segunda-feira, 23 de maio de 2016

A bajulação a Obama e o socialismo que não ousa dizer seu próprio nome

Assistir aos canais da televisão brasileira é uma experiência enfadonha e muito previsível - quando o tema é "política internacional", esperar qualquer coisa diferente do "lustrar as botas" compulsivo do Partido Democrata, por parte de nossos ilustres jornalistas, é nada menos do que a mais insana utopia. É impossível. Não acontecerá. Está "fora do lugar" - a palavra de ordem é a adulação assustada e desesperada pela aprovação dos colegas de profissão. Como a mídia nacional conseguiu criar tal clima de culto à personalidade, mais enfático e com menos impulso para a crítica do que Stalin viu sob o seu reino de terror, é algo relativamente simples de entender: Obama faz nos Estados Unidos o que a esquerda tupiniquim chorou e sangrou para fazer aqui, ao longo de cinco décadas. Atacar Obama seria como elogiar o regime militar; algo como lançar documentários denunciando a brutalidade selvagem de Getúlio Vargas ou cometer o pecado mortal de elogiar a monarquia, aquele sistema que deu ao país os seus melhores estadistas e que, perto do mar de podridão do socialismo petista, fica muito próximo da "Cidade do Sol". Obama é a sombra do jornalismo brasileiro; é o eco da burrice esquerdista nas planícies da América. É Luíz Inácio Lula da Silva falando com sotaque forçado e falso como uma nota de trinta reais. 

A imprensa teria muito o que criticar sobre Barack Obama - a operação "fast and furious" é uma piada, se comparada ao que o presidente dos EUA está fazendo a respeito dos direitos humanos, em países que podem ser colocados entre os piores inimigos que a América - se não a liberdade, o bom-senso e toda a humanidade - já viu. Obama faz por Cuba o que nem Brezhnev fez. O homem é a versão anglo-saxônica de Efialtes, e está entregando as cabeças de seus concidadãos sem misericórdia ou apego a qualquer um dos valores defendidos pela Revolução Americana. Como em um pesadelo transmutado em realidade, o líder máximo dos Estados Unidos da América está financiando regimes comunistas atraves da abertura comercial, de crédito (como, aliás, governos anteriores fizeram em escala mais discreta com a própria União Soviética e até mesmo com a Coreia do Norte) e inclusive de facilitação de comércio de armas, como no caso do Vietnã. O comandante-em-chefe já teria encontrado seu fim em um pelotão de fuzilamento, se o país estivesse nos tempos da Segunda Guerra, por alta traição. Como é possível que o povo americano tolere uma deformação como Obama, só Deus sabe - quanto à adoração dos jornalistas brasileiros, a resposta é óbvia. Destruir os Estados Unidos é aquilo que os imbecis da imprensa passam anos vendo como o sonho dourado da raça humana nos cursos de jornalismo. Destruir o "capitalismo imperialista" e substituí-lo pelo imperialismo marxista - aquele, que em 1968 pisou no crânio do "socialismo com face humana" - que é tão mais benevolente. Obama é a pessoa que qualquer universitário viciado escolheria para o cargo mais importante do governo dos EUA, porque é uma farsa e uma ameaça à soberania de sua própria nação.

É evidente que quase estimular o renascimento do comunismo internacional não é tudo: Obama leva a degeneração moral e a loucura ideológica a patamares "nunca antes vistos na História daquele país". Dizer que Obama é Lula não é piada: é a tragédia que se abateu sobre o Ocidente em outro capítulo, redigido em inglês. Quando o governo petista tentou aprovar o "kit gay", a sociedade brasileira entrou em um ataque de fúria - Obama conseguiu, com o imenso apoio logístico dos "gramscistas" americano, levar ao debate público a insanidade sem fim dos "banheiros unissex". É verdadeiramente desesperador assistir à queda da nação de George Washington: o país que viu seus filhos lutarem e morrerem pela liberdade agora se contorce para vomitar uma medida que irá perverter para sempre todo o senso de normalidade, até mesmo nos locais de ensino das crianças pequenas. Os founding fathers criariam um novo "1776" se estivessem vivos, e jogariam na lata de lixo da História a doença totaitária que alega defender a "diversidade". Como Lula, Obama é uma matrioshka de crimes infindáveis, e os banheiros unissex não seriam nada sem as campanhas contra o "bullying" contra o tabagismo, pela implantação dos casamentos "sex-lib" forçados a clérigos militares ou mesmo pela reforma dos hábitos alimentares da população americana, com o apoio de sua "esposa" - afinal, dizem que o sujeito não joga no time convencional. Se Patton ouvisse dizer que um presidente tentou forçar um rabino a conduzir um "casamento" como os dos "colegas" do democrata, a resposta seria uma bala de .45 no crânio do chefe do Executivo. Infelizmente, a revolução cultural conseguiu fazer secar a fonte da hombridade americana, e o que resta é o vexame demoníaco ou o circo da política dos EUA contemporâneos. Com uma lista de realizações tão notável, como a classe jornalística brasileira não amaria Obama?

Em um raro caso onde brasileiros não são movidos pela inveja, os jornalistas da nação latina descobriram alguém que são capazes de realizar por suas "realizações". Todo o fenômeno diz muito sobre a índole dos periodistas daqui, por sinal - são pessoas degeneradas, violentas e dispostas a estimular ou louvar os mais perversos crimes, em nome da ideologia totalitária. Cada um dos delitos do vigarista que comanda o que foi a maior nação da Terra é algo que a esquerda sonha em fazer aqui, ou superar em proporções da destruição. Na ânsia de "destruir o passado", "jogar por terra prisões e igrejas", os intellectuals podem ir longe, e Obama encarna o potencial devastador do socialismo "discreto". O democrata é a criação mais eficaz de George Soros, é o filho favorito da ONU e conseguiu fazer para Cuba aquilo que toda a militância bolchevique brasileira tentou, por meio século, sem sucesso. Todo marxista sabe, e jamais confessará: Obama é um deles, e está seguindo com maestria a trilha para o desastre, com passos leves e pausados.

Em vídeo - Olavo de Carvalho discute a cobertura da mídia sobre Barack Obama

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O problema chamado PSDB

Discutir a possibilidade de ver uma direita representada pelo PSDB chega a ser uma piada - o nome do partido denuncia precisamente o que a sigla é. Como o partido de Lênin, é uma criação de intelectuais marxistas - entre eles, o senhor Fernando Henrique Cardoso, que, como o público inteiro sabe, é o maior portador nacional do fabianismo. Qualquer entusiasmo passageiro com a agremiação é uma armadilha e um convite para a decepção certa: é uma pena ver discursos de José Serra contra  - discretamente, é óbvio - o Foro de São Paulo, porque essas frases não pertencem a ele e roubam a atenção de figuras que querem dizer a verdade inteira e sem medo de ferir a sensibilidades de aliados. Entre os que têm muito mais a dizer estão Paulo Eduardo Martins, que é, verdadeiramente, um conservador e um inimigo do bolchevismo - qualquer passo das raposas velhas do partido em direção a uma postura mais crítica contra a "pátria grande" é apenas desinformação. O leitor pode se perguntar quais razões fazem do PSDB um partido tão ruim, um problema tão sério - a resposta é simples: o partido quer ser apenas mais um dos caminhos possíveis para "o comunismo", a "sociedade sem classes" ou outra das infames promessas irrealizáveis do movimento revolucionário. E este caminho, como apresentado por luminares do socialismo brasileiro, está pavimentado com legalização de drogas, assassinato - através da eutanásia ou do aborto - e outras das maravilhas pregadas cotidianamente pelo flagelo da humanidade.

