terça-feira, 31 de dezembro de 2013

As coletivizações forçadas do PT

As coletivizações foram os experimentos econômicos mais desastrosos dos regimes socialistas. Da China de Mao à Yugoslávia de Tito, sempre terminaram em catástrofes produtivas sem precedentes, resultando invariavelmente em perdas nas colheitas, nas cabeças de gado e até em vidas humanas (por via da fome). Nenhum dos experimentos do gênero - repito -, nenhum, jamais alcançou resultados diferentes. Até onde o sistema foi menos pernicioso, levou ao abandono quase imediato da idéia (como nos bálcãs). Onde foi mais intenso, resultou na morte de milhões. Em Stalin - Triunfo e Tragédia, Dmitri Volkogonov estima que as mortes decorrentes da coletivização estão na ordem dos nove milhões de vítimas, apenas na União Soviética. Jung Chang afirma que o número de mortos pela fome na China alcançou a casa dos vinte milhões, já que a coletivização foi associada à retirada forçada de alimentos, para financiar os projetos militaristas do partido.

Mas e aqui, no Brasil? Já que o mundo conhece os resultados da iniciativa, o governo adotou uma medida diversionária, que tem o fim óbvio de não associar o nome do que é feito por aqui com os fracassos prévios. O regime petista utiliza o MST como "tropa de choque" da coletivização, que passou a levar o nome sugestivo de "reforma agrária" e "expropriações". A empreitada já está sendo levada adiante desde o governo do partido social-democrata, e está se intensificando sob a bandeira do PT, como bem noticiado por diversos veículos: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/10/dilma-desapropria-imoveis-rurais-em-6-estados , http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,dilma-desapropria-92-areas-para-reforma-agraria-,1112925,0.htm .

Agora, o regime começou a desapropriação de chácaras, que são consideradas pelo nosso querido governo como "áreas improdutivas". O conceito de produtividade utilizado é dúbio e cretino, já que a legislação ambiental estipula volumes impossíveis de áreas para "reflorestamento", mesmo em regiões que, historicamente, sempre foram utilizadas pela agricultura, como as regiões sudeste e sul. Algumas, como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sempre foram as campeãs de produtividade do país. Uma das maiores riquezas da nação é o volume da produção agrícola, que utiliza mão-de-obra livre, bem-remunerada a até a agricultura familiar, garantindo divisas e preços baixos de alimentos como a carne e grãos (como a soja) para o mercado interno, apesar da tributação gigantesca imposta ao consumidor nacional. Não é preciso ser um gênio para estimar as proporções do dano que as iniciativas "coletivistas" do governo causarão aos produtores, trabalhadores e consumidores. Mas nada pode frear a sede de poder econômico, político e social do nosso "partido-príncipe", como diria o guru das esquerdas, Gramsci.

Até hoje, o MST não gerou uma - sequer uma - fazenda produtiva, não criou uma área sequer onde os trabalhadores do campo sejam bem-remunerados e não trouxe um único benefício para os consumidores nacionais. Pelo contrário. O movimento destrói fazendas produtivas, leva pequenos produtores à falência e dificilmente ataca os verdadeiros proprietários improdutivos, os amigos do rei. Nunca, na História deste país, uma só fazenda de Renan Calheiros (ou de sua família) viu a cor das bandeiras dos "sem-terra". Tampouco as fazendas da família Collor. Ou as terras do próprio Lula (que se tornou, misteriosamente, proprietário de extensões de terra, essas sim, improdutivas, em São Paulo). Assim segue a República Socialista Soviética do Brasil, na melhor tradição dos atos nobres da nomenklatura comunista, para a qual "alguns são mais iguais".



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