terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A desigualdade social não é a origem do crime

A desigualdade social não é a origem da violência. Não é a origem da corrupção. Não é a origem dos roubos, estupros e dos homicídios. Os homens que espalharam esse discurso imbecil pelo Brasil (e seus colegas que fizeram o mesmo nas outras nações) são vigaristas psicopatas ou semi-analfabetos incuráveis, incapazes de uma análise minimamente razoável da História e dos indicadores de criminalidade, nacionais ou internacionais. Não é nenhum exagero dizer que deveriam ser proibidos de falar tamanhas asneiras - seu discurso não é apenas imbecil, mas é um estímulo e justificativa para o crime, instrumentalizado ao menos desde o infame livro de Hobsbawm, "Bandidos", pelo movimento de massas mais assassino que o mundo já conheceu. E como podemos saber que a desigualdade social nada tem em comum com o crime?

Mais da metade das nações do mundo existe em condições de pobreza ou desigualdade infinitamente mais atrozes do que, digamos, o quadro brasileiro - os países árabes são apenas o caso mais óbvio. Só um indivíduo que desconhece a existência, por exemplo, da Arábia Saudita, poderia dizer que este país tem mais criminosos ou ladrões que o Brasil, ou que a monarquia árabe está menos aflita pelas desigualdades do que as terras tupiniquins. A Arábia Saudita é mais desigual, e seus pobres vivem em miséria infinitamente pior - quando não vivem na escravidão pura e simples, também aceita (de forma discreta) nos territórios de outros países do Oriente Próximo, como a Jordânia, Sudão, Egito, Líbia, Iêmen, nos EAU e companhia, como garante a lei corânica. Formalmente, a escravidão só foi abolida no país dos Sheikhs wahabbistas na segunda metade do século XX, mas ainda reina soberana nos domínios dos nobres e ricaços que, não satisfeitos em manter o sistema em casa, tentam exportá-lo através de movimentos salafistas como o ISIS. Com toda essa desigualdade e injustiça, o país ainda consegue ter índices de violência pública ridiculamente baixos. O mesmo ocorre em países como a Índia, China, Paquistão, Irã, Nepal, Turquia, Cazaquistão e muitos outros. O discurso jornalístico coloca a culpa da violência sobre nossa "desigualdade" - o que dizer de nossos vizinhos, tão desiguais quanto a "pátria educadora"? E o que se passa na Venezuela, "pátria socialista", que, em tese, é menos desigual, mas tem seus números de homicídios em crescimento astronômico, e já desponta como um dos países mais violentos do Ocidente?

A desigualdade social não é a causa da violência ou do crime - se o fosse, a monarquia wahabbista e a China estariam mergulhadas em latrocínio e, talvez, governadas por alguma versão asiática do PCC. A deformação moral é a causa do crime. A justificativa ideológica é a causa do crime. O Brasil - e, por razões similares, a Venezuela - afunda em homicídios porque a casta falante decidiu ser "compreensiva" para com os tratantes, decidiu recompensar os assassinos, que aqui são entendidos como "vítimas da sociedade". Em qualquer nação normal, um indivíduo como Fernandinho Beira-Mar seria condenado à prisão perpétua ou ao pelotão de fuzilamento - aliás, essa seria a sua condenação no Japão, que ainda reconhece a pena de morte como punição legítima.

Nossas "classes falantes" - imbecilizadas, preguiçosas, vigaristas, assassinas, auto-bajuladoras, lixo humano e exército de parasitas - convenceram a justiça e os legisladores de que os criminosos são os "coitados". A sociedade é que é atroz. Na lógica doentia das universidades brasileiras e do sistema penal em vigor, é possível existir tal coisa como "estuprador que estupra porque passa fome". Esse raciocínio, que justifica o criminoso, é a causa única da quantidade inacreditável de crimes que ocorrem no Brasil. 

Enquanto a sociedade brasileira não se defender da doença dos intelectuais "à Hobsbawm", o problema vai continuar a existir. É necessário limpar o legislativo de indivíduos que pensem dentro dos chavões do marxismo cultural e do culto aos "criminosos/proto-revolucionários". A mesma "revolução sanitária" deve ser feta no Judiciário. Os animais responsáveis por essa abordagem no sistema legal e punitivo do Brasil são o maior mal do qual padece o Brasil de hoje - e este é um desastre quase tão grande quanto o projeto de poder do Foro de São Paulo, que, em grande medida, endossa integralmente a tese dos/justiceiros sociais do crime. O que torna o Brasil mais violento do que a maioria dos países subdesenvolvidos não é a desigualdade social - é a abundância de cadeias e surras para os degenerados, assassinos e estupradores em nossas nações vizinhas, e a falta desses tão queridos dispositivos de disciplina em massa em nosso território. A China pode ensinar alguma coisa positiva ao Brasil - o tratamento mais do que justo aos ladrões, e com direito à cobrança do custo da bala, enviado, talvez, por nossos correiros, à família do bandidinho.

Mais sobre o tema - Olavo de Carvalho discute estatísticas do crime no Brasil:

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Universidade e parasitas universitários

O conceito clássico de universidade sugeria conferir aos alunos instrução sobre uma universalidade de temas, sobre inúmeros campos de conhecimento, que poderiam variar de aspectos práticos/profissionais às dimensões criativas ou artísticas, bem como à instrução moral, espiritual, do conhecimento das regras básicas da realidade, da vida e da civilização. A formação tradicional pelo trivium e quadrivium garantiria ao estudante o domínio do idioma, a capacidade de expressão e convencimento, o raciocínio lógico e mesmo o conhecimento de teoria musical e o domínio da geometria. É notório o impacto positivo desses campos do saber na vida pessoal ou profissional de qualquer estudante - o aprimoramento é certo para um advogado, por exemplo, para um executivo ou mesmo para um engenheiro envolvido em gerenciamento de projetos. A formação tinha por objetivo garantir o saber e aperfeiçoar o caráter da pessoa. A mudança de padrão observada na "universidade-profissionalizante" foi, desde sua concepção, uma perda catastrófica.

A "universidade-autorização profissional" perdeu qualquer compromisso com a elevação do estudante - e essa não seria a única perda sofrida na História do ensino superior. A preocupação "com o mercado de trabalho" transformou as universidades em uma espécie de SENAC - o estudante se dedica aos estudos porque o diploma é a porta de entrada para os cargos X ou Y. É evidente que essa abordagem criaria a necessidade da universidade para todos - não existe mais o amor sincero ao conhecimento, apenas o amor às possibilidades de ganho financeiro. Foi uma prostituição do caráter e da sabedoria à qual o pensamento brasileiro, por exemplo, não sobreviveu. Não existe mais uma alta cultura, ou uma classe de intelectuais - e não no sentido dado ao termo por Paul Johnson. Existe apenas o que Russell Kirk chamava de "proletariado intelectual". Esta casta é apenas um conjunto de jovens imbecilizados, filisteus até a medula, que tem como única meta de vida obter tais e quais títulos para disputar um carguinho bem pago.

A morte do ensino superior não foi rápida, e não teve sua agonia final garantida pela mutação anterior. No Brasil, tudo que é horrendo pode ficar um pouco pior. Se, na maior parte do mundo, o proletariado universitário ainda convive com um ou outro legítimo representante do gênero animal dotado do cérebro mais eficaz, no Brasil, temos apenas os shudra mais vulgares em coabitação com os "comissários", os queridinhos imbecilizados da burocracia estatal. Com a mudança na orientação estratégica da esquerda que nasceu após 1964, a única prioridade da militância foi transformar as instituições de ensino em trincheiras da revolução cultural. O Brasil viveu com o processo de "proletarização" da universidade e com a "marcha pelas instituições" ao mesmo tempo. Sem uma tradição de estudos independentes difundida entre a "classe pensante", o mal que, no mundo, se tornou uma caricatura mal-feita, no Brasil, terminou como uma piada demoníaca. O Brasil não só tem uma intelectualidade que estimula e cultua o crime (e os criminosos): tem profissionais incompetentes e gasta orçamentos astronômicos com professores que tem como único propósito de vida a difusão industrial de uma religião falsa, fracassada e assassina - o marxismo. Havia dúvidas possíveis sobre esse resultado?

Se o conhecimento não é o objetivo, até mesmo as técnicas se perdem - a vida prática se torna mais e mais impossível, esquecida nas brumas das gerações que foram competentes. Sem o domínio do idioma, não é possível entender sequer um manual (mesmo que na linguagem mais simplória). Sem a lógica, não é possível entender coisa alguma - e até os imbecis profissionais das fileiras do socialismo poderiam fazer bom uso desse recurso, como alguns dos "grandes" socialistas do passado fizeram. A universidade se tornou um circo, um canil para adestramento de idiotas. A única coisa que estão aprendendo é a ideologia - e não qualquer ideologia, mas aquela que cultua o crime, a violência revolucionária e o colapso moral e econômico. Não há instituição de ensino que possa sobreviver a isso. Sem uma casta independente dedicada ao saber, nem sequer a recuperação dessas organizações é possível.

Personalidades como Mário Ferreira dos Santos mostram que a única esperança está além dos cadáveres das universidades. O Brasil precisa aprender a ter um amor sincero, independente e feroz pelo conhecimento, ou está condenado a morrer pela burrice. O proverbial ódio ao saber, pecado mais amado do país, pode ter um preço inimaginável. Corrigir esse erro deve ser o objetivo mais urgente de um movimento conservador.

Mais sobre o tema - Olavo de Carvalho comenta a "vida intelectual" no ambiente acadêmico do Brasil:

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O Supremo é apenas mais uma arma da casta burocrática

No Brasil não há tal coisa como "a classe dominante", no sentido marxista do termo. Há apenas grupos que se apossam do Estado, de tempos em tempos, e favorecem seus próprios movimentos políticos ou empresários de estimação. Essa configuração característica da sociedade impede que seja possível falar em "classes": seguindo a definição do autor (que tem apenas a terminologia como algo útil, dado que suas teorias são baseadas na fraude descarada de estatísticas, especificamente, as dos famosos Blue Books do governo britânico), "classe" é o grupo que possui o direito, de facto e de jure ao meio de produção. Nas suas considerações sobre o modo de produção asiático, Marx deixa claro que a casta, por sua vez, se apodera apenas de facto dos recursos produtivos. Trotsky, por exemplo, definia a elite soviética como uma casta - conforme o raciocínio do autor que o fundamentou, Liev Davidovich estava absolutamente correto. O Brasil, pela mesma lógica, tem apenas uma casta dominante - a casta burocrática. Como toda boa casta burocrática, ela não poderia deixar de assegurar seu controle sobre as mais importantes fatias do Judiciário, e é isto que ocorre atualmente.

A casta burocrática brasileira é complexa, mas alguns pontos ficam claros: a elite política e sindical é parasitária, intimamente ligada a grupos mafiosos que se apoderam de redes de serviços públicos ou de grandes companhias que são alimentadas por recursos estatais, por meio de licitações. Existe, efetivamente, uma relação simbiótica entre essas diversas "máfias" e a elite político-sindical: os partidos escolhem representantes dos grupos criminosos para cargos comissionados, e os mesmos bandidos que se infiltram na administração pública fazem uso dos recursos governamentais para reabastecer o aparato eleitoral, sindical e partidário. Nunca haverá uma redução sistemática nos salários dos cargos comissionados ou dos parlamentares por essa razão simples. Verdade seja dita: o parlamentar brasileiro é, como regra, um parasita - raríssimas exceções podem ser mencionadas. É natural que o STF, composto por indivíduos nomeados pelo cargo máximo do Executivo, também acabe infiltrado por "figuras marcadas" do sistema partidário-sindical e das máfias. É por esta razão que vemos ministros do Supremo libertando "amigos" ligados, por exemplo, à máfia dos transportes públicos do Rio de Janeiro. É assim que a casta burocrática opera, e faz questão de preservar a preciosa liberdade de seus ratos de estimação.