George Soros tem um sósia no Brasil, e este homem é o nosso ex-presidente tucano. Tudo o que "a corporação" ordena é visto como mandamento divino pelo cacique máximo do socialismo científico "suave" do país. Como seria possível ver aliados em tipos como o antigo chefe do executivo? Sem ele, não haveria MST - os "assentamentos" em grande volume só tiveram início na década de 1990, com a bênção do tucanato. As primeiras regras para o desarmamento da população civil - incluindo a proibição do porte por pessoas que não sejam ligadas às forças armadas, às polícias ou ao judiciário - também foram forçadas goela abaixo do povo através da vontade de FHC. O mesmo cidadão, hoje em dia, vive para defender a legalização das principais fontes de sustentação financeira da maior força revolucionária que a América Latina já viu - as FARC. Não apenas isso: Fernando Henrique Cardoso, conforme já afirmou Olavo de Carvalho, foi um dos mentores do Foro de São Paulo, e só não ligou seu partido à "coordenação estratégica dos movimentos de esquerda da América do Sul" por medo de "prejudicar seu marketing" - afinal, Kerensky pode ser socialista, mas não quer se propagandear como um Lenin. O PSDB é uma armadilha e um desastre esperando para acontecer - a única solução para os riscos que esse partido oferece é a infiltração e a destruição da sigla por dentro, com a tomada de postos-chave por conservadores que estejam dispostos a apostar suas carreiras em esforços de "desmonte" da militância subversiva lá existente. Há quem esteja fazendo excelente trabalho dentro do partido, mas o que foi conseguido, até o momento, está longe de ser a vitória derradeira.

Por sorte, a população entende que o PSDB é uma sombra do inimigo. Nas manifestações, os líderes da organização foram expulsos e humilhados - tratamento que é apenas aquilo que eles merecem. Um partido de covardes vendidos, de pessoas que se recusaram a atacar os maiores inimigos do Brasil e a falarem a respeito dos verdadeiros problemas pelos quais a nação passou, não é digno qualquer respeito. Os chefes da sigla jamais falaram uma palavra a respeito da fraude eleitoral de 2014 - através dessa postura estratégica, demonstraram que estão dispostos a entregar a liberdade e a vontade soberana dos brasileiros, em troca de migalhas e de aparências. Os mesmos líderes nunca - repito, nunca - fizeram um comentário a respeito da maior organização criminosa da América Latina, o Foro de São Paulo. Como seria possível ver algum resquício de pensamento conservador em um grupo de oportunistas que não ataca a maior ameaça à civilização de seu continente, que até mesmo se recusa a "mencionar o nome da fera", até mesmo diante do colapso econômico e social ocasionado por essa mesma ameaça? A postura de Aécio Neves diante da derrota no pleito dá todas as respostas de que o povo precisa a respeito da natureza de sua agremiação: os social-democratas fazem parte do problema.

Olavo de Carvalho uma vez disse que "deve-se votar até mesmo no diabo para impedir que o PT se mantenha no poder". É verdade: é por isso que a maior parte do movimento conservador votou no PSDB. É uma decisão justificada e absolutamente necessária - a monarquia russa defendeu Kerensky porque sabia exatamente aonde a estória terminaria, sob o punho de ferro do partido leninista. Entre viver à beira do paredão de fuzilamento, tratado como animal nas profundezas do GULAG ou viver em um país governado por picaretas simpáticos a vícios pouco dignos, é evidente que a última opção ainda é melhor. Contra tiros, não há argumentos - contra políticos degenerados e pusilânimes, basta empregar, sem moderação, a verdade. O totalitarismo só pode ser derrubado com armas, como foi feito com Ceausescu. O fabianismo pode ser denunciado, humilhado e extirpado com a pena de mestres como o que criou a contra-revolução brasileira. A social-democracia deve ser usada como aríete eleitoral: uma vez derrotados os inimigos mais letais, deve ser descartada ou arruinada, a partir de seus próprios quadros. Por sorte, a maioria deles não possui preparo intelectual ou fibra moral o suficiente para a guerra - os conservadores, por sorte, estão redescobrindo a força da normalidade. Deus permite que os maus se destruam na sujeira que lançam contra o Criador, e dá aos ascéticos e perseverantes a vitória sobre as adversidades. Kerensky era fraco demais para os assassinos do partido bolchevique - apesar de maus, eram disciplinados. O Czar não contava com tropas disciplinadas para fazer frente a seus inimigos. No Brasil, fabianos e bolchevistas se permitiram dissolver na imundície - não restará qualquer coisa da esquerda, se o país tiver sorte. O PSDB deve ser - e está sendo - usado. Uma vez conquistado o máximo de espaço possível, a sigla deve ser jogada no esquecimento político - sem dúvidas, os líderes do partido deram o máximo de si para receberem essa resposta.

Em vídeo - Olavo de Carvalho discute a funçao do PSDB na estratégia marxista:


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Sem uma "marcha pelas instituições" não há Revolução Brasileira

A explosão de livros conservadores no mercado editorial brasileiro é um fenômeno de importância imensurável, e o mérito da situação atual é, em grande medida, do jornalista e filósofo Olavo de Carvalho. O autor realizou diversas proezas contra a esquerda nacional: as mais notáis foram, em primeiro lugar, a destruição da imagem e do respeito da população pelo movimento revolucionário. Antes das "ofensas em massa" contra a ex-presidente Dilma Rousseff, Olavo já tratava as figuras do Partido dos Trabalhadores como elas merecem ser tratadas. O primeiro a se referir a Lula nos termos mais corretos foi Olavo - a observação profética da reação de Luiz Inácio à queda ficou gravada em pedra com as imagens das feições do antigo líder sindical, uma vez considerado a personalidade política mais influente do Brasil. Hoje, Lula é uma sombra, e quem deu os primeiros golpes de marreta em sua reputação imerecida foi Olavo de Carvalho. Dilma Rousseff só recebeu tratamento adequado, da mesma forma, pela mesma pena. Consciente de seu papel, o filósofo tomou os passos essenciais para o começo de qualquer levante: criou, a seu modo, uma nova mídia, insurrecional, a partir do nada. Antes da gigantesca profusão de sites e comentaristas conservadores, havia o Mídia Sem Máscara e o True Outspeak. O escritor começou a fazer exatamente o que agora é missão fundamental do conservadorismo brasileiro: criou, ou lançou as bases para, veículos de comunicação de massa, com ponto de vista conservador, abertamente favoráveis à destruição do estado de coisas atual.

