segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Freixo e os estudantes

A derrota de Marcelo Freixo é apenas um reflexo gritante do modo de pensar e dos valores apreciados pela vasta maioria da população brasileira. É importante enfatizar que o pedido dos cariocas foi pela "derrota de Freixo", e não pela "vitória de X, Y ou Z". Em poucas eleições na História houve número tão grande de votos em branco, nulo ou de abstenções - o voto, em 30 de outubro de 2016, foi anticomunista. O Brasil é conservador, e tomou consciência de si, levantou-se do torpor diante das hordas histéricas da revolução cultural.

Nas universidades, todavia, o quadro é muito diferente. Freixo venceu em cada uma das instituições de "ensino" cariocas. O leitor bem sabe que nada se aprende nas faculdades - para ser justo, nos cursos de ciências humanas. O que se repete ad infinitum é a propaganda marxista, a bajulação incansável aos "gandes líderes", o puxa-saquismo canino aos maiores tiranos e genocidas que o mundo já viu. Freixo, naturalmente, conseguiu o voto. Marxista leal, admirador sincero de Che, o racista favorito do bom-mocismo, o cidadão que reside no bairro mais caro da capital fluminense é o ídolo pronto para os exércitos de imbecis drogadictos que infestam cada uma das universidades. O voto do pretenso "ensino superior" foi dele - especificamente, o dos estudantes de Ciências Sociais, Filosofia, Psicologia e associadas. Para variar, a casta superior, encantada pela música da estupidez ideológica, mostrou preferências bem distintas da maior parte do proletariado, que, para os discípulos da Escola de Frankfurt, agora é traidor da causa revolucionária.

Como ocorreu o processo de conversão das escolas de Ciências Humanas em centros de divulgação, "ao psitacismo", do dogma marxista, é amplamente divulgado pela direita. A Americana percebe o mesmo fenômeno nos gritos desesperados de hatespeech, nos espaços seguros (para o conforto da estupidificação ideológica), nos trigger warnings. A brasileira, graças ao maior filósofo que o país já viu, não apenas está acordada para o que se passa como foi capaz de erguer um dos maiores movimentos de massa da América Latina. O país saiu do coma, mas a "guerra de posições" gramsciana assegurou trincheiras devidamente fortificadas, que deverão ser desturídas, em tempo, para que exista qualquer possibilidade aceitável de futuro para a nação. Os vermes do totalitarismo voltarão aos esgotos (ou melhor, aos safe spaces) acadêmicos, às faculdades da "vanguarda da revolução". E é lá que está a grande batalha das próximas décadas.

Toda a doença mental dos jovens de cabelos azuis, estupidificados, emburrecidos pela exposição constante ao que há de mais baixo e vil - vendido como o tesouro cultural da humanidade - tem origem nas "trincheiras" de Gramsci. Freixo continuará a ser o vencedor, e, porque não, o verdadeiro Conducător  do Brasil que está mergulhado na desmoralização da qual fala Bezmenov. A deformação cultural continuará, e precisa ser enfrentada lá, em sua raiz: é apenas essa luta que importa, agora. Os primeiros golpes de marreta já foram sentidos pelos exércitos inaptos: o marxismo tremeu, nos últimos anos. "O marxismo é o martelo com o qual se destrói o inimigo de classe", dizia Mao Zedong. O conservadorismo deve ser o martelo com o qual se destrói cada pormenor da estratégia de "ocupação de espaços", através da denúncia do que ocorre e de uma nova investida, similar e na condição de força em sentido contrário.

A derrota de Freixo foi o voto ideológico - a direita acordou, e com ela, a maior parte do Brasil. O próprio Brasil, porque não, uma vez que o marxismo (e o marxista) é internacionalista. O movimento revolucionário é uma ideologia parasitária, que foi diretamente enfrentada pelo eleitor do Rio de Janeiro - não importa quem estivesse concorrendo, o resultado seria o mesmo. A reconstrução nacional deve continuar, e no campo que mais importa: a cultura. No momento em que a esquerda corre para seu "quartel general", usurpado dos verdadeiros educadores, é hora de voltar as armas para a direção certa.

Mais sobre o tema - os resultados da guerra de posição, conforme Olavo de Carvalho:

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