Como o Brasil poderá se livrar da casta, é um grande mistério, que provavelmente não tem solução. É a pergunta impossível, o enigma insondável que atormentará a vida das gerações futuras, condenadas a sofrer nas mãos dos vermes mais detestáveis que o continente americano já viu. Talvez um regime de rigidez e violência implacável seja capaz de limpar o país dessa corrupção - hipótese com um custo humanitário alto demais para ser pago. O mais provável é que o Brasil seja forçado a lidar com isso para sempre. É difícil pensar em que medida poderia acabar com essa articulação perfeita da ineficiência Estatal e da vilania de almas em claro estado de decomposição. Prender alguns dos partícipes desse sistema, ainda que seja uma medida paliativa, é ao menos uma compensação simbólica para o povo espoliado - na realidade, parasitado, por mais tempo do que seria saudável para qualquer nação.

Mais sobre o tema - Felipe Moura Brasil comenta citação de ministro do STF:

domingo, 26 de novembro de 2017

Bolsonaro é o melhor candidato - para liberais e conservadores

Apesar de todas as discussões dentro dos movimentos de direita brasileiros, é fato inquestionável que o único político brasileiro a defender consistentemente posições antagônicas à esquerda ao longo de décadas é Jair Bolsonaro. A esquerda conhece unidade de objetivos, a direita não -  todavia, apesar da inconsistência dos meios liberais e conservadores, Bolsonaro (conservador tradicional desde sempre, convertido ao liberalismo econômico graças a Adolfo Sachsida, colaborador do Instituto Liberal) sempre manteve uma postura belicosa em relação aos diversos agrupamentos de esquerda. Não há um único brasileiro que tenha arriscado tanto de sua carreira e reputação na luta contra o "socialismo bolivariano" quanto o capitão de artilharia - salvo, talvez, Olavo de Carvalho, que denunciou o Foro de São Paulo décadas antes que piadas como o MBL - e muitos dos seus integrantes - sequer sonhassem com a existência. A postura bélica não é o mais importante: Bolsonaro também fala a língua que vence eleições no Brasil.

Como todo bom país latino-americano, o Brasil vive de caudilhos. Assim foi com Lula, Collor, Jânio, Vargas e mesmo Brizola - o eleitorado brasileiro vota em quem fala grosso. A imagem do "homem forte" é a única coisa que pode salvar uma campanha presidencial, e é por isto que parte da esquerda já aposta em Ciro como alternativa a Lula. Ciro Gomes fala como homem, parte para a confrontação verbal e mesmo física, se necessário - possui a virtude marcial chamada de "coragem física", como descrita por Clausewitz (fato descrito também por Olavo de Carvalho). Essa virtude dá ao concorrente a preferência do público, que ainda sonha com "salvadores da pátria". É assim que opera a mentalidade brasileira, quer nossos compatriotas gostem ou não. Na direita, infelizmente, só há "mocinhas indefesas", só há caricaturas de homem, figuras de gelatina que irão se desfazer diante do primeiro sopro da esquerda. Este é o caso, por exemplo, do infeliz apresentador de televisão que pensou em concorrer às eleições de 2018 - já desistiu, evidentemente, por perceber que nem sua própria mulher o considera o necesário "homem forte" da Presidência. Bolsonaro pode desempenhar muito bem o papel de líder político e "máquina de demolição" da qual o movimento de direita, seja liberal ou conservador, precisa para a completa aniquilação da esquerda organizada no Brasil dentro do Estado. Só um líder que realmente se pareça com um homem pode vencer as eleições, e só uma personalidade de ferro, incapaz de ceder um milímetro sequer no seu anticomunismo militante, tem alguma chance de jogar o aparato esquerdista, que está dentro do Estado, na lata de lixo da História. É evidente que a melhor escolha para a direita (e, atualmente, a mais celebrada e desejada pela população) é Bolsonaro, e os liberais, ao menos os que foram emasculados pela revolução cultural, podem espernear o quanto quiserem diante desse fato.

A tarefa mais urgente para toda a direita, nesse momento, é assugurar para si uma vitória na eleição de 2018, sob o risco de uma nova ascensão de Lula e a posterior e inevitável implantação de um novo regime petista, dessa vez inspirado diretamente na ditadura venezuelana, como já deixam bem claro os debates dentro dos partidos de esquerda (incluindo o Partido dos Trabalhadores). A esquerda já fala em ressucitar o culto "àquele que não deve ser nomeado" (Stalin). O stalinismo, antes denunciado pelo PT e aliados como uma "corrupção" do ideal revolucionário, agora já voltou ao foco dos congressos dos partidos como "a alternativa que tantas vitórias deu" à URSS. A defesa do modelo venezuelano já está clara no discurso, até mesmo no oficial, das agremiações, e as palavras de ordem de hoje incluem em destaque o controle social dos veículos de comunicação. Para quem não entendeu o recado, é a boa e velha censura. Se a direita permitir que essas pessoas retornem ao poder, é certo que o novo regime de esquerda não permitirá mais um fiasco como a remoção de Rousseff, humilhação que ensinou ao marxismo brasileiro que a "democracia burguesa" é uma arma falha para a implantação da "república popular". Perder as eleições de 2018 será o suicídio da direita.

Considerando o comportamento já demonstrado pelo eleitor brasileiro em outras eleições, seu desejo por leis mais severas (sua preocupação constante com a segurança e seu desejo por uma justiça implacável contra os criminosos) e a clara preferência popular por Bolsonaro, fica claro que ele é o único "homem forte" que a direita possui, e é o único que foi preparado em tempo para a disputa eleitoral. Se a direita escolher outro nome, estará "entregando aos partidos revolucionários a corda com a qual será enforcada", para usar a expressão do velho Lênin. Vamos torcer para que o grupo dos direitas que foram castrados não sinta inveja do militar que manteve sua hombridade, ao longo de décadas de luta anticomunista, e seja capaz de um voto que garantirá uma das maiores vitórias que os defensores do livre-mercado e da Civilização Ocidental podem ter, e que ecoará na História do país como o colapso do projeto totalitário bolivariano.

Mais sobre o tema - Bolsonaro em entrevista para a Band sobre sua possível candidatura à Presidência da República:

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A dialética da casta televisiva

Os escândalos de Hollywood e os casos identificados da casta midiática brasileira ilustram que mesmo a "elite iluminada" se permite, eventualmente, contaminar por seu próprio veneno. É possível cultivar o poder familiar e, em casos pontuais, se corromper até a medula - exemplo estranho e emblemático é o cantor de MPB que, aos 40, abusou de uma moça de 13, que hoje é sua esposa. A síntese de condições tão incompatíveis é o moralismo de uma pós-modernidade fundamentalista - é proibido proibir em absoluto - condensado praticamente em um "Vaticano dos globais", que conseguem, ao mesmo tempo, cultivar famílias sólidas e influentes, enquanto estão a pregar a demolição de todas as estruturas normais para o resto da sociedade. O moralismo dessa síntese é cristalizado nos "dogmas" ideológicos, linguísticos e estéticos - o feminismo e os "de gênero" mostram muito bem esse aspecto. Esta síntese maldita, a "língua dupla do demônio", também foi vista nas correntes antigas do marxismo, como na ideologia soviética, que conjugou em um mesmo período histórico o moralismo quase monástico do socialismo real (e mesmo da relação do próprio Stalin com seus associados e descendentes) com a depravação completa de Beria, Yezhov e companhia, conhecidos por abusos sexuais contra homens e mulheres. A casta que dita a ideologia submete os militantes imbecilizados, faz uso do estímulo contraditório, e consegue colocar a si mesma como "além de qualquer crítica", como "perfeita", no momento em que ela mesma afunda na imundície. Assim atuam nossos queridos midiáticos brasileiros. 

A língua dupla da beautiful people impressiona: em um dia, há propaganda aberta da dissolução da normalidade. Mulheres são induzidas, pela casta televisiva, a chamar a si mesmas de "prostitutas" ou títulos piores. Uma semana após a propaganda da demolição, os próprios autores da divulgação ideológica se fecham em uma carapaça familar tradicional intocável, até mesmo se mudando para "a terra do imperialismo", como se não houvesse nada de imoral em submeter seus compatriotas a injeções de deformação civilizacional, ao mesmo tempo em que a pureza quase Quaker do lar dos olímpicos é mantida sem um arranhão sequer. A única pessoa que entendeu o que se passa é o filósofo da Virgínia: eles querem restaurar a situação romana. A síntese é a mutação completa da sociedade em uma massa de animais, de indivíduos movidos pelos instintos mais baixos e sem qualquer possibilidade de proteção pela família - portanto, sem chances de atuar em qualquer mudança política ou de manter ação histórica - sob a orientação "iluminada" de famílias de "patrícios" rigorosamente patriarcais, com um ou outro indivíduo capaz de crimes e atrocidades contra a raça humana que fariam Calígula corar. Os novos donos do mundo são capazes disso. Weinstein, grande financiador da esquerda, milionário hollywoodiano, foi pego em dezenas de estupros. O ápice da elite internacional, Bill, o queridinho da família mais amada pelo Partido Democrata, conforme Paul Joseph Watson, deve explicações sobre envolvimento com um magnata acusado de possuir uma ilha dedicada à prática do tráfico de pessoas e à pedofilia - chamada "Orgy Island" ("Ilha das Orgias").

A direita fica atordoada diante dos contrastes insolúveis nas condutas dos senhores do mundo moderno, mas não deveria. O movimento revolucionário produziu o "nacional-socialismo", produziu o "nacional-bolchevismo", produziu Hitler, Stalin e Beria, Trotsky e Kim Jong-Un, Lenin e Gramsci. Produziu, naturalmente, Genro e Maduro. A ideologia vive de suas subdivisões, se multiplica como a planária, e sempre usa o que houver de mais brutal e eficaz nos dois, três ou mil caminhos que decidir trilhar ao mesmo tempo. Um dos mais eficazes remédios contra sua propagação é a denúncia do mecanismo das mentiras, do crime, que são a essência de todos aqueles que distraem com a bilinguis maledictus e governam com a Kalashnikov.

Mais sobre o tema - reportagem do canal InfoWars sobre o escândalo dos estupros cometidos por um financiador da esquerda americana em Hollywood:


Sobre as elites globalistas e a pedofilia - reportagem de Paul Joseph Watson, com legendas em português disponibilizadas pelo canal Tradutores de Direita:

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Famílias, poder e a demolição do Ocidente

Para compreender a doutrina do sex-lib, ou melhor, os objetivos que justificam a existência dessa doutrina, é necessário compreender o que a doutrina destruirá. Ela não foi criada para destruir "todas as famílias" - foi propagada para destruir apenas algumas famílias. Olavo de Carvalho explica com maestria o problema, e sempre deixa claro que é necessário, em primeiro lugar, identificar os agentes históricos, que só podem necessariamente ser os grandes movimentos de massa, as grandes religiões tradicionais e as dinastias que controlam o poder econômico ou Estatal-militar em cada país. Por que essas dinastias querem destruir algumas famílias?