Apesar do grandioso trabalho do jornalista, o movimento conservador ainda está longe de conquistar o espaço necessário para o fim do movimento revolucionário. Os grandes veículos de comunicação ainda estão, em essência, sob controle das esquerdas. A televisão é, possivelmente, o mais eficaz dos meios para a construção de um movimento político de dimensões nacionais. Foi a televisão que fez Lula uma força quase invencível. A direita tem a obrigação moral de "expulsar a pontapés", como diz o maior nome das letras contemporâneas, a esquerda dos maiores cargos. O conservadorismo não pode mais ser retratado como uma corrente política sectária e hostil à sociedade - a mídia precisa descrever apenas a verdadeira natureza do pensamento tradicional, que é o amor à produtividade, à normalidade, ao respeito aos valores civilizacionais mais caros ao Ocidente, como a liberdade individual. Enquanto os grandes veículos de comunicação modernos repetem insistentemente que o conservadorismo é "elitista" e "hostil às minorias", é preciso que a nova configuração dos principais meios demonstre que é precisamente o conservadorismo que defende o modelo de Estado que torna possível a sobrevivência das minorias e o bem-estar da vasta maioria da população. É preciso dizer, sem medo da "casta burocrática" corporativista, que é justamente o marxismo a ideologia que mais promove a violência selvagem contra as minorias e os dissidentes. O totalitarismo marxista é, possivelmente, o movimento mais elitista, tecnocrático e cínico que a História já viu - não há elite mais poderosa que a elite comunista, em qualquer um dos países em que a corja conseguiu tomar as rédeas do Estado. É o momento de tomar o espaço necessário para dizer isto a todos os brasileiros, e demolir, como Olavo demoliu a reputação de Lula, o que sobra de credibilidade para o movimento socialista.

A esquerda tem consciência da importância dos grandes veículos de comunicação - é por isso que cabeças estão rolando nas redações. Joice Hasselmann foi apenas uma das vítimas, e talvez uma das mais notáveis. A resposta deve ser implacável contra todos os jornais, revistas e canais que se rendem ao coletivismo: os conservadores não podem ter medo de se referirem ao lixo usando o nome mais justo para a escória. Onde a infiltração não for possível, a desmoralização é urgente e tão necessária quanto a ocupação. A direita precisa, o quanto antes, de uma campanha de "terra arrasada" contra os já desacreditados veículos. A vasta maioria da população entende que as bandeiras defendidas pela classe jornalística são abertamente hostis a tudo o que o povo brasileiro ama - o esforço de destruição do estado de coisas presente não é impossível de ser realizado: o quadro conspira a favor do colapso da "revolução cultural". Os conservadores precisam entender que este é o momento da reação bem-sucedida, precisam trabalhar em nome da "contra-revolução cultural". A tarefa já está sendo conduzida, mas é necessário conquistar mais do que o obtido até agora, muito mais. Não é possível entender as poucas concessões como vitória: a esquerda pretende, com os escassos "territórios" entregues, o que o "marxismo editorial" pretende é alegar que "aceita opiniões divergentes". A grande maioria das conquistas neste campo foram controladas, tímidas, escondidas, como o espaço na Folha e na revista Veja. Como não são idiotas, os representantes da "vanguarda" nas chefias de redações sabem perfeitamente bem que é preciso "entregar os anéis para salvar os dedos". O esforço geral do movimento conservador - e da sociedade inteira, que é conservadora até a alma - deve ser para tomar o machado e amputar os bracinhos deformados da monstruosidade marxista. Como na Polônia, é preciso aleijar o movimento, proibir sua existência e, se possível, jorgar alguns dos colaboradores na cadeia. Há motivos de sobra para a última medida, como a colaboração com organizações criminosas continentais ou, o mais óbvio, os tão alardeados escândalos de corrupção, que, por sinal, estão longe de ser o mais grave. É só escolher um motivo, e fazer o que o Brasil exige, aos gritos e ofensas, nas ruas.

A cabeça do marxismo brasileiro está a prêmio - vox populi, vox Dei. A hegemonia cultural morreu, por obra de um líder revolucionário - discreto, é verdade - que faz Robespierre parecer um amador. A guilhotina do "socialismo petista" foram profanidades, muito merecidas, diga-se de passagem, lançadas contra o lixo da civilização. A "revolução cultural" morreu em estádios, ruas e durante discursos fracassados em rede nacional, recebidos com desprezo sincero e justo pelas massas. Em ironia "nunca antes vista na História deste país", a mesma força vista como a que colocaria "a vanguarda do proletariado" no poder foi a responsável pelo sepultamento dos "revolucionários profissionais" em ostracismo e escárnio completo. Uma das últimas barricadas da esquerda - do que restou dela - é o conjunto dos grandes veículos de comunicação. É preciso "tomar a bastilha" e libertar aquelas verdades que a casta revolucionária não ousa pronunciar. Quando acontecer, todo o Brasil verá que "o rei está nu", e não haverá qualquer possibilidade de reconstrução do "socialismo do século XXI" nessas fronteiras. O desafio é grande, mas o movimento conservador já mostrou que é capaz do impossível. Há uma década, era impossível pensar em Lula como um líder humilhado e impotente - um retrado do psicopata desmascarado. O que tinha a pretensão de "reconstruir na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu" agora é uma ruína, uma caricatura horrenda de alguém que se via como um Lech Walesa varguista. A revolução brasileira, através de sua melhor baioneta, mostrou que Luíz Inácio era mortal, frágil e edificado sobre lama: um ídolo pronto para cair, que exigia apenas a persistência a a descrição da realidade. Que Deus conceda ao movimento conservador a força e a persistência necessárias para a "luta final": cada brasileiro deve torcer para que os soldados da revolução brasileira possuam tanto vigor de caráter quanto o homem que, até agora, apostou mais de sua própria fortuna, saúde e trabalho no futuro de liberdade. Os novos alvos da "revolução brasileira", da "contra-revolução" devem ser os agentes do poder totalitário postados nos veículos de comunicação de massa - seus cargos devem ser tomados e a nação deve saber a quais interesses os "agentes de desmoralização" - conforme o termo usado por Yuri Bezmenov - servem. A guerra continua, mas a certeza de que a verdade termina por falar mais alto deve confortar cada um dos conservadores até o último dia. Toda tirania nasceu para ser derrubada, e não será diferente com o "socialismo petista" e o Foro de São Paulo, ao qual o Partido serve.

Assista ao comentário de Olavo de Carvalho sobre os veículos de comunicação de massa e a classe jornalística:


domingo, 15 de maio de 2016

Sobre a derrota provisória do petismo

A nomeação de Michel Temer à Presidência da República deu alívio nao apenas para o movimento conservador nacional, mas para a própria economia e para a maior parte da classe trabalhadora. O petismo jogou milhões de brasileiros no desemprego e na miséria - mais de dez milhões agora estão sem trabalho, e quantidade enorme de pessoas não pode sequer contar com o poder de compra oferecido pelos ineficazes "programas sociais" da era Lula: a inflação já destrói o valor do real mais rápido do que o welfare é capaz de correr. É urgente colocar ordem na situação da indústria nacional, que está à beira da morte, assim como no valor da moeda. Devolver credibilidade ao Brasil é outra tarefa que vai exigir considerável esforço ao senhor Temer, e não é possível prever quando será mais uma vez interessante aos investidores estrangeiros apostar recursos aqui. O que todos, especialmente na direita, já esperam é a resposta das esquerdas ao impeachment: o movimento socialista brasileiro não permitirá que o país se livre tão fácil da sombra do totalitarismo. As "nações bolivarianas" denunciam o "golpe contra a democracia" que houve no Brasil - Cuba está esperneando, assim como a Venezuela e a Bolívia. Nenhuma dessas nações é um exemplo de democracia, respeito pelas liberdades individuais ou pela integridade física de opositores pólíticos, e o movimento esquerdista brasileiro também não está preparando exatamente uma "recepção com flores" para o novo chefe do executivo.

