que não haverá equipamentos ou recursos financeiros: resta perguntar o que os rapazes e moças irão fazer por lá. O cubano Gilberto Velazco Serrano afirma que missões "médicas" do gênero foram enviadas de Cuba para a Bolívia, armadas até os dentes, para medicar a população com o bom e velho marxismo-leninismo.

A tão prometida revolução comunista já está em curso no Brasil. O partido que nos governa já aparelhou sistematicamente o Estado com funcionários muito bem pagos, via esquemas de corrupção, ou posicionou militantes em cargos comissionados, ministérios e outras posições-chave. Até os concursos já incluem o programa da organização em suas perguntas. O partido é o Estado e o Estado é o partido. Mas este é o aspecto puramente administrativo da operação.

O país está completamente irrigado por organizações narco-terroristas ou puramente terroristas alinhadas com o mesmo partido. As facções A.D.A., Comando Vermelho e companhia são as "franquias" dos narco-marxistas, como já foi publicado. O M.S.T. é uma das mais antigas crias do partidão, e provavelmente será o instrumento utilizado nas vindouras coletivizações forçadas. Porque, afinal, os sete milhões de ucranianos mortos na grande fome de 1932 ainda não são o bastante. Os "médicos" de Cuba serão apenas mais uma divisão sob orientação de nossos queridos comunistas.

A cada minuto, o país fica mais próximo do abismo. Nestes momentos da História, deve-se adquirir armas e rezar. A alternativa - muito mais atraente, diga-se de passagem - é emigrar. Não é uma má idéia - Nabokov, Rand, Bezmenov, Suvorov e tantos outros conseguiram sucesso (ou pelo menos mantiveram suas cabeças sobre o pescoço) após fugirem de um regime comunista. Para quem fica, a dica é se preparar para se defender do Estado. Mais especificamente, do partido. Aux armes, citoyens!

terça-feira, 2 de julho de 2013

O partido da vanguarda sem vanguarda

O diferencial dos partidos marxistas, aquele que os faz superiores a todos os demais, é a estrutura de comando. O "camarada Lênin" concebeu seu "partido da vanguarda do proletariado" inspirado nos personagens de N. G. Tchernichevski: a organização deveria ser composta por revolucionários profissionais, que precisariam dedicar suas vidas à causa. A organização não tolera dissidências ou opiniões heterodoxas - quaisquer desvios são punidos com a expulsão ou, uma vez instaurados os regimes comunistas, a morte. É um tipo de organização quase militar, composta por pessoas muito bem orientadas e treinadas, de uma eficiência assassina. Aliás, é a única coisa eficiente nos sistemas comunistas. A única não: uma das duas coisas eficientes - o partido e o Gulag.

Por que a direita não tem algo parecido? Porque ela não existe. Ao menos, não existe algo que se possa chamar de "direita organizada" (muito menos uma "vanguarda" ou "contra-revolucionários profissionais"). Todas as organizações políticas de estrutura como a descrita estão nas mãos da esquerda, seja ela a variante fabiana (social-democrata, trabalhista et caterva) ou comunista. Enquanto a direita conservadora-liberal - que com certeza representa a maioria da população brasileira, seja católica, seja protestante, seja atéia pró-ocidental - não se articular, vai permanecer à margem da vida política nacional. Ou vai para muito além dela. Para baixo, para o fundo da cova coletiva tão prometida por Kruschev.

No país, o máximo que se pode chamar de direita é uma meia-dúzia de excêntricos caricaturais, como os senhores Jair Bolsonaro e Marco Feliciano. Pessoas intelectualmente irrelevantes, mas que condensam alguns valores defendidos pela maior parte da nação: a família tradicional, penas mais rigorosas para criminosos, a defesa do direito à posse e ao porte de armas de fogo, o cristianismo etc. Naturalmente, não são indivíduos capazes de articular um movimento de massas capaz de competir em pé de igualdade com os exércitos de milhões de militantes, brutais e disciplinados, da esquerda, tanto por razões políticas quanto econômicas.

Do ponto de vista político, estes personagens estão perdidos já dentro de partidos de esquerda. Provavelmente, estão impedidos de mudar de sigla por razões legais (para não perder cargos) e, mesmo que o pudessem fazer, não haveria um partido de direita para recebê-los. A burocracia envolvida na criação de novas agremiações é tão enorme, tão esmagadora, que a mera hipótese de criar um novo causa dores de cabeça. O caso do pobre Liber - que é uma bela iniciativa, diga-se de passagem - é proverbial.

Do ponto de vista econômico, a criação de uma organização como a que é necessária para a direita é simplesmente inviável por duas razões: em primeiro lugar, o povo brasileiro não costuma dar "seu suor e seu sangue" - muito menos o seu dinheiro - por um partido. Em segundo lugar, não há (que eu saiba) no mundo uma carteira tão recheada como a do senhor George Soros disposta a financiar oganizações conservadoras-liberais, muito menos organizações conservadoras-liberais do Brasil.

Lenin sabia que nenhum de seus comparsas era membro do proletariado. Eram assassinos, ladrões, assaltantes (como Stalin), maníacos pervertidos (como Yezhov), nobres vagabundos (como Dzerzhinsky e o próprio Lenin) e membros de outras categorias invejáveis. Mas, com certeza, estes homens eram a elite do partido, eram os "revolucionários profissionais". Eram "a vanguarda do movimento". A massa, ainda que desorganizada, poderia até compor um partido conservador, no Brasil, mas, ainda assim, não haveria uma vanguarda. Sem sua cabeça, o corpo para nada serve.

*Fica aqui a análise de conjuntura que inspirou este texto:


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