As famílias sempre foram pequenos núcleos de poder independente. Nas palavras do professor, sempre foram focos de resistência ao Estado. Por que Rothschild e Rockefeller querem destruir as famílias dos "Average Joes"? Porque cada pequeno lar pode dar origem a alguma pequena empresa, que pode se tornar uma grande empresa, e pode disputar espaço no mundo econômico com outras grandes empresas, incluindo as dos insiders. A propagação da estupidez entre a classe média nada mais é do que um dumping exclusivo para os que não estão no topo do poder, com o único propósito de desestruturar os "novos entrantes". Por que o Estado chinês faz o mesmo? Porque as famílias podem ser o início de movimentos políticos infinitamente maiores do que o restrito círculo de influência imediata e instantânea de um casal e seus filhos - a herança e a sucessão podem estabelecer vínculos poderosos o suficiente para a conquista de um partido, de uma província ou mesmo de um país, e há dezenas de exemplos deste fenômeno na História, desde Roma até Gêngis Khan e Tamerlão. Dinastias que duraram séculos - algumas com influência até hoje, como os descendentes do "Imperador do Mundo", na Ásia Central, que tiveram poder na idade média e continuam sendo símbolos do poder nas sociedades tengristas ou ex-tengristas convertidas ao islam.

Uma vez que entendido o propósito econômico ou político da medida, fica muito fácil entender porque toda a elite internacional se protege em círculos familiares estáveis e saudáveis. O poder não pode ser entregue, não se abre mão da influência. Apenas um rico extremamente idiota iria fomentar o sex-lib entre os seus descententes - o trabalho de uma vida se reforça, se expande e deve ser trabalhado na concepção do brilho e da glória do  esforço de uma linhagem, pelos séculos. Nenhum dos "Bilderbergers" ou mesmo dos nossos provincianos midiáticos "globais" quer jogar fora uma vida de trabalho com filhos estúpidos e dissolutos. Os globais, e disso há exemplos às dezenas, também protegem os seus. A elite opera assim, porque tem consciência da necessidade de manutenção da ação histórica, e isso só é possível através da ligação de sangue. Deixem que os "idiotas" da classe média de destruam no vício químico ou físico, nas doenças sexualmente transmissíveis e nos relacionamentos que são estéreis por natureza. Para os ricos, na concepção dos monstrinhos que governam o mundo, toda a glória, os herdeiros e a riqueza, por toda a eternidade.

Apesar da existência de objetivos claros nas agendas políticas pós-modernas, que nenhuma relação têm com os discursos disconexos e hostis entre si dos militantes atordoados, até mesmo a elite global eventualmente é atingida por seu próprio veneno. Algo do que espalham entre as massas estupidificadas vem da própria vilania praticada pelas castas abastadas. Weinstein e o que ocorre entre os "globais" são testemunhos claros das doenças mentais que atingem os olímpicos do planeta. Hollywood se tornou um paraíso de pedófilos, e a casta midiática brasileira não fica muito distante disso, como bem mostra o caso do cantor de MPB envolvido da defesa de exposições de pedofilia que, aos 40 anos, molestou uma menina de 13 (que hoje é sua esposa). Este modelo de podridão é uma amostra histórica de ocasiões onde o "feitiço se volta contra o feiticeiro". Todos conhecem muito bem a natureza das doenças das classes televisivas do país. Assim como Hollywood, a cultura de massa do Brasil é regida por estupradores de crianças e atrizes. O único alívio que a humanidade pode ter é a descoberta de alguns dos crimes e eventual punição dos responsáveis - cortar a cabeça da serpente é bem mais complicado, porque os atores históricos são linhagens, não espécimes. Um trabalho bem mais amplo é necessário para limpar o mundo de tipos como os que parasitam os veículos de comunicação de massa. Tirar essas famílias de seus postos é o dever das gerações atuais e futuras de conservadores.

Mais sobre o tema - Bernardo Küster, aluno do Curso Online de Filosofia de Olavo de Carvalho, discute a promoção do sex-lib e a estratégia de manutenção do poder das dinastias globalistas:

domingo, 1 de outubro de 2017

Sobre a farsa do "fim do comunismo"

Para uma ideologia que "morreu" com a queda do muro de Berlim, em 1989, o comunismo permanece bastante perigoso. Mata pessoas diariamente no Laogai chinês, nas ruas da Venezuela, tira as vidas de centenas de inocentes em toda a América Latina através das ações das FARC e associados, mesmo no Brasil, e chega a ameaçar o planeta inteiro com a possibilidade de um holocausto nuclear como nunca visto, através do cachorro louco Kim Jong-Un. Mais uma vez, o grande filósofo da Virgínia tem razão - como tinha, em 2006, ao denunciar com uma década de antecedência a empreitada que seria feita no Brasil pela esquerda chique para a legalização da pedofilia. Para saber o que irá acontecer na História, é preciso acompanhar os movimentos estratégicos dos atores políticos, e os que comandam a direção do Estado chinês, russo, norte-coreano, que comandam cada pelotão das FARC e cada partido marxista ensandecido da América do Sul são o mesmo grupo de discípulos de Lenin que assegurou a expansão do poder soviético no Leste Europeu, nos países em desenvolvimento e cada ação do complexo NKVD-KGB-FSB. Se o grupo é o mesmo, as cabeças são as mesmas, e se as cabeças são as mesmas, os objetivos não mudaram muito, como fica claro através da observação de cada gesto de loucura dos "queridos líderes".

Como já foi explicado uma centena de vezes pelo escritor mais preciso da modernidade, antes do fim do regime soviético, houve uma mudança estratégica considerável na direção dos esforços da inteligência bolchevista - Beria, como Montefiore explica em A Corte do Czar Vermelho, já discutia a ineficiência da economia planificada. Diante a incapacidade de controlar o sistema produtivo, a direção determinou que a meta da inteligência e da militância era o controle de tudo o que poderia haver além dela - cultura de massa, imprensa, universidades e mercado editorial. Foi a cristalização do programa estratégico desenhado por Gramsci, ainda na primeira metade do século, que foi incansavelmente estudado por toda a esquerda, e ainda é considerado um dos mais importantes autores marxistas do período, possivelmente perdendo o primeiro lugar apenas para Lenin. A conquista de todo o sistema educacional e cultural, assim como o domínio das estruturas de poder informais (entre as quais está o crime) é muito mais emergencial do que os pyat'letki. Ter toda a imprensa e a academia ocidentais, assim como as máfias e organizações de traficantes de entorpecentes, ao lado do movimento é algo muito mais urgente do que fundar "Estados proletários" destinados ao fracasso econômico e à fome assassina. As roupas mudaram, mas o manequim é o mesmo.

A Rússia e a China não são incógnitas - são o que sempre foram. São autocracias brutais, genocidas, dispostas ao extermínio de 80% da humanidade (nas palavras de Mao), desde que o poder absoluto da casta governamental esteja assegurado. Os homens no comando são os mesmos do tempo do Pacto de Varsóvia - Putin confessou que "só há ex-tchekistas no cemitério", Lukashenko nem sequer se deu ao trabalho de mudar muito o terno. O regime de Xi Jinping se mostra cada vez mais agressivo nos oceanos vizinhos, e não esconde a intenção de um conflito militar de grandes proporções contra os EUA  e aliados. Qualquer mudança de discurso, orientação econômica ou mesmo verniz civilizacional é adotado apenas para assegurar o poder da "troika" lendária da qual falava Viktor Suvorov, Exército-NKVD-Partido - hoje, fica claro que o lado mais forte, na Rússia, é a inteligência, e na China é o exército. A economia de mercado chinesa foi edificada com o único propósito de assegurar a indestrutibilidade do Exército de Libertação Popular, o maior em contingente e com um dos mais avançados aparatos tecnológicos do mundo, assim como o fim da URSS foi realizado apenas com o objetivo de assugurar o poder das redes informais já estabelecidas pelo complexo do NKVD e GRU com o crime organizado internacional e os movimentos aliados ao redor do planeta. As FARC são apenas o parceiro mais "óbvio". O poder absoluto de Putin não é surpresa - a democracia russa é apenas o verniz. A substância do regime é feita dos mesmos indivíduos que comandaram o GULag ao longo de 70 anos, e que espalharam o sofrimento, a cocaína e a morte por cinco continentes.

Assim como a economia de mercado pode eventualmente ser útil à "troika", em um determinado momento, o conflito aberto também pode ter uma finalidade prática - ou a mera ameaça pode trazer algumas vantagens. Os regimes comunistas - por consequência, suas castas governamentais, suas "nomenklaturas" - se acostumaram a receber gordas somas de recursos como forma de "ajuda humanitária" ou "tecnológica". O regime norte-coreano também o fez. Assim como fizeram com seus povos, por meio do furto, do assassinato, dos trabalhos forçados e do saque, tentam fazer com todas as nações civilizadas. Isso é a própria natureza da "economia de guerra", que é, em grande medida, a única economia que os burocratas foram capazes de "edificar" - nada de grandes sonhos socialistas, na prática, como gerações de militantes desiludidos ou fuzilados puderam constatar através de testemunho direto. É assim que funciona: ou o mundo se dobra aos objetivos da troika, ou todos iremos queimar no apocalipse atômico. Paz quando a paz for necessária, guerra quando o inimigo resistir - "se ele resistir, deve ser exterminado", nas palavras de Ilich.

Os últimos acontecimentos deixaram clara a unidade estratégica dos objetivos das castas dominantes da Rússia, China Venezuela, Coreia do Norte e mais a constelação de nações governadas por movimentos revolucionários (o Irã é um caso interessante, que mistura o discurso revolucionário marxista clássico com o Islam, na amálgama criada por Sayyid Qutb). A mudança cosmética no discurso russo não muda em nada a essência dos "timoneiros" - o Estado totalitário, o discurso "anti-imperialista" e a busca da redenção através do "holocausto revolucionário" ainda são o norte da família. O poder absoluto ainda é a única alternativa aceitável, a qualquer custo - e este é o mesmo raciocício cultivado por Lenin, quando planejou a NEP. Vladimir Ilich Ulyanov continua deitado sossegadamente, na praça vermelha, com sua alma tendo um breve momento de riso nas profundezas do inferno, ao saber que seus estudantes conseguiram aprender alguma coisa.

Mais sobre o tema - Olavo de Carvalho discute ideologia da inteligência russa e programa estratégico do Estado de Putin:

domingo, 17 de setembro de 2017

O que esperar da esquerda nos próximos meses?

O socialismo brasileiro recebeu golpes importantes em 2016: o sucesso de "O Jardim das Aflições" foi o sintoma mais claro do fracasso da estratégia gramsciana, que é enfrentada com grande eficácia pelo movimento inaugurado pelo autor de "O Mínimo". Lula está prestes a enfrentar uma condenação a alguns anos de cadeia - pode ser que o líder escape da justiça, mas não conseguiu escapar da completa demolição de sua imagem, ao longo dos processos. Já foi dito que Bolsonaro é uma figura equivalente a Lula, no campo conservador - o que constutui grande injustiça, uma vez que o capitão de artilharia possui muito mais instrução que o vigarista bolivariano. Os ataques às principais figuras da política de esquerda e a perda gradual e sistemática dos espaços na cultura, ainda que ocorram de forma discreta, deixam cicatrizes cada vez mais destacadas na carapaça dos marxistas - a televisão já tem ao menos um nome conservador, e a ideologia da maior rede é enfrentada não apenas por direitistas, mas por boa parte da população. Até integrantes da classe jornalística já começam a revolta contra seus capatazes bolqueviques, coisa que seria impossível em um país que chama "Chacras" e companhia de correspondentes. A esquerda está em estratégia de defesa, e suas decisões em 2018 irão seguir este caminho.