Neste momento, não parece que a esquerda continental dará uma resposta "russa" aos acontecimentos no Brasil - quando a Ucrânia saiu da esfere de influência do regime de Vladimir Putin, foi muito fácil para a nação detentora das mais poderosas forças armadas da Eurásia colocar a "nação cossaca" de joelhos. A situação na América Latina é muito diferente - o Brasil não saiu inteiramente das asas do Foro de São Paulo. Temer já nomeou integrantes de "partidos irmãos" para ministérios vitais para a sustentação do país. O antigo Partido Comunista Brasileiro, atual PPS, está no comando do Ministério da Defesa - é mais uma parte significativa do Estado sob controle direto de um criado da organização criminosa. Ao mesmo tempo em que o novo Presidente da República não toma distância radical do bloco ideológico continental, a Venezuela e a Bolívia - as nações vizinhas com discursos mais agressivos contra o novo comando do Brasil - não estão em situação de criarem catástrofe militar contra o vizinho austral, maior e com mais evidente pujança produtiva. Apesar da situação severa na qual o país se encontra, esta ainda é a maior economia da América do Sul, ainda é um dos maiores produtores de gêneros agrícolas e ainda é, para os padrões regionais, uma potência industrial. As principais cidades, para a vida econômica brasileira, estão localizadas em regiões a distâncias expressivas dos vizinhos hostis. O principal dano que essas nações podem causar de deve à fraqueza do exército brasileiro, sucateado e sem condições de se manter em operação por mais de cinco horas, por falta de munições. A doença que aflige as forças de defesa do Brasil, ao que tudo indica, foi fabricada pelo governo anterior com o objetivo de assegurar que o feudo de Lula jamais se voltaria contra a "Pátria Grande" - a Venezuela se armou, e muito bem, com caças e fuzis russos exatamente pela mesma razão.

Além da clara ameaça oferecida pelo "movimento bolivariano" continental, a nova administração deverá lidar com um problema gigantesco - provavelmente muito maior do que o risco de um conflito armado com Estados vizinhos - dentro das fronteiras. A direita nacional não pode se esquecer de que apenas o poder formal do Partido dos Trabalhadores está definhando - a maior parte da influência da quadrilha não vem de cargos, mas sim dos chamados "movimentos sociais" e dos sindicatos. A Presidência da República era apenas o verniz democrático para o "Exército do Stédile", a verdadeira máquina de terror no campo utilizada para agredir o país. A CUT é o instrumento utilizado pelo movimento esquerdista para destruir a indústria, e a UNE é empregada nas paralisações das instituições de ensino. A constelação de organizações similares que o Partido tem à sua disposição é o maior potencial ofensivo do movimento revolucionário no Brasil, e pode fazer muito mais estrago do que ataques contra os territórios fronteiriços. Um bombardeio eficaz consegue arruinar a indústria de um país - para um grupo que não possui uma força aérea bem-equipada o suficiente, a sabotagem sistemática contra o campo e as cidades do inimigo é até mais desejável, e com o disfarce de uma revolta contra um governo acusado de usurpar o poder. O que está acontecendo em quantidade grande de escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo é exemplo de uso do "músculo coletivo": a partir de agora, todos os movimentos de massa que se calavam diante do naufrágio civilizacional passarão a protestar e impedir o funcionamento normal do máximo de instituições que forem capazes de alcançar.

Os "movimentos sociais" são um problema grave, mas Temer ainda deverá lidar com um terceiro, antes de ser capaz de colocar a nação nos trilhos: o funcionalismo público e o aparelhamento do Estado. Os vizinhos "bolivarianos" podem ser um problema diplomático significativo e uma ameaça militar, os "movimentos sociais" têm a capacidade de criar caos na indústria e na agricultura, mas talvez a pior das situações seja a identificada no próprio Estado. Qualquer reforma econômica deverá, necessariamente, passar pela burocracia. E a "casta burocrática", ou boa parte dela, entendeu que o petismo é a melhor expressão de seus interesses. Para grande parte dos servidores, Michel Temer não é apenas um "golpista": é um "inimigo de classe". Apesar de ser integrante de um grupo historicamente ligado com o "estamento" governante  - para utilizar a expressão de Olavo de Carvalho - cristalizado no Partido dos Trabalhadores, Temer é visto como um líder favorável às privatizações e a uma abordagem liberal na economia. Os integrantes da burocracia jamais permitiriam que um presidente com esse tipo de conduta fosse capaz de agir livremente, e com certeza o novo chefe de Estado enfrentará problemas dentro de sua própria administração. A quantidade de expedientes que podem ser empregados contra o ex-aliado de Dilma é tão grande e com usos tão criativos que resta apenas apiedar-se pelos que serão responsáveis por lidar com isso. O novo governo poderá ser ignorado, negligenciado por seus funcionários de diferentes importâncias, sabotado em todos os níveis, poderá enfrentar sucessões de greves em praticamente todas as autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista  e muito mais. A confusão criada pelos "movimentos sociais" é como uma doença viral ou bacteriana, na qual o agente é externo à "vítima". Os dano causados pela própria burocracia são como decapitar o pobre coitado, e o Partido, humilhado durante o processo que deu fim a treze anos de controle sobre o Estado, não terá qualquer misericórdia dos que agora decidem os rumos da nação.

A vitória na batalha pelo fim da Presidência petista deve ser comemorada, com ressalvas gigantescas, como é indicado pela negligência da oposição a respeito da fraude eleitoral de 2014. As lutas mais importantes ainda estão longe do fim, e quase todas elas dizem respeito à própria civilização, aos fundamentos da cultura do Brasil. O país precisa de uma contra-revolução cultural, que irá varrer para "a lata de lixo da História" toda a degeneração material, moral, artística e mesmo linguística fomentada pelo "partido da burocracia" e pelo movimento revolucionário. Este processo leva décadas, porque é a própria instrução das novas gerações, sob as luzes da alta cultura - é, efetivamente, o processo de reinserção do Brasil na cultura universal, que é vista como "elitista" e "eurocêntrica" pela classe de trogloditas que permaneceu por mais de uma década com o poder de decidir quais formas de expressão estão mais de acordo com o projeto totalitário-coletivista. A formação de cidadãos através de uma educação saudável, que devolva as glórias do Ocidente aos estudantes, será o confronto derradeiro, e que exigirá força sem fim de todo o movimento conservador. A esquerda moderna se curva sob o peso de sua atrocidade deformada, e seria repudiada pelo próprio Lenin, que acabaria por abandonar o marxismo e decidiria ler urgentemente Chesterton, caso tivesse sequer ideia da queda observada nos simpatizantes atuais do bolchevismo. A mente da "vanguarda" está morta, e seu fedor se espalhou pelo que o Partido dos Trabalhadores convencionou chamar de "cultura" de maneira quase caricata. A guerra cultural é, no fim, a guerra decisiva, e a agonia esquerdista mostra que o futuro será melhor para o conservadorismo do que para os leninistas.

Comentário de Olavo de Carvalho sobre a situação política brasileira - autor discute o método de poder do "estamento burocrático", a "revolução cultural" utilizada pela esquerda como estratégia de perpetuação no comando da sociedade e importância da "guerra cultural" e da derrubada do Partido dos Trabalhadores:

sexta-feira, 13 de maio de 2016

A reestruturação da esquerda

Assistir aos episódios recentes da política brasileira é um presente para qualquer conservador: mais uma vez, o movimento comunista dá testemunho de que sua maior vocação é o fracasso e a desilusão, para a massa de militantes estupidificados e histéricos que realmente pensavam ser capazes de impedir o colapso com berros de "não passarão!". A vitória do Brasil sobre o petismo, na batalha contra o governo Dilma, deve ser a primeira de importantes passos na nação rumo a um futuro de normalidade humana - quem sabe, até de um maior despertar da pátria contra os males da ideologia ou da mentalidade revolucionária em geral. Todavia, o Partido dos Trabalhadores não acabou, e mesmo que a sigla seja efetivamente extinta, o país ainda será forçado a lidar com os elementos restantes do mal que parasitou a população por mais de uma década. É efetivamente impossível, para qualqur nação do mundo, livrar-se de um sistema socialista rapidamente - em alguns casos, em qualquer intervalo de tempo. A Rússia perdeu o Partido Comunista da União Soviética e o KGB, mas ganhou Putin e a FSB. A China perdeu Mao, mas a boa e velha corja de bandidos idosos continua segurando firmemente as rédeas do poder - com a catástrofe do mundo comunista no fim da década de 1980, foi o "liberal" Deng que fuzilou manifestantes democráticos, em praça pública. O Partido dos Trabalhadores não vai entregar o jogo facilmente, e já preparou uma hoste de sucessores, nas variadas intensidades de violência revolucionária da esquerda: para saber o que será feito do comunismo brasileiro, é necessário apenas ver "para onde estão indo os ratos".
O impeachment e as manifestações forçaram a esquerda a
"mudar de nome" - o petismo mudou de uniforme
Imagem: Correio do Pantanal

É evidente que a "topografia política" do Brasil mudou, de forma séria e, quem sabe, duradoura. O PSDB está acabado, desacreditado e dividido. O Partido dos Trabalhadores está na cadeia - militantes e grandes nomes políticos migram para siglas menores da esquerda, fortemente identificadas com bandeiras como o movimento "sex-lib" e a legalização das drogas. O Partido foi "terceirizado": o PSOL presta serviços "na mais antiga das profissões", e para favorecê-la, naturalmente, como é sua vocação. Marina Silva e seus associados empunharam as bandeiras ambientalistas - que, aliás, também são muito caras a boa parte do PSDB. PSTU, PSOL, PCO e outras siglas da esquerda radical continuarão a fazer o papel que era, historicamente, o do Partido dos Trabalhadores: o de revolucionários profissionais, agitadores e grevistas. Essa é, aliás, a verdadeira vocação do PT, e, em parte, ajuda a compreender a falência do movimento, que definhou a se afastar de seus "apoiadores típicos" no esforço de manutenção do poder através da corrupção e da cooptação subversiva da maior parte da "casta burocrática". O PT está sendo dividido em dezenas de outros partidos e movimentos, e grandes nomes do Partido, como Marta Suplicy, correram ao perceber que "o barco estava afundando". Menos mal para os que conseguiram fugir a tempo, e péssimo para aquelas pessoas que jamais conseguirão se livrar da mancha do movimento. Se o PT sobreviver como gangue eterna de arruaceiros, será uma vitória (para o movimento e os bandidos leninistas profissionais): a aposta de agora é exatamente essa.

O PSDB nunca foi um partido popular, e agora é menos ainda - para um partido de oposição, ser expulso de manifestações contrárias ao governo não é exatamente um sucesso inquestionável. Fernando Henrique Cardoso é uma figura dúbia e antipática, que agora é identificada como que há de mais detestado - pela população - na esquerda brasileira: o conjunto de bandeiras da chamada "revolução cultural". FHC é porta-voz de George Soros, da legalização da maconha, da legalização do aborto e das campanhas de perseguição velada à religião cristã, que ainda é a maior força civilizacional e fonte de motivação para a vasta maioria dos cidadãos. Um homem que defenda o que FHC defende pode se considerar morto, politicamente, em um país como este - a única coisa que o salva, de fato, é uma imagem construída com meticuloso trabalho de Marketing, que jamais dará ênfase à essência do personagem: ele é um esquerdista, sempre foi esquerdista e sempre será. A sorte do país é que o sujeito jamais poderá voltar aos holofotes, simplesmente porque não possui qualquer carisma - será sempre lembrado apenas como "o presidente da estabilização", uma criatura incolor que é tratada com desprezo pelos conservadores, com indiferença pelo centro e com ódio mortal pela esquerda. O resto do PSDB está em situação igual ou pior: Aécio é chamado de "cocainômano" pela esquerda - a direita diz a mesma coisa, e ainda o acusa de colaboracionista do petismo. De fato, o político não foi exatamente "o mais feroz" dos adversários de Lula, afinal, não é todo dia que se vê um "oposicionista" dizer insistentemente que seu adversário é "o melhor presidente que este país já teve" e um "fenômeno". A bajulação compulsiva tem um preço, e este é a vingança de quem realmente está contra o poder. A resposta a Aécio veio durante as grandes manifestações do dia 13 de março, e foi absolutamente merecida.

Não há dúvida sobre o benefício trazido pela queda da presidência do Partido dos Trabalhadores para o país - ao menos agora a economia terá algum tempo para "respirar". A mudança era absolutamente necessária, ainda que não tenha sido imposta através dos métodos ideiais, que poderiam ser, única e exclusivamente, a revolução popular. O povo brasileiro indubitavelmente despertou para a política, e tomou consciência de quem é, e do que defende - e sempre defendeu. Durante do colapso do "socialismo petista", a nação brasileira percebeu quem é, perdeu o medo de dizer que é conservadora, cristã. Ainda que o poder do Foro de São Paulo permaneça formidável e ameaçador, o golpe sofrido pela esquerda foi severo e deixará cicatrizes eternas - a nova configuração de seus partidos é resultado das ondas de choque que o levante popular fez. Observar os próximos passos da esquerda nacional é crucial para que os brasileiros sejam capazes de atacar o bolchevismo onde ele é mais fraco - se, apartir de agora, o petismo começar a se travestir de "PSOL", "Rede" ou o que o valha, o movimento conservador já sabe quem deve ser levado a julgamento. A quadrilha de usurpadores homicidas e patrocinadores do totalitarismo socialista pode ter mudado de nome, mas seus crimes - e projetos criminosos - são os mesmos. O Brasil pode comemorar uma vitória, mas a guerra continua: o inimigo apenas recuou e mudou de trincheiras.