Na cultura, haverá defesa incansável da casta artística. Eles, naturalmente, se vêem como "a cultura nacional", em grande medida como os bolchevistas, ainda que podres de ricos, se vêem como "o proletariado". Se "a cultura nacional" disser que pedofilia é arte, então, naturalmente, é melhor que os súditos aceitem o absurdo, em silêncio servil. Todo ataque contra a casta será qualificado como "fascismo", "fobia", "autoritarismo" e demonstrações do "ódio" da "extrema-direita". As bandeiras, como sempre, serão as mesmas da esquerda norte-americana - lembrem-se que nossa esquerda nunca teve um gênio, um prêmio nobel como Márquez, e muito menos é capaz de pensamento criativo. É provável que o discurso da "pedofilofobia" comece a aparecer, como ficou claro a partir das declarações oficiais do banco responsável pelo show de horrores, no Rio Grande do Sul. No campo da cultura, nada haverá de novo - a mudança que podemos esperar é na política tradicional.

A esquerda já começou a perceber o que a população espera de um líder. Bolsonaro mostrou que tipo de atitude o brasileiro quer, e é natural que os marxistas-leninistas produzissem alguém para confrontar a real ameaça oferecida pelo movimento conservador. Em poucas palavras, a conversa mole do PSOL não vende nada, em nenhum lugar do pais. Os brasileiros, como todos os latino-americanos, buscam um caudilho, infelizmente. Um líder que não tenha medo de atacar seus adversários, de destruí-los em debates e de chamá-los pelos nomes corretos, no bom e velho dialeto marinheiro. Bolsonaro conquistou o que talvez já seja a maior adesão popular espontânea a um candidato, na História do país. O movimento esquerdista não está cego para este fato. Lula vai mudar seu discurso - este vai ser um elemento da estratégia das esquerdas. O outro será Ciro Gomes. Este cidadão fala português - não o sub-discurso castrado de figuras como Freixo. O político carioca não conseguiria se eleger a síndico de prédio, simplesmente porque demonstra, dia após dia, fraqueza, pusilanimidade, vaidade e completo distanciamento do brasileiro de verdade. Nenhum trabalhador votaria em um almofadinha que arrota autoridade "em nome do proletariado". Essa propaganda não vence. Bolsonaro é uma pessoa real, não é uma cria do Marketing. Bolsonaro fala o idioma compreendido por qualquer compatriota, do Amapá ao Paraná - Ciro e Lula são capazes de fazer a mesma coisa.

Como a esquerda perdeu batalhas importantes da guerra cultural, é possível que os próximos passos seam a censura pura e simples - o bolchevismo ainda tem muito espaço no Estado, e seus militantes não hesitarão em usar qualquer ferramenta para silenciar o movimento conservador, que está em investida. As humilhações sucessivas com certeza não ficarão sem alguma tentativa de vingança, e os aparelhados na administração de Minas Gerais já sugeriram que deverão reinaugurar a exposição de apologia do crime em uma instituição pública. Nenhuma voz conservadora será tolerada, pelo movimento, nos meios de comunicação, e alguns processos poderão ser usados para tentar compensar a sangria causada por personalidades como Gentili. Na política, há o rumor de uma possível aliança entre Ciro e Lula. Ciro Gomes, conforme parte da militância do PDT no Rio de Janeiro, deverá se lançar como vice-presidente de Lula, em tentativa de compensar o apoio formidável conferido pela população a Jair Bolsonaro. O conservador, bem como cada um de seus familiares, deverá ser atacado com violência pelos socialistas. Eles sabem que essa batalha é uma das mais importantes, até a corrida eleitoral de 2018. A esquerda está em claro processo de decomposição - mas não irá aceitar ir para a sepultura sem causar mais algum estrago.

Mais sobre o tema - Eduardo Bolsonaro entrevista Olavo de Carvalho:

sábado, 16 de setembro de 2017

A exposição do colapso moral e a inversão revolucionária

A exposição patrocinada por um famoso banco no sul do Brasil causou resposta visceral da maior parte da população, com bons motivos para tal. Podemos falar em apologia do crime por parte do autor e colaboradores, podemos falar em incompetência técnica (que caracteriza a vasta maioria dos artistas apoiados pela Mainstream Media), podemos falar em degeneração civilizacional e Yuri Bezmenov, mas vale a pena fazer um comentário sobre a inversão revolucionária e o famoso "duplo padrão", a bilinguis maledictus tão discutida pelo professor. Não há exemplo mais preciso do que o que ocorreu ali, e o que se passou no início do ano nos círculos de pedófilos que nos acostumamos a chamar de "artistas progressistas". Eles estão muito acostumados a dizer o que deve ser visto como arte pela vasta maioria da população, e não suportam qualquer possibilidade de escolha feita pelos "mortais". O resultado é cômico.

A "classe artística" - os "progressistas", naturalmente - recebeu um murro na boca do estômago, e muito merecido, pelo filme sobre o filósofo Olavo de Carvalho, nos primeiros meses de 2017. Josias Teófilo merece mais do que qualquer dos nossos olimpianos o título de cineasta - tudo o que temos em matéria de diretores e dramaturgos no nossa principal rede de comunicação é lixo perto dele. A obra não foi apenas a guilhotina dos parasitas das artes - foi um sucesso formidável, estrondoso, um escândalo de fracasso do mainstream, que ficou nu, diante de toda a população. Cada súdito viu a flacidez, a deformação, a aberração dos artistas do rei - não resta dúvida de que são escória, não merecem os empregos "artísticos" que têm. O filme, para o desespero da casta, foi premiado, celebrado, lotou salas e mais salas, em todo o país. Foi o colapso da crença que a esquerda ainda tinha sobre seu poder hegemônico sobre a cultura e mesmo sobre setores da academia. A população perdeu o medo de defender sua civilização contra os tipos descritos por Bezmenov e Pacepa. É óbvio que tudo isso não aconteceu sem algum tipo de resistência por parte da classe: eles tentaram o boicote. Tentaram a difamação. Tentaram a censura aberta, o fechamento de um festival. Apesar de tudo, eles fracassaram miseravelmente.

Meses depois, ocorre o caso da exposição do banco. A mesma esquerda que afirmou que o filme sobre Olavo de Carvalho "não deveria existir", que boicotou festivais, que proibiu a entrada do filme, que expulsou o diretor de seu país, chorou em desespero com o boicote espontâneo feito pela população. Por que isso ocorreu? Porque a classe vê a si mesma como a "gatekeeper" da cultura. Só nossa querida casta de parasitas tem (em sua opinião) o direito de classificar a arte conforme a qualidade, seja ela qual for, em seu entendimento. Quem são esses súditos que se levantam contra os ilustres "artistas"? Contra os queridos "atores" das nossas tão amadas novelas? Quem são esses hunos e tártaros que saqueiam nossos dominios hereditários? É natural que, em choque, os imbecis que se presumiam entendedores da realidade nacional se viram em desespero, ao perceberem a existência de uma coisa chamada de "povo", que, no Brasil, ainda gostaria de viver sob sua boa e velha Civilização Ocidental, sem a pedofilia, sem a apologia do crime e da deformidade, como qualquer nação saudável. É claro que a casta vê tudo isso com horror e desespero, como uma "agressão". Que pena, que tristeza.

A inversão revolucionária é o clássico entendimento do partido revolucionário como "o povo", de burgueses e nobres presunçosos como "o proletariado" (lembrem-se de Dzerzhinsky). É a estratégia soviética de classificar seus próprios atos fascistas como "gestos revolucionários", e o sistema norte-americano como o "fascismo". É o discurso de Himmler, que chorava de pena de si mesmo ao cometer o genocídio contra os judeus, que "o forçavam" a cometer os crimes mais demoníacos da História. Essa mentalidade doentia, do tirano que vê a si mesmo como "oprimido", é o retrato da casta, que tentou submeter uma nação inteira, mas, em impotência, explode em acusações de "censura" contra o país, que a sustentou ao longo de décadas. O fim da exposição de apologia à pedofilia foi justo, e é só o começo da substituição dos nossos queridos sanguessugas pela boa e velha civilização.

A casta midiática está morta, e é dever do movimento conservador terminar de sepultar o cadáver fétido. A capacidade de criação dos nossos queridos vermes acabou, e esse foi o resultado da revolução cultural gramsiana. O autor italiano pregava, literalmente, a destruição da qualidade dos sistemais educacionais como uma das ferramentas de conquista e manutenção do poder - o que ele não percebeu é que criaria uma intelligentsia incompetente, incapaz e facilmente substituível. Em qualquer regime de esquerda bem-sucedido, do nacional-socialismo ao socialismo soviético clássico, a inversão revolucionária é um fenômeno assustador. Hoje, a nação vê apenas um espetáculo de comédia - é o sintoma do fim de uma era. Que o Brasil jogue os desgraçados na lata de lixo da História (para homenagear Khruschev), e coloque, como substitutos, almas muito melhores, como Teófilo, Gurgel e companhia. O país se cansou da rede - quer, hoje, apenas as ideias que inspiraram Rodrigues. O futuro pode ser brilhante para a nação - mas, com certeza, não será dos melhores para os parasitas.

Mais sobre o tema - reportagem do canal Terça Livre sobre a exposição acusada de apologia do crime:

domingo, 27 de agosto de 2017

O Brasil desiste de si mesmo, e essa é a vitória da casta burocrática

A antiga piada sobre a "criança que sonha em ser aposentada, quando crescer", é uma das descrições mais justas do povo e da mentalidade brasileira. As origens do problema, como aponta o professor Olavo de Carvalho, são complexas: pode haver relação entre o histórico de dominação dos lusitanos por uma sucessão de impérios - fenômeno similar é observado na Romênia. A mentalidade brasileira é caracterizada pela preguiça patológica, pelo ódio ao conhecimento e ao esforço intelectual, pela busca constante por símbolos externos de autoridade e pela busca do conforto físico, na forma da realização da menor quantidade possível de trabalho em seu ofício, seja ele qual for. É uma mistura da famosa "preguiça invencível" com o bucrocratismo português: o sonho do brasileiro médio é ser o burocrata bonachão, que não produz absolutamente nada, e pode se esconder confortavelmente nas saias da família, nos finais de semana, esperando a vida passar sem se impor a necessidade de qualquer conquista ou sucesso (porque já os entende como objetivos impossíveis). A História foi tão brutal com os brasileiros ao ponto de justificar essa efetiva castração espiritual? Provavelmente não.

Os habitantes originais da península ibérica foram povos pré-indo-europeus, aparentados com os bascos. Sua língua não se parece com nada que existe na Europa Ocidental. A maior parte da população foi suplantada com a primeira migração em massa das nações proto-iranianas (que deram origem às diversas nações indo-europeias de hoje), e os sucessores imediatos dos pré-indo-europeus foram os celtas. A conquista celta foi sucedida pela conquista romana, também de linhagem indo-europeia (ou "proto-iraniana"). Depois da invasão romana, a Ibéria foi ocupada por germanos, principalmente os suevos e os visigodos, e, finalmente, pelo califado islâmico, até a reconquista, feita com ajuda do exército francês, em parceria com o que sobrou da nobreza visigótica, com os galegos e com os demais domínios que permaneceram sobre senhores feudais cristãos. É,  efetivamente, uma história de invasões, que poderia dar conta de explicar o caráter passivo dos lusitanos e de seus povos-irmãos (especificamente, os brasileiros). Mas isto está muito longe de refletir as dimensões do problema histórico - muito pequeno, se colocado em comparação com a situações de povos menos afortunados. Os ucranianos, por exemplo, passaram coisa muito pior, e tem muito mais força de vontade que os brasileiros.