Assista ao comentário de Joice Hasselmann sobre o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República:


Reinaldo Azevedo e a mentalidade revolucionária na direita

O jornalista Reinaldo Azevedo gosta de se declarar "conservador", "católico" e, por vezes, "de direita". Os atos sempre dão o mais perfeito testemunho da natureza de um personagem: a autopromoção, especialmente quando a vasta maioria do público  adere a uma bandeira, tende a ser pouco confiável. Pode-se dizer que a substância intelectual da qual o colunista da revista Veja é feito não tem o melhor dos perfumes. O lixo que domina a essência do principal veículo de comunicação para o qual contribui Azevedo parece ter maculado boa parte da direita, muito propensa a aderir a um determinado conjunto de condutas que se enquadram na "mentalidade revolucionária": o libertarianismo é uma caricatura muito simplória e óbvia para que Reinaldo a endosse. A direita brasileira ama o liberalismo extremado, o mesmo que acredita ser possível implantar a democracia ocidental em qualquer nação do mundo. Os direitistas também se deixam seduzir pelo discurso da "intervenção militar", ignorando a natureza eminentemente revolucionária do positivismo, monarca supremo dos miolos-moles de farda. Outros se permitem acreditar em um purismo religioso mesquinho e vulgar, que reflete o modo de ser das senhoras curiosas das cidades do interior - de alguma forma, esses acreditam que a perfeição será alcançada através da boataria incansável. Reinaldo adotou a sua própria conduta revolucionária: na sua confusa cabeça de trotskista, conseguiu casar George Soros com Dilma Rousseff e George Bush. Ele acredita piamente da Constituição Federal de 1988 - obra prima da loucura milenarista, tão atingível quanto a sociedade sem classes ou a justiça através da violência anarquista. Ele pensa, sinceramente, que "as instituições" estão "em perfeito funcionamento" - ignora, como todo bom ideólogo, a realidade que o cerca: o poder praticamente invencível do estamento burocrático. Ele não vê os problemas do discurso das militâncias sex-lib, e pensa, honestamente, que dois homens barbados formam um casamento. O que se passa na cabeça do jornalista, precocemente senil, só pode ser fruto de suas lesões neurais - nisso, ele conseguiu se aproximar de Trotski. E acredita, o que é pior, naquilo que diz o movimento mais canalha, caluniador, assassino e demoníaco da História - isso mesmo, Reinaldo acredita piamente na versão brasileira dos "Protocolos dos Sábios de Sião": os relatos dos marxistas tupiniquins sobre as "torturas" cometidas contra os guerrilheiros, em particular, as que teriam sido feitas por Brilhante Ustra. Eric Voegelin e Russell Kirk explicam o problema de Reinaldo Azevedo quando falam sobre "a impossibilidade de levantar questionamentos", característica perene da mentalidade revolucionária.

Por algum segundo o jornalista pensa a respeito de quem faz as acusações? Que credibilidade as únicas testemunhas possuem? Mais importante: o que estavam fazendo essas pessoas, e em nome de que movimentos esses indivíduos estão lutando? Que métodos essas pessoas e seus movimentos usam, e se tal modo de agir inclui - como o miserável decididamente sabe - a mentira sem fim? Dilma nunca deixou de ser marxista-leninista: apenas mudou de organização. A senhora "líder máxima" participou de um movimento que sequestrou, roubou, torturou e assassinou, comprovadamente, pessoas inocentes, como o adolescente, soldado, Mário Kozel Filho. As pessoas que são as principais testemunhas contra Ustra - que, aliás, não possui sentença transitada em julgado - fizeram parte de movimentos que torturaram e assassinaram pessoas a coronhadas. Por que diabos Reinaldo Azevedo atribui autoridade de mandamento divino toda e qualquer asneira jogada por essa gente contra quem impediu a implantação do comunismo do Brasil? Por que ele gosta do, se imagina como um dos integrantes do, defende o estamento burocrático nacional. Reinaldo Azevedo foi trotskista porque se imaginou parte da elite iluminada que ditará o caminho para o futuro perfeito sob o socialismo. O deficiente mental apenas mudou a roupa de sua fantasia escatológica: com um leve tempero à moda Soros, o milenarismo de Azevedo é capitalista, com sex-lib e quem sabe com a salvação, neste mundo (porque, afinal, ele defende a Constituição de 1988, logo...), e que se dane a realidade. Que todo o bom senso que obriga qualquer ser humano normal a desconfiar dos mentirosos compulsivos se exploda. O ódio gnóstico contra a existência também força o ideólogo a negar a percepção mais evidente - a promessa submete a visão. Em nome da fantasia, mais uma vez, o pobre desgraçado se confere o direito de ser o novo tribunal, em presságio do que o autor faria caso tivesse o poder, em seus anos de juventude no marxismo ou, quem sabe, hoje. Não há condenação, exame de corpo de delito ou qualquer evidência das acusações - há apenas a "prostituta das provas", repetida ad nauseam nos jornais e revistas pervertidas pela ocupação de espaços gramsciana (com a qual, na guerra da cultura, Reinaldo colabora).

Em inúmeros aspectos, é possível concordar com o colunista - assim como é possível defender políticas de imbecis ou genocidas como George Bush ou Deng Xiaoping em infinitude de temas. Napoleão foi um assassino, responsável por carnificina superada apenas na Primeira Guerra Mundial - ainda assim, o demônio corso pode ensinar muito sobre "como crescer na carreira". Reinaldo Azevedo é um idiota completo quando repete, quase como militante do "PSOL", partes da agenda cultural da esquerda, ou quando assina toda a propaganda difamatória - se é um desinformante consciente do que está fazendo, é um traidor do país e deve ser tratado como tal. Se é apenas vítima de atavismo da infame mentalidade, é um dos tipos que merecem piedade. Em sua coragem, ao lutar contra o petismo e até mesmo contra bandeiras da "esquerda whole-foods", merece todo o apoio e admiração. É uma pena que autor tão talentoso tenha se prestado a papel tão imundo quanto o que agora o comentarista desempenha: agente de desinformação, caluniador de pessoas que protegeram o Brasil do sistema que merece o título de flagelo da humanidade. As deformações e cicatrizes deixadas pelo gnosticismo coletivista em todas as nações parecem estar presentes também em inteligências de pessoas que poderiam ser absolutamente normais - alguns estão fadados a andar, mancando, para todo o sempre, ao redor das mesmas ilusões, que agora estão cobertas com vestes menos vulgares.

O jornalista comete um deslize que demonstra, ironicamente, o quão distante está, na realidade, daquilo que ele alardeia ser. Acusa Olavo de Carvalho de "apoiador do golpe militar" e de pessoa que gostaria de implantar "o extermínio dos homossexuais". Quando Olavo advogou a favor da violência contra quem quer que seja? Reinaldo ou enlouqueceu ou emburreceu - não é possível que um ser humano são e estável diga tal sequência de barbaridades em pleno estado de consciência (assumo aqui, também, que Azevedo efetivamente é um homem culto, e não apenas um papagaio bem-treinado). Reinaldo demonstra, acima de dúvidas, que deixou seus pobres neurônios absorverem a histeria tão cara à escória revolucionária. Ele acredita - ou finge acreditar - que Olavo é um "promotor da violência": a única violência que Olavo deveria cometer, sem misericórdia, é mandar o articulista da revista Veja para o único lugar com o característico fedor de "bullshit" que grita em cada uma das calúnias de Reinaldo Azevedo contra o mais competente dos jornalistas e filósofos que o Brasil tem. O "conservador pelas drogas" também acusa Olavo de ser "aiatolá" do movimento esquerdista: de fato, a doença prejudicou a tal ponto o pobre intelecto de Azevedo, que, neste momento, o paulista acredita haver comparação possível entre "gurus" pseudo-religiosos que mandam adolescentes do Hezbollah pegarem em armas e entre um escritor que foi o homem que mais se expôs e lutou contra um dos piores esquemas totalitários já vistos pela América Latina. Se o estilo esnobe e falso como uma nota de três reais do careca de estimação do liberalismo economicista não é o suficiente para desacreditar Reinaldo Azevedo, a estupidez e a desproporção histérica das asneiras que o jornalista profere contra os nomes da verdadeira direita e do verdadeiro conservadorismo fazem bem o serviço. Os gritinhos de escândalo de Reinaldo, "Fascista! Fascista! Fascista" são a identidade do ruminante: o lugar do colunista é das fileiras bovinas do trotskismo, de onde ele nunca deveria ter saído.

Assista aos comentários feitos por Reinaldo Azevedo sobre Olavo de Carvalho e às considerações de Olavo de Carvalho sobre as propostas de "intervenção militar":



quarta-feira, 4 de maio de 2016

Ustra e a credulidade insquestionável

A esquerda é senhora absoluta da mentira, da falsificação e da "recriação" da História, à imagem e semelhança das imaginações dos próprios militantes socialistas. Ao longo dedécadas, o movimento marxista espalhou por todos os coninentes o mito de que Trotski teria sido um simpatizante do hitlerismo e um sabotador capitalista - apesar de o bolchevista ter sido o principal líder militar da Revolução de Outubro. O socialismo não conhece piedade para com os seus, quando entende que os soldados se tornam obstáculos para os "propósitos maiores" do movimento. Marx caluniou e fez uso das expressões mais sórdidas contra seus adversários - chegou mesmo a praticamente destruir a Primeira Internacional, quando percebeu que seu "socialismo científico" perdeu espaço para o anarquismo, muito mais forte que o grupo instruído pelo Manifesto, no Século XIX. Lenin fuzilou e espalhou os boatos mais absurdos contra os socialistas discordantes do sistema de partido único - os antigos revolucionários agora se tornaram "inimigos de classe". Stalin foi muito além disso: exterminou a elite militar soviética, e passou a ver "traidores" entre os melhores homens do Exército Vermelho. O movimento marxista internacional comprou cada uma das mentiras, que continuam a ser repetidas pelos "partidos irmãos", em cada país onde eles ainda existem. O bom militante comunista está disposto a dizer que Trotski era um "fascista infiltrado", o bom trotskista dirá o mesmo de cada militante de facção concorrente. A mentira é parte do código genético: mentir é testemunhar a favor da edificação socialista. A esquerda brasileira, até hoje, repete estórias dignas de romances de fantasia baratos a respeito de torturas com "ratos", "baratas" e outros relatos copiados diretamente de mitos criados nos anos da Primeira Guerra Mundial. Conhecendo tudo o que o movimento socialista já fez contra seus adversários, sabendo que os socialistas estão dispostos a mentir e mentiram compulsivamente contra todos os que se opuseram a seu projeto de poder totalitário, resta perguntar: por que alguém deveria acreditar nos marxistas quando estes acusam um oficial, que lutou contra a guerrilha patrocinada por Cuba, de ter cometido tortura? Que credibilidade merece um movimento responsável pelo extermínio e tortura de dezenas de milhões de seres humanos em nome do poder absoluto de uma "elite iluminada"? De difamadores compulsivos, apenas é possível esperar mais difamações.

Trotski, acusado de "fascista" por Stalin
Imagem: Wikipedia / Published by Century Co, NY, 1921
The Russian Bolshevik Revolution
(free pdf from Archive.org)
O debate a respeito de Ustra diz muito a respeito de como a mídia brasileira trata toda e qualquer alegação, ou esforço de propaganda, da esquerda. O mundo já viu as verdadeiras condições de miséria e sofrimento dentro dos hospitais cubanos - ainda assim, os veículos de comunicação repetem insistentemente o conto a respeito da fabulosa melhoria da medicina cubana, após a revolução. Que a medicina cubana já era excelente antes da ditadura de Castro, nenhum jornal brasileiro menciona. O país, conforme o escritor e dissidente cubano Humberto Fontova, possuía, antes do socialismo, um IDH comparável ao da Bélgica de então. A economia era próspera, e o salário mínimo era invejável para os padrões de todos os países da América Latina. Cuba possuía índices de alfabetização formidáveis - outra mentira é que Castro teria "educado" e "alfabetizado" os cubanos. A leitura dos materiais didáticos da nação mostra que, ao contrário do propósito instrutivo das escolas de antes do regime, as instituições de hoje, sob o Estado totalitário, tem o único e intocável objetivo de doutrinação política. História ou Matemática não têm valor - a idolatria da "casta revolucionária", do partido, está acima de tudo. Os escritores e poetas do país são perseguidos e humilhados, alguns são vítimas de desavergonhada perseguição racista pelo sistema que se declara socialista - de fato, o socialismo sempre considerou como método de conquista do controle total o genocídio e o preconceito. Carles Llorens e Claudia Pujol mostram como se comporta a cria do movimento marxista diante das minorias - para o negros, poetas, escritores, críticos, homossexuais ou para qualquer um que o governo entenda como inimigo, o "paraíso dos trabalhadores" oferece coronhadas, celas, torturas e uma bala na nuca, à moda NKVD. O mito da educação cubana é repetido ad nauseam, assim como o conto sobre a saúde pública edificada por Castro ou qualquer outro dos méritos humanitários propagandeados pelos simpatizantes. A militância de esquerda não mente apenas sobre regimes, líderes e opositores: mente sobre si mesma, mente sobre as bases de sua ideologia. O ambiente acadêmico ainda se recusa a abordar a brutal lista de falsificações no mais importante texto de Karl Marx - "O Capital". A obra inteira é baseada na fraude sobre os dados econômicos que fundamentam algumas das mais essenciais premissas do Weltanschauung socialista-científico, incluindo a "pauperização do proletariado". Marx sabia que os operários ingleses não estavam ficando mais pobres sob o capitalismo: eles estavam ficando mais ricos - o autor leu isto, entendeu o que significava para o poder de seu movimento e a segurança de sua argumentação, e falsificou tudo o que poderia comprometer suas promessas do futuro sob a "orientação invencível" do partido comunista. Toda a esquerda insiste em se referir a ele como "filósofo" e "grande economista": a mídia, por subserviência digna da mediocridade da classe jornalística, repete a bobagem, em toda e qualquer publicação que faça referência ao falsificador. Não há Filosofia se não há amor pela Verdade, não há crédito ou dignidade que possam ser dados à escória. O movimento não falsificou um ou outro fato: falsificou tudo, mentiu sobre seus fundamentos, sobre sua História, sobre seus ídolos, sobre seus regimes, sobre seus líderes e sobre seus inimigos. O que o regime soviético fez com a memória de um de seus fundadores - até mesmo com suas fotos, lembrança das proporções da vilania marxista - e o que o regime chinês fez com "Madame Mao", após o fim da Revolução Cultural - são o melhor registro da natureza das pessoas que agora têm a mendacidade para acusar pessoas inocentes como se fossem "torturadores", "assassinos" ou como se tivessem realizado "ataques a bomba". Ustra cometeu torturas? É impossível saber, mas só um idiota completo acreditaria nas "testemunhas" - "as prostitutas das provas", conforme a expressão do Direito - integrantes da guerrilha. Sabendo o que é o movimento comunista, é impossível dar crédito às alegações da esquerda: que façam como Richard Wurmbrand, e realizem exames, exibidos em público, para provar cada uma das afirmações. Bolsonaro agora é acusado de "terrorista", por ter supostamente realizado um ataque com bomba durante a década de 90. Que os acusadores apresentem suas provas, seus exames, que ofereçam algo além do relato dos maiores mentirosos compulsivos que a humanidade já conheceu.