Quem já conheceu um ucraniano, deve ter percebido que essa nacionalidade tende a inovar e correr atrás de auto-aprimoramento e trabalhos mais promissores. O ucraniano sempre está à procura de uma oportunidade melhor em outro país, ou mesmo de uma chance de melhorar sua rende, através de alguma forma de ação econômica em sua própria comunidade. É ditado popular que "todo ucraniano tem algum business", o que é bem surpreendente, ao se considerar que este povo foi submetido a 70 anos de regime soviético. Parece que a nação não gostou muito do pacote de sucessos do "paraíso proletário". Todavia, a energia deste grupo étnico não se limita à ação econômica: como em outros países da Europa Oriental, é possível observar uma tendência ao auto-aprimoramento físico, mesmo através de exrcícios físicos extremamente difíceis, e a paixão por lutas (como o boxe, também muito popular na Polônia). Afinal, estamos nos referindo à "Kazatskoho Rodu", à "Nação dos Cossacos", os guerreiros mais valentes e ferozes da estepe eurasiática. Mas os ucranianos não foram submetido à infinitos períodos de dominação estrangeira? É certo que sim. O território ucraniano foi, originalmente, cita-sármata. Foi invadido ou saqueado por hunos e búlgaros (ambos de origem remota túrquica), colonizado por eslavos, conquistado por mongóis durante um século, re-invadido por tártaros, submetido à Rzecz-Pospolita polonesa, conquistado por Moscou e mantido no império russo por séculos e, finalmente, ao primeiro sinal de independência após a primeira guerra mundial, submetido à dominação leninista por setenta anos. Muitas dessas conquistas foram realizadas sob violência indescritível, como o período dos khanatos, notórios pela destruição "até a última pedra" das cidades de seus súditos, ou como a monarquia russa, que já empregava a violência como ferramenta para manutenção de seu poder, através de polícias secretas. No regime soviético, a repressão contra os ucranianos chegou às proporções de crimes contra a humanidade, como no genocídio pela fome conhecido como Holodomor, no qual sete milhões de ucranianos foram assassinados pelo poder comunista. Ainda assim, os ucranianos são um povo decidido, forte a produtivo, que anseia pelo crescimento e pelo sucesso. O que explica a estupidez brasileira? Que justificativa é boa o bastante para tamanho desperdício de vida humana?

O histórico de "sofrimentos" dos povos ibéricos não é o bastante para justificar a forma do "modo de pensar" brasileiro. Nenhum grande genocídio devastou as casas lusitanas. Não houve autocracia nem boiardos, não houve NKVD, KGB, Stasi ou Gestapo. Nem sequer existiu uma única ilhota do arquipélago GULag por aqui, ou em Portugal. Talvez a explicação seja muito mais prosaica: o Brasil nem sempre foi assim. Os brasileiros "aprenderam" a moda de desistir, e faz pouco tempo. Como bem argumenta Olavo de Carvalho, o país já teve grandes escritores, historiadores, cientistas e mesmo um dos maiores filósofos da História, o grande Mário Ferreira dos Santos, gênio que não possui par nas Américas. A moda da "vida fácil" deve ter surgido no Século XX. Os imigrantes trouxeram a ética do trabalho, mas alguns entraram na "competição por cargos públicos" - se permitiram corromper. No interior, até hoje, os brasileiros tendem a ser mais esforçados e a nutrir mais sonhos e objetivos. É possível que "a moda" tenha surgido nas grandes cidades - o que condiz com as explicações do professor sobre a "casta burocrática".

A "casta burocrática" brasileira sempre teve tamanho, mas se tornou uma verdadeira doença na segunda metade do Século XX. Até então, o país conhecia empreendedores e histórias de sucesso. Com a expansão do Estado e das redes de proteção estatal, a conduta doentia da "classe" governamental se espalhou por grupos, dentro do país, que tinham uma linha de ação completamente diferente. Talvez a expansão do Estado e dos "programas sociais" estejam diretamente ligados à ascensão da "cultura do concurso". Toda burocracia governamental do planeta sabe que precisa dos "programas sociais" para se nutrir, porque precisa de cargos. Mais cargos só serão justificados com mais departamentos, qu precisam ser preenchidos com mais parasitas profissionais. Esse sistema só se justifica quando uma mentalidade de desistência completa se espalha pela sociedade - e essa estrutura casa perfeitamente bem com a imagem que nossos queridos funcionários públicos e imbecis sindicalizados tentam vender de empreendedores, inventores, capitalistas e outros indivíduos que possuem, digamos melhores "habilidades de camada 6" (uso o termo para fazer justiça ao professor, que inspira essa ideia). Uma análise "de castas" ou "de classes" pode ser incrivelmente odiosa - a estupidez do marxismo ecoa pela História - mas, ironicamente, serve como uma luva para compreender o discurso dos nossos vagabundos profissionais. Entrar em qualquer instituição Estatal é entender porque os indivíduos de sucesso são retratados como demônios em pessoa: a estrutura econômica que mantém a casta burocrática só pode ser mantida em um mundo de coitadinhos inúteis. Se improdutivo é o que há de mais eficaz para o estilo de vida da nossa geração da infância do "quero ser aposentado, quando crescer".

Para qualquer pessoa que venha de outro país, pode ser muito difícil aceitar a conduta dos brasileiros, ou mesmo entendê-la. O que é completamente justificável: como pode uma nação inteira (ou ao menos parte importante das populações de suas maiores cidades) ter o propósito de "se tornar nada"? É uma situação trágica, que não faz justiça aos grandes homens que viveram neste país, e deixaram um legado de grandeza moral e intelectual, como Pedro II. A nação de Mário Ferreira dos Santos não pode se contentar com um "Leandro Espiritual", ou com um Emir Sader - esse mesmo, o intelectual da UERJ que escrece Getúlio com "lh". Até que o Brasil saia do lixo em que se jogou, os parasitas continuarão vencendo.

Mais sobre o tema - Olavo de Carvalho discute a mentalidade dominante no Brasil, com base na teoria das camadas da personalidade:

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sobre a censura no monopólio da Internet

A recente tendência de "desmonetização" de veículos de comunicação conservadores chega ao cúmulo do ridículo, com ataques velados mesmo a trechos a respeito da arte moderna, como o publicado por Paul Joseph Watson, que faz referência à percepção de Roger Scruton sobre as "obras de arte desconstrucionistas". O vídeo de Watson foi considerado "perturbador" para alguns públicos (possivelmente, para os inúteis que se formam nas escolas contemporâneas de artes ou ciências humanas). Um vídeo satírico do canal Rebel Media, em que o palestrante faz uma piada acadêmica com a audiência, também saiu do ar (e foi retirado por um estudante que se sentiu ofendido por não entender a blague). A censura triunfa, impera e emburrece alegremente o público do mundo - não se resume apenas às fracassadas instituições de ensino superior.

É assustador observar como o capitalismo tende ao socialismo, desde os tempos dos irmãos Sverdlov e até mesmo durante o século XIX. Marx foi patrocinado por um industrial, e o socialismo dos dias de hoje vive com aparelhos supridos com os infinitos recursos de senhores como o financista/colaborador húngaro do nazismo que conhecemos bem. Por alguma razão incompreensível, o maior monopólio da Internt, que inclui o principal site de vídeos e o principal site de buscas, também decidiu sustentar a ideologia totalitária. Parece que os jovens estudantes que trabalham na corporação (e os donos dela) não entendem que sua riqueza vem da livre circulação de informações. Transformar seus meios em mordaças será matar sua própria fonte de recursos. Aparentemente, os grandes capitalistas também são, após a mudança para a mentalidade "metacapitalista", suicidas.

A humanidade normal já sobreviveu a todos os piores regimes da História, derrubou o nazismo e rejeitou, quase universalmente, a brutalidade marxista. Não obstante, poderá ser bem difícil superar o controle das informações, se praticado por organizações tão vastas como as que agora se voltam contra a liberdade. Os conservadores deverão encontrar caminhos alternativos para suas publicações - novas redes sociais, sites de vídeos, sites de busca ou qualquer ferramenta que permita contornar os olhos vigilantes dos criadinhos do globalismo. Olavo de Carvalho diz que a vida é feita da tensão constante e do conflito, da necessidade de superar obstáculos sucessivos: a charada da censura, praticada pelos meios que prometeram ser os alto-falantes da liberdade, é o problema sobre o qual devemos nos debruçar. Resolvê-lo será uma brisa de ar puro para as próximas gerações.

Uma abordagem interessante é a adotada pelo veículo InfoWars, que não apenas criou seu próprio mecanismo de propaganda (custeio das operações) e desenvolve ferramentas para transmitir vídeos, bem como um sistema de rádio tradicional. No fim do dia, os recursos mais tradicionais do jornalismo podem se mostrar o remédio contra o totalitarismo digital. Outros veículos de comunicação e personalidades do movimento conservador dos Estados Unidos fazem o mesmo, com sucesso e com muito mais alcance do que a mainstream media. Não obstante, é essencial desenvolver algum equivalente ao monopólio atual - é preciso criar uma nova plataforma para vídeos e novos mecanismos de busca, assim como redes sociais. A estratégia de Sun Tzu também não deve ser descartada - todo conservador deve saber que a vitória mais eficiente é aquela na qual não se dispara um único tiro. A ocupação de espaços não deve ser apenas uma "alternativa" - deve ser um dos objetivos mais emergenciais do movimento conservador. O vazamento do texto de um funcionário do monopólio demonstra que, mesmo nas fortalezas do "politicamente correto", há cabeças que pensam como os seres humanos saudáveis.

Mais sobre o tema - Paul Joseph Watson discute a nova censura na Internet:

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sobre a decisão de Trump pela restrição de perfil de recrutas no exército dos EUA

Ao longo do Século XX, as forças armadas de praticamente todos os países do mundo se mantiveram exatamente como nos últimos sete mil anos de civilização. Não há "politicamente correto" na cultura do quartel, e qualquer pessoa que tenha passado ao menos cinco minutos ao lado de amigos militares sabe disto. A vida marcial significa sofrimento, violência física constante, humilhações de superiores que transcendem os limites da racionalidade humana, e uma boa dose de abuso psicológico - os relatos de um amigo de infância, e o testemunho de familiares que o ajudaramem momentos difíceis, reforçam essa impressão. Estamos falando de murros no rosto de rapazes de 19, 20, 21 anos, que, em alguns casos, vêm de famílias absolutamente normais e estáveis. É um choque gigantesco, e a ele se soma a necessidade da negação pessoal, física e imediata de qualquer conforto ou segurança - pensem em oficiais de forças de segurança de uma cidade como o Rio de Janeiro. A vida militar é sacrifício do próprio corpo. Seus princípios são incompatíveis com os de qualquer pessoa que valorize tanto sua própria condição física que esteja disposta a pagar centenas de reais (ou dólares) para uma "customização", ao gosto de suas preferências subjetivas. Não há lugar para preferências no quartel.

O apego (que justifica investimentos astronômicos em cirurgias cosméticas) também sugere um tipo de insatisfação que indica instabilidade. Um homem ou uma mulher que esteja prestes a disparar um fuzil contra uma figura hostil, no campo de batalha, sob explosões de granadas e ferido por estilhaços, não pode estar sujeito a instabilidades de qualquer ordem. A vida militar deve ser fundamentada na disciplina, na ordem - apenas essa orientação permite o fiel respeito às ordens de superiores, que podem, eventualmente, significar a morte do próprio militar. Essa é a verdade desagradável sobre a vida heróica das pessoas que nos defendem (chamadas injustamente de "opressoras" pela militância politicamente correta). Não há escolhas - há apenas a obediência e a disciplina feroz. Essa é a natureza de todas as forças armadas do mundo (ou todas as não-ocidentais modernas). A própria mentalidade burguesa das "escolhas", "preferências", "gostos" e "opiniões" é contrária à mentalidade marcial: não é sem razão que os integrantes dos exércitos de todos os países se referem de maneira pejorativa aos civis, desde sempre. No Brasil, "eles", os civis, são os PIs, os "Pés Inchados", os inúteis, preguiçosos, gordos e descartáveis, que não entendem o valor de "nós", que nos colocados diante de fogo de armas de guerra, pela vida de nossos compatriotas.

O politicamente correto, como toda ideologia, é uma distorção doentia da realidade, que tenta conformá-la aos preconceitos de um sistema de ideias que promete um "mundo perfetio", desde que os seus preceitos "X" ou "Y" sejam seguidos. A ideologia discutida pretende que há uma "igualdade absoluta" entre todo e qualquer comportamento, o que, por definição, obriga o ideólogo a negar qualquer especificidade de qualquer estilo de vida, ou negar a natureza particular de uma carreira - seria um absurdo, para a beautiful people, afirmar que a vida militar exige características específicas de seus integrantes. Seria mais absurdo ainda afirmar que um militar... precisaria seguir um estilo de vida militar. O quartel não é um paraíso: infelizmente, a realidade não é boa o bastante para os óculos cor-de-rosa dos ideólogos. Ainda que seja odiado pela mainstream media e pelos militantes das esquerdas de todos os continentes, Trump está correto. As maiores forças armadas do mundo, na Ásia e - as que ainda são normais - na Europa dão prova deste fato.

Mais sobre o tema - comentário publicado pelo veículo de comunicação The Blaze sobre a "desmasculinização" dos rapazes pelo movimento feminista, em instituições de ensino e veículos de comunicação:


Sobre "ideologia de gênero" e o politicamente correto - comentário do padre Paulo Ricardo a respeito das origens da política sex-lib instituída por Barack Obama nas forças armadas dos Estados Unidos:

segunda-feira, 24 de julho de 2017

A grande mídia fracassou - sua derrota tem o nome de Jair Bolsonaro

Que existe uma distância de milênios entre as concepções dos profissionais do jornalismo mainstream nacionais e as visões fundamentais sobre sociedade, civilização e decência humana da maior parte dos cidadãos do Brasil, não há dúvidas. A maior parte dos profissionais das grandes empresas de Comunicação apoia entusiasticamente a ideologia marxista, assim como os regimes por ela estabelecidos, ainda que façam referência ao "período romântico" da revolução cubana ou ao "Lênin bom, Stalin mau" da revolução soviética. Os jornalistas brasileiros são adoradores da ideologia de gênero, da militância esquizofrênica do sex-lib, em qualquer uma de suas variações, e são sonhadores das qualidades "revolucionárias" de assassinos e traficantes de drogas - os brasileiros normais (e aqui fazemos referência à vasta maioria da população, que tem o mais sincero nojo pela classe midiática) gostam da normalidade humana nas relações conjugais, detestam militâncias de todos os tipos e gostariam de ver todos os criminosos apodrecendo em prisões. Lenin seria impossível no Brasil, porque a população nutre uma desconfiança absolutamente natural por figuras de poder do Estado. No país, não haveria uma adoração patológica de um "Trótsky-São Jorge" (kak v náshei lyubímoi Rossíi), porque cada brasileiro sabe que o burocrata, ainda que reclame da burocracia, torna-se tão lento e incompetente quanto o mais nocivo parasita da mais inútil das repartições públicas - é como o Estado tupiniquim funciona. O brasileiro desconfia dos "barnabés", concursados ou eleitos, e desconfia das promessas douradas das ideologias - o jornalista, moldado nas nossas fábricas de estupidez públicas, também conhecidas como universidades estatais, acredita piamente em qualquer asneira. Essa diferença impede o profissional de mídia de entender o que se passa, e o torna incapaz de prever sequer os próximos dias da vida política das grandes massas. Essa distância entre a casta jornalística convencional e a população explica a precisão cirúrgia de Olavo de Carvalho, e permite entender o espanto dos colegas de profissão com o sucesso de Bolsonaro.

Bolsonaro deu uma surra na imprensa, que já andava muito doente, diante do público. A população tem nojo da classe - na realidade, tem nojo de todo um conjunto de indivíduos absolutamente inúteis e improdutivos para a nação, que inclui os nossos "jornalistas" (de fato, não merecem o nome), nossos escritores mais badalados e nossos dramaturgos, inapazes de criar qualquer coisa ligeiramente menos mal-cheirosa que nossos sistemas de saneamento básico. A população passou a desprezar a mídia. Bolsonaro apenas vive no tempo certo. As opiniões do capitão de artilharia não passam do bom-senso da vasta maioria dos compatriotas. Por exemplo, entender que crianças não devem ser expostas, digamos, antes dos dez anos de idade, a vídeo-manuais sobre relações "sex-lib", é uma opinião absolutamente normal, para qualquer ser humano comum - menos, é claro, para as aberrações que saem dos nossos cursos de Jornalismo. A defesa de leis mais rigorosas, em um país que registra mais de 60.000 homicídios por ano, também deveria ser considerada, no mínimo, salutar - os mesmos "jornalistas" são incapazes de perceber a relação de causa e efeito entre a atenuação das penas, ao longo da década de 90, e a piora dos indicadores da violência, que é observada até hoje. Sobre o tema da legítima defesa, o militar também tem opiniões absolutamente convencionais, que, de fato, se aproximam da realidade jurídica de países que conseguiram manter seus indicadores de violência urbana muito mais controlados do que os brasileiros (entre eles, é possível citar Canadá, Hungria, Suíça ou mesmo países vizinhos, como o Chile e o Paraguai, com leis que favorecem a legítima defesa e menos homocídios por ano). As opiniões dos profissionais da grande imprensa estão erradas, e sua visão não condiz com a realidade da vasta maioria da população.

O distanciamento entre a "casta" e o povo tem diversos resultados - um deles é a crescente confiança da população nas forças armadas e o entendimento (também em expansão) que sugere que os jornais brasileiros, redes de televisão e grandes sites de notícias não são confiáveis. A explosão de veículos de comunicação liberais, autores conservadores e o fenômeno Olavo de Carvalho são retrato deste aspecto. No campo eleitoral, a consequência foi a gigantesca onda de aprovação a Jair Bolsonaro, recebido em aeroportos, eventos ou manifestações como nenhum político na História brasileira. Em manifestações das quais representantes do PSDB foram expulsos e nas quais Lula e Dilma receberam as ofensas mais bárbaras (e, honestamente, cômicas, para personalidades que vêem a si mesmas como reencarnações de Getúlio), Bolsonaro foi, literalmente, carregado pelas massas. Este fato não foi apenas uma derrota para os veículos de comunicação e para os cursos de jornalismo, com pretenções a faculdades de engenharia social gramsciana - foi uma humilhação para cada militante, companheiro de viagem e personalidade do complexo midiático-partidário da esquerda. Bolsonaro representa o momento em que a população joga a estratégia gramsciana e a casta televisiva "na lata de lixo da História".

É evidente que a grande imprensa e os demais representantes da "casta" não vão aceitar sua derrota de maneira tão fácil, e vão insistir na campanha de difamação, a qualquer custo, contra o oficial do Exército. A esquerda jamais aceitaria um presidente conservador, militar, pró-Israel, pró-Estados Unidos e favorável às bases mais elementares da Civilização Ocidental - e jamais aceitaria uma derrota tão humilhante, inegável e permanente. Os partidos e personalidades mais destacadas no movimento marxista usarão todas as ferramentas que cultivaram, desde a década de 60, para destruir completamente a imagem de Jair Bolsonaro - talvez, tentem a destruição física do militar, como já foi sugerido por mais de uma voz nas fileiras do marxismo. Ainda que Bolsonaro seja tirado de cena, os fatos que ocorreram até o presente momento dão testemunho da fragilidade, da incompetência da esquerda e da possibilidade concreta que o conservadorismo tem de retomar o país. A militância totalitária governou a nação e conseguiu manter a revolução cultural por algumas décadas, através da preguiça de seus súditos - talvez os brasileiros tenham aprendido a lição, e tenham o propósito correto de reconstruir, para fugir do destino sombrio dos venezuelanos e cubanos

Mais sobre o tema - conversa entre Olavo de Carvalho e Eduardo Bolsonaro:

quinta-feira, 15 de junho de 2017

"O Jardim das Aflições" é mais do que a esquerda pode entender

Ler Olavo de Carvalho é como folhear uma enciclopédia - a vastidão dos conhecimentos do filósofo pode oferecer um desafio significativo até mesmo para pessoas interessadas por temas como política ou filosofia. No Brasil, onde as referências são escassas e escolhidas conforme os estreitos (e pobres) padrões da esquerda acadêmica, o ato é ainda mais difícil - há pouco tempo, as livrarias nacionais conheceram nomes como Eric Voegelin e Viktor Frankl. Outros, como Szondi, nem sequer aparecem  em notas de rodapé. Para entender a obra do escritor brasileiro, é preciso estudar, e estudar muito. O estupor observado nas críticas sobre o filme de Josias Teófilo dá testemunho da distância colossal entre as proporções do conhecimento de Olavo e as dos miseráveis cérebros adestrados em nossos cursos de humanidades. Os militantes de esquerda não entendem as mutações que ocorrem em suas próprias fileiras, nos centros de poder que produzem sua ideologia, no país e muito menos são capazes de entender os atos e palavras do escritor que está mudando dramaticamente a topografia intelectual do Brasil.

A guerra cultural tomou velocidade, está provocando mutações enormes na imprensa (especificamente, nos veículos alternativos), em veículos de comunicação de massa, no mercado editorial e mesmo na academia. Há uma década, não havia conservadorismo no Brasil. Hoje, este é o movimento político e cultural que ameaça severamente a hegemonia marxista. Há dezenas de livros conservadores em circulação - e fazendo sucesso - enquanto a esquerda apodrece e empobrece. Curiosamente, alguns dos mais importantes livros socialistas estão sendo publicados por conservadores (e por eles estão sendo lidos), para seguir a orientação ancestral de Sun Tzu: "se você conhece a si mesmo e conhece o inimigo, não precisa temer o resultado de cem batalhas". Este esforço começou com o gigantesco trabalho de Olavo, que continua através da editora Vide, e de outras que divulgam novos e antigos nomes do conservadorismo internacional. A esquerda moderna odeia o conhecimento - como Voegelin mostrou muito bem, o gnosticismo tende ao anti-intelectualismo. Sendo fiel ao princípio, os marxistas brasileiros não se dão ao trabalho de ler, nem os próprios autores socialistas - é evidente que o movimento fará de tudo para se manter distante dos textos de seus adversários. A escolha pela ignorância está matando a esquerda, e explica a reação obtusa (até mesmo cômica) diante do filme "O Jardim das Aflições".

Quando Olavo faz menção ao totalitarismo estrutural do pensamento marxista brasileiro, os militantes demonstram escândalo. Gramsci foi o Stalin dos livros, o Vozhd do espírito. A resposta ao filme de Josias Teófilo prova que o pofessor tem razão: foi "o livro que não devia existir". Se os gramscistas tivessem o poder que tanto desejam, podemos ter certeza de que a obra não existiria. O controle do discurso, das publicações e das telas é o sonho dourado do movimento - é aquilo que Lenin conseguiu, mas que os socialistas brasileiros são fracos demais para fazer. A conduta, todavia, mostra o quanto a corja está distante da realidade (mesmo do que seria a conduta normal de um censor), e o quanto são incapazes de compreender um filme que poderia até mesmo ser visto como favorável à visão de ao menos uma das correntes da esquerda - para ser mais específico, ao anarquismo de, digamos, um Mário Ferreira dos Santos, admirado por Olavo de Carvalho e odiado pelos marxistas. A esquerda não entende que nem toda a obra que não faz adulação incansável a suas lendas deve ser proibida - não entende que um filme pode falar sobre Filosofia sem vestir a camisa de força da luta de classes, ou pode tecer uma crítica ao Estado moderno sem necessariamente usar os chavões dos "quadros". Os militantes perderam a capacidade de entender um filme brasileiro que - pasmem - não é uma pornochanchada global na qual metade do tempo é dedicada a cenas de sexo, e a outra metade ao que há de mais ridículo e sem gosto nas piadas que a dramaturgia pode criar. Olavo não fala sobre os "temas proibidos", não fala sobre "safe spaces" e companhia. Fala sobre o centro de sua Filosofia - a contrução - e aperfeiçoamento -  da personalidade humana. Os militantes do fascismo moderno mostraram, em suas linhas da Folha e nos outros "grandes veículos", que já transcenderam a inépcia na escrita, e alcançaram o ápice da incapacidade sensorial. A paralaxe cognitiva já se tornou remoção cirúrgica de olhos, ouvidos e - por que não? - cérebro.

Para entender Olavo de Carvalho, é preciso entender, em primeiro lugar, as referências do autor. Criticar o filósofo sem conhecer Eric Voegelin é estupidez. É evidente que este é apenas um dos que influenciaram o pensamento do escritor, mas é um começo - ao menos para alguma discussão a respeito do movimento revolucionário, da paralaxe cognitiva (incluindo a distorção no entendimento a escatologia e do tempo, característica distintiva do marxismo). Nomes da Psicologia e grandes romancistas também entram nas leituras obrigatórias - a maioria dos militantes não é capaz de entender os dilemas colocados por Dostoiévski, ou de perceber que há algo na existência humana para além da camada 4. Para iniciar qualquer diálogo com um mínimo de compreensão, o gnóstico vai precisar de muito conhecimento. Com certeza, se o coitado não entender do que se trata, o filme tomará a aparência de "um filme sobre Olavo".

A formação da personalidade, o entendimento da realidade e o trabalho de desenvolvimento intelectual, como via para uma existência melhor, são elementos centrais da Filosofia de Olavo de Carvalho. A crítica do totalitarismo e do gnosticismo moderno são apenas partes (pequenas, até) dos estudos do autor. A melhoria de cada aspecto, de cada nível da alma do indivíduo é o trabalho que realmente importa - o conhecimento é apenas o caminho para "a unidade da obra". O livro "O Jardim das Aflições" é uma leitura difícil, enciclopédica. O filme de Josias Teófilo não poderia ser diferente - não é uma sinfonia para qualquer idiota - em especial, não é para os animais criados nos currais que convencionamos chamar de universidades, no Brasil. É um filme para pessoas que, de fato, querem aprimorar suas personalidades, através de um melhor entendimento da realidade. Seguramente, é o melhor filme brasileiro, em décadas.

Mais sobre o tema - entrevista sobre O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo:

domingo, 14 de maio de 2017

Lula provocou Moro - e tem poder para isso

O depoimento do ex-presidente para as investigações da operação Lava Jato gerou revolta entre integrantes da direita, e indignação entre os militantes de esquerda. Os últimos pensam que foi um ultraje horrível, inaceitável e parte de uma campanha de perseguição coordenada pela "mídia e pelo Poder Judiciário". A direita entende as palavras de Lula como ameaças - e tem razão para isso. Deveria ter sido um depoimento, mas foi uma sugestão do que ocorrerá caso o Partido dos Trabalhadores volte ao poder. O erro do "caminho democrático" não será cometido mais uma vez pelos marxistas brasileiros. O culto à "revolução bolivariana" na Venezuela é prova de que mesmo os partícipes do PSOL flertam com um tipo de regime mais próximo da boa e velha tradição leninista. O depoimento foi pervertido, politizado e transformado em aviso, muito claro para todos os agentes públicos que ousem se opor ao projeto de poder totalitário.

Como bem explicou Łobaczewski, todo movimento revolucionário, centralizado e militarizado, como a vasta maioria dos partidos marxistas, tem um potencial enorme para a atração de psicopatas, que invariavelmente terminam em posições de poder. A obssessão por controle tem papel fundamental no processo, e é a engrenagem principal da "patologia social" que se cristaliza com a criação dos sistemas socialistas, sejam eles de caráter internacionalista ou nacionalista. É evidente que um de nossos ex-goevernantes tem talento formidável para o alpinismo social - mesmo com uso de acidentes de trabalho falsos ou colaboração com regimes autoritários de direita, como o que governou o país após 64. Cada psicopata possui esse tipo de habilidade, que pode ser mais ou menos pronunciada. Naturalmente, dentro da estrutura do movimento marxista, o indivíduo com o transtorno de personalidade adquire muito poder. O psiquiatra polonês explica que o líder exerce a função de "inspiração", para outros psicopatas, e "temor religioso" para a massa histérica, da qual a maioria da militância é composta. A máquina totalitária confere influência e capacidade de perpetuação quase sem fim. O resultado, como se vê claramente na sociedade brasileira, é a persistência do culto à personalidade, que tem potencial não-desprezível de levar a mesma (já muito bem conhecida) organização criminosa ao controle do Estado. Uma vez que os socialistas estejam no poder, o país deverá esperar uma conduta bem pior do comando.

É inegável que a esquerda possui grande capacidade de autocrítica. Isto é até mesmo parte do dia-a-dia de partidos de grande sucesso, como o chinês, que adota o "ritual" desde antes da tomada do poder. O processo também envolve a reengenharia de estratégias de tomada de poder - foi o que os militantes brasileiros fizeram durante o regime militar, e o que levou o marxismo tupiniquim ao caminho gramsciano para o socialismo. As lideranças perceberam que a luta armada fracassou: restou assumir o caminho da revolução cultural para a hegemonia política. Todo o processo levou poucos anos - foi realizada uma mudança completa de rumo, adotada fielmente e seguida à risca até os dias de hoje, anos depois do colapso da União Soviética e da mais bem-sucedida vertente do socialismo internacional. A esquerda fará, sem a menor sombra de dúvida, uma nova mudança - e esta deverá levar o movimento para o caminho das armas.

Durante o processo que levou à queda do governo petista, as lideranças começaram a expressar a nova orientação, sem medo. As palavras de ordem sobre "guerra civil" começaram a fazer eco. O MST se agitou, Lula adotou uma face completamente distinta da habitual - o lado "castrista" do movimento começou a se mostrar, sem medo. O grande problema que o Brasil enfrente é a continuidade da influência do ex-presidente sobre grande parte da população: pode haver uma nova eleição favorável ao partido. Se isso ocorrer, como foi deixado bem claro no depoimento, a imprensa e os opositores, dentro e fora do Estado, enfrentarão o lado leninista do petismo. O movimento não utilizou a violência, antes do impeachment, porque pensava não ser necessária para a manutenção do poder. A derrota forneceu aos militantes uma lição amarga, que não será esquecida - o "exército" do qual o ex-governante falava finalmente vai ter a chance de educar a população brasileira comum a respeito da boa e velha "democracia proletária". A simpatia da esquerda brasileira para com o sistema venezuelano não é aleatória: é um sintoma de que o mesmo tipo de doença social está em incubação no Brasil - e houver apenas mais uma chance, o caminho convencional do partido revolucionário será trilhado, para que  nunca seja derrubado novamente. A eleição de um candidato verdadeiramente conservador não é mais uma mera questão de "escolha": é a única alternativa para a população, caso não queira ser submetida ao modelo de governo mais brutal, parasitário, destrutivo e assassino que a raça humana já viu. As ameaças feitas no depoimento são de credibilidade inquestionável - talvez as únicas palavras que poderiam ser ditas com sinceridade pelo réu. O sangue e as lágrimas dos venezuelanos dão testemunho de o quanto as palavras sombrias do "barba" têm fundamento.

Mais sobre o tema - Joice Hasselmann comenta o depoimento do ex-presidente à operação Lava Jato:

sábado, 8 de abril de 2017

Não há jornalismo na grande imprensa

Ler jornais ou assistir a reportagens na televisão passsou a ser algo inútil - salvo como distração, para os que têm mau gosto. Ainda é possível encontrar opiniões nos sites da "grande imprensa", e mesmo assim são raras as que possuem alguma relevância ou substância - em grande parte, o vácuo intelectual se deve à formação medíocre dos jornalistas modernos. Para leituras partidárias, os portais definitivamente oferecem mais riqueza - especialmente para a audiência de esquerda, que encontra seu eco confortável em sites parentes do "Vermelho.org". O mesmo vale para a direita. Para encontrar jornalismo - jornalismo de verdade, notícias, informações com fontes citadas e com algum fundamento, vindo de uma formação respeitável do escritor, para a verdadeira compreensão da realidade - resta apenas a internet. Sites como o WND oferecem jornalismo investigativo, sem medo de "dar nome aos bois", com a exposição clara dos fatos e fontes -  em outras palavras, oferecem o que sempre se convencionou chamar de "jornalismo", ao contrário do mar de estupidez e imundície que é passado aos novos redatores nas universidades do nosso tempo. A distorção promovida pela grande imprensa é medonha, estranha, incrível e chega a tornar o leitor um pouco menos perspicaz, a cada notícia. Não há informação ou um mínimo de esforço de exposição e compreensão da realidade na grande imprensa internacional, e muito menos há algo remotamente parecido com isso nos grandes veículos brasileiros, que são os produtos da digestão mal-feita do sub-jornalismo global. O jornalismo, nos escritórios da grande imprensa, está morto e apodrecido.

O jornalismo norte-americano se emburreceu, recrudesceu, adotou a "novilíngua" da horda de asnos dos cursos de humanidades. Não há descrição de fatos, mas deformação consciente (ou inconsciente, já automatizada pela padronização infinita e pela força colossal da peer pressure) em prol das bandeiras X ou Y. Tentar ler notícias - esperando encontrar a descrição remotamente próxima dos ocorridos - nos veículos de comunicação "respeitados" dos Estados Unidos é tornar-se um pouco mais burro. Essas plataformas já não estão no campo das obras da Comunicação Social: são fenômenos de teratologia política - até mesmo, cada vez mais, sexual. São aberrações, e devem ser estudadas como tais. O jornal americano mais cultuado pelos colunistas do mainstream brasileiro sobrevive graças a aluguel de parte de suas instalações - é ótimo que seja assim. O veículo abriu mão de qualquer imparcialidade - tornou-se parte da assessoria de imprensa do Partido Democrata. Outros veículos pop á fazem celebração aberta da pedofilia - como, de forma magistral, Paul Joseph Watson revela. Em nome do "politicamente correto", crimes brutais e uma conduta maligna por natureza são dados retratados como "doenças", e seus "portadores" como "heróis" que resistem bravamente à vontade de agredir crianças, da forma mais covarde imaginável. Essa infâmia é o que o mainstream chama de jornalismo. É a morte da informação, a morte da profissão jornalística, a morte de qualquer compromisso com a verdade e o sintoma claro da morte da inteligência dos criminosos que formaram esses profissionais - não há que se falar na morte da inteligência dos mesmos, que muito provavelmente nunca a tiveram.