O movimento conservador brasileiro, por sorte, já não é tão crédulo quanto foi em outros tempos. Muitos entre os escritores da direita já endossaram toda e qualquer acusação que a esquerda fazia contra os militares - finalmente, os neurônios despertaram do torpor, e as pessoas começam a se perguntar: "se eles mentiram em todas as outras ocasiões, por que estariam dizendo a verdade agora?". Questionar os apoiadores do sistema mais genocida desde o surgimento do homem no planeta deve ser algo natural - o país sabe com quem está lidando. Se eles se matam entre si, porque não espalhariam estórias absurdas sobre seus maiores inimigos e mais eficazes opositores? A esquerda não sobrevive à livre-expressão de opiniões contrárias: foi a gradual concessão de liberdade de expressão que sepultou os Estados marxistas da Europa Oriental. A esquerda precisa da fé absoluta para existir: é natural questionar promessas extravagantes e acusações evidentemente mal-intencionadas. A demolição da confiança no movimento esquerdista brasileiro é apenas mais um sintoma de sua decadência - se a Existência tiver misericórdia do país, é um sinal da agonia derradeira do bolchevismo em seu território. Para a derrota dos partidos socialistas no Brasil, é essencial perder o medo de fazer perguntas sobre o discurso da esquerda. É vital destruir a narrativa fantástica que cada um dos militantes faz sobre sua facção e sobre a constelações de organizações associadas, assim como a respeito dos supostos "mártires" da causa. Lamarca não pode receber o título de "revolucionário"; deve ser chamado de terrorista, assassino, torturador - aliás, é exatamente isso que ele foi. Um desertor do Exército Brasileiro que ingressa no movimento marxista e executa ex-companheiros a coronhadas na cabeça, para poupar balas, não merece memoriais e honra: nos seus últimos dias, o militar traidor merecia o mesmo destino de Eichmann, e agora, merece o mesmo desprezo que a sociedade reserva para os assassinos e vigaristas comuns. Essa postura é a única compatível com a realidade da esquerda, e é natural. Qualquer um desconfiará de um mentiroso compulsivo -  assim o observador se comporta em sua vida particular ou no trabalho. O pesquisador dificilmente confiará em um colega que mente ou forja dados para seus trabalhos. A vida política exige o mesmo rigor, para que seja validada a afirmação de qualquer personalidade. Questionar os marxistas é a resposta natural à maldade, às doenças espirituais e às mentiras  que leninistas e "companheiros de viagem" espalharam por todas as nações.

terça-feira, 3 de maio de 2016

O efeito Porchat

Fábio Porchat é mais um dos ícones "ilustres desconhecidos" da classe artística tupiniquim, financiada a peso de outro com a Lei Rouanet. É o tipo do indivíduo que não sobreviveria um dia sequer em um ambiente no qual o comediante deveria contar apenas com sua capacidade de autopromoção - já nasceu na UTI, vive e viverá de verbas estatais, como praticamente toda a esquerda nacional sonha em fazer. Compreender Fábio Porchat é entender toda a militância ideológica brasileira. Assim como seus pares no ambiente acadêmico, o rapaz entende que o fim do regime petista é o fim dos subsídios - os "barnabés" convencionais pensam que o petismo é a garantia da estabilidade para os medíocres, e Porchat engrossa as tropas dos barnabés dramatúrgicos. O petismo do comediante não é fruto de reflexão consciente sobre o futuro do Brasil ou sobre as melhores formas para fazer deste país uma nação mais próspera, onde a grande maioria dos cidadãos viva uma vida melhor. A decisão de apoiar o "socialismo petista" é um impulso de auto-preservação de quem se identifica com tão difamada "casta burocrática": assim como cada um dos líderes sindicais, ou como os ilustres desconhecidos do underground abastecido com verbas do executivo (a saber, gente como Pablo Capilé), Porchat vê a si mesmo como um Chico Buarque. Ele ajuda a compor a "elite iluminada" em ação no campo cultural, vê seu semblante como o busto de um apparatchik importante, um integrante da nomenklatura. Assim como os grandes esportistas dos regimes comunistas, agora extintos, da Europa Oriental, ele pensa que tem direito a privilégios astronômicos, a direitos olímpicos, à condição de braço do que há de mais moderno no Teatro - ou seja lá no que ele pensa que faz. Ele está para a comédia assim como a figura mitológica que atende pelo nome de Emir Sader está para as ciências sociais. O raro texto de Porchat - com toda a sua complexidade gótica em repetição ad nauseam de uma única frase: "Fora, Cunha!" - é a cria deformada da comédia nutrida com recursos governamentais, usurpados pelo partido através da nobre justificativa de "fomento à cultura". Como o jornal "O Estado de São Paulo" se dispôs a publicar coisa tão estúpida, só Deus sabe. O editor há de convir que a anta petista não é exatamente um Maiakóvski. Porchat é Sader, o texto de Porchat é o novo "Getúlio 'com LH'". O observador pode se mostrar perplexo e perguntar: "como isso é possível?" - a resposta é simples: com subsídios.
Imagem: Gazeta Financeira

O Partido dos Trabalhadores - reflexo organizacional de toda a atrocidade moral, psíquica e civilizacional que é o Estado brasileiro - é uma versão menos nobre ou limpa do "Rei Midas". Tudo que a organização toca vira tristeza e fracasso. O Brasil foi mais arruinado