A descrição de casos de terrorismo não foge à regra, nunca. A grande imprensa tem uma incapacidade patética de dizer o nome de uma determinada religião. Não se pode escrever "Estado Islâmico" - o nome é "ISIS", Quem sabe, é "ISIL" - ao menos para Obama, defensor ainda mais asinino do indefensável. Não importa que todos os dados da História provem a necessidade de "dar nome aos bois", não importa que grandes teólogos provem por A mais B que o conjunto da obra dos militantes seja cópia fiel dos atos do fundador do credo - a castração da inteligência foi mais violenta, e defiitivamente matou a fertilidade dos cérebros dos jornalistas da grande mídia. É mais uma "parede de rochas, impenetrável", conforme a descrição dada por Olavo de Carvalho. No caso do atentado à boate, na Flórida, os profissionais de imprensa se recusaram a culpar o extremismo salafista - nunca, jamais cometeriam tal "crimideia". A culpa, é óbvio, foi da NRA - na França, onde não há NRAs ou o que o valha, a culpa pode ter sido dos católicos, dos protestantes ou dos hare-krishnas. Essas são as proporções da distorção, da deformação, da vilania, da negação sistemática e canalha dos fatos - de um crime contra a inteligência, em escala global. A parte da humanidade que ainda não se curvou à patocracia - conforme Łobaczewski - deverá, um dia, julgar e condenar os animais que tentaram subverter a tal ponto a capacidade normal de ver e compreender a realidade. Sim, nomes da grande mídia que se rendem à ditadura linguística merecem o título de "animais", e, para a sobrevivência da civilização, é melhor que as pessoas comuns passem a tratá-los da forma que merecem. É melhor que as pessoas comuns os coloquem para trabalhar em ofícios mais adequados, como puxar carroças ou servir de montaria - alguns fariam questão da última ideia, felizes e realizados.

Mais sobre o tema - Gavin McInnes, colunista do canal Rebel Media, fala sobre a grande imprensa internacional:

domingo, 2 de abril de 2017

A resposta à censura é a subversão

As principais redes sociais começaram a censurar abertamente conteúdos conservadores. Como Paul Joseph Watson bem explicou, "não é possível ser a contra-cultura e a cultura hegemônica ao mesmo tempo". Uma vez aplicada a estratégia gramsciana pelos quadro socialistas, todo o campo da crítica restou exclusivamente aos conservadores, liberais, tradicionalistas e afins - o fenômeno demonstrado pela obra de Olavo de Carvalho, pelos textos libertários e até por movimentos mais exóticos (como o "NR" e o eurasianismo) é a consequência da tomada completa das principais plataformas pelo "politicamente correto". O problema prático para os conservadores é: como continuar a publicar conteúdos em um ambiente que remove textos ou vídeos do ar, que retira páginas de direita e que qualifica todo e qualquer posicionamento associado à direita clássica como "racista" ou "extremista"? Pior: para o criador de conteúdos de direita, como sobreviver privado de recursos de publicidade que, ao menos no maior site de vídeos da internet, serão reservados à militância "PC"? A estratégia é agir com cautela, e usar novos sites.

Nem todos os textos de direita serão censurados, e trabalhar com cuidado permite escapar dos "social justice warriors" (em geral, pessoas burras demais para a compreensão de qualquer texto que fuja do jargão democrata ou, no caso brasileiro, "psolês"). "PCs" não lêem Bernanos, Mário Ferreira dos Santos, Hossein Nasr, Voegelin ou Frankl. Alunos do COF são colocados, no primeiro dia de aula - ao menos em teoria, os mais dedicados - para estudar verba latinae. A burrice é a maior fraqueza da esquerda - o truque é atacar onde dói mais. Como diria Sun Tzu, "a água corre do pico para a base da montanha", ou, em português claro, se seu inimigo for um imbecil completo, vença-o com inteligência. Mesmo no Youtube há margem de manobra. No Facebook, há centenas de oportunidades, em páginas com temas não ligados diretamente à política. Considerando meios que transcendem as redes tradicionais, há iniciativas brilhantes como o "The Real Talk" - o caminho da criação de novas plataformas com certeza é o mais promissor.

É verdade que o maior canal de vídeos qualifica até vídeos sobre cultura pop - como o último de Paul Joseph Watson - como "retritos para menores". O mesmo se dá para canais que atacam o politcamente correto, em outros temas. O mesmo se dá com o Facebook, através de suspensões temporárias de contas e redução da relevância - como aconteceu com Indiana Ariete. No Real Talk, isso não é uma possibilidade. Chegou a hora de uma migração em massa, ou da criação de uma nova (ou uma série de novas) redes sociais. Esperar uma mudança de conduta dos maiores veículos é suicídio cultural. A guerra de posições exige uma nova "ocupação de espaços", e de uma nascente rede social contra outras, já decadentes. Aproveitar o descrédito das maiores organizações, sujas com a divulgação de dados de usuários e com a colaboração com regimes autoritários, deve ser parte vital de uma "guerra cultural" conservadora.

O conservadorismo nasceu  subversivo. O cristianismo se espalhou em todas as nações do mundo secretamente, contra a vontade dos maiores tiranos que o mundo já viu. Solzhenítsin publicou contra a vontade do partido mais assassino que já dominou um povo na História. O conservadorismo é, com toda a razão para o colunista do InfoWars, a "nova contra-cultura", e as armas da revolução conservadora devem ser as armas da subversão. Com inteligência e alguma discrição, vai ser possível sepultar o cadáver putrefato do "PC" sem grande reação da esquerda, que é estúpida demais para ver o que se passa e castrada, fraca e degenerada demais para uma ação defensiva.

Em vídeo - Paul Joseph Watson fala a respeito da censura a conteúdos conservadores nos principais sites e redes sociais. Vídeo disponibilizado com legendas em português pelo canal Nando Moura:

domingo, 26 de março de 2017

O burguês bolchevique e por que o socialismo nasce morto

O socialismo é impossível porque não há sociedade sem hierarquia, não há sociedades sem "favorecidos e desfavorecidos". Milênios de insurreições populares, revoluções das mais diversas cores e palavreado colorido de "líderes iluminados", seguido de ações não tão coloridas, dão testemunho da impossibilidade de um mundo sem "mestres e servos". Há, evidentemente, servos que querem se tornar mestres, ou mestres não tão ricos, que querem apenas se tornar ainda mais "magistrais". Esse é o resumo da História do socilalismo, e isso explica porque tantos burgueses conferem apoio entusiástico ao movimento revolucionário - em caso de dúvidas, consulte a biografia do senhor George Soros.

A rússia soviética não foi construída por "camponeses, operários e soldados". O RKKA (Raboche-Krestiánskaya Krásnaya Ármiya) não foi comandado pelos trabalhadores, e "nikogdá býl". O estado revolucionário por excelência foi construído pela elite financeira e intelectual russa - Lenin não nasceu em casebre, mas em uma linhagem de nobres e - literalmente - banqueiros. A gana da liderança revolucionária não é "acabar com as elites" - é ser ela mesma a nova elite, a construir o "Novo Mundo" e o "Novo Homem", seja ele soviético, nacional-socialista, francês ou tupiniquim. Ao lado de Lenin estavam Dzerszhínsky, da casta nobre da Polônia - da Szlachta. Ele, um aristocrata, tornou-se o chefe da organização socialista mais temida do mundo, que seria conhecida como o NKVD (e, posteriormente, o KGB). Trótsky, por sua vez, era filho de um latifundiário ucraniano - Liev Davidovich nunca trabalhou em um chão de fábrica por um dia sequer, em toda a sua vida. Os irmãos Sverdlóv, outros fiéis escudeiros da causa, eram de família rica, com investimentos no setor financeiro nos EUA - e com o dinheiro de Wall Street, fizeram o outubro vermelho, como testemunha Vladimir Zhirinovisky. Volkogonov acrescenta que os governos e banqueiros alemães também investiram no levante - para comprar os insurgentes, tirar a Rússia da guerra e ganhar, para acrescentar insulto à injúria, parte do território ocidental do Império. A elite do "estado dos trabalhadores" nunca trabalhou, apenas sentia inveja dos antigos senhores, e acreditava que seria capaz de "mandar melhor" - segundo o testemunho da ciência histórica, o fracasso foi um dos maiores já vistos, com um custo de dezenas de milhões de vidas inocentes, que, por ironia do destino, eram de trabalhadores.

Karl Marx uma vez disse que a História se repete, e Soros é a réplica dos homens que fizeram o levante de Petrogrado. Como até Lênin tinha mais de um banqueiro, o senhor húngaro tem companheiros na dinastia americana - aquela, composta por magnatas do petróleo, que em meados de março perdeu um filho bilionário que atendia pelo nome de David - e nas famílias europeias ligadas aos clubes globalistas (entre elas, naturalmente, a do "escudo vermelho"). Esses são os "Ulyanov", "Sverdlóv" e "Dzerzhinsky" do nosso tempo. O único termo que dá conta de descrever o fenômeno é "metacapitalismo": os revolucionários são burgueses que querem o monopólio do poder militar, do poder industrial e do controle sobre cada mínimo aspecto da vida humana, através da expansão infinita da influência do Estado. São os monopolistas por excelência, são a epítome da ganância e da libido dominandi. Qualquer crença nesses homens é certeza de desastre: não é posível criar, como diz a internacional, um "mundo sem senhores" levando ao trono os mais brutais, cínicos e mentirosos dos poderosos. Se ainda há dúvidas a respeito do futuro em uma vida sob o comando dos movimentos patrocinados por estes cavalheiros, basta mostrar que, na visão do mais famoso dos metacapitalistas, a China é o Estado que deve "dar as cartas" no "Novo Mundo". Como se não fosse o suficiente, o mesmo confessou, em entrevista à CBS, ter sido um colaborador do regime nazista, e ter considerado o ano da invasão alemã "o ano mais feliz" de sua vida.

O socialismo é o culto ao fracasso e o grito enfurecido dos incompetentes que se imaginam com inteligência e poder o bastante para controlar cada aspecto da vida dos vizinhos. É a sentença de morte da inteligência, porque nega um dado básico da realidade: a limmitação humana. Não importa o quanto a pessoa diga a si mesma que "é Deus" - no fim do dia, todos os projetos terão fim, todos os sonhos morrerão e toda a riqueza irá se desfazer em pó. Apenas as coisas que os revolucionários mais odeiam continuarão a existir, e elas são precisamente as que a militância histérica afirma "não haver". Até que o dia derradeiro chegue, os "iluminados" continuarão a pregar o advento da "sociedade do futuro" e o paraíso na terra. Traídos por sua ganância, serão jogados sob as botas e sangrarão gemendo debaixo do punho de ferro de burgueses ainda mais cruéis e homicidas que os do dia anterior - e os novos burgueses chamarão a si mesmos de "Partido".

Mais sobre o tema - Paul Joseph Watson denuncia financiamento do mais conhecido metacapitalista a militantes de extrema-esquerda nos Estados Unidos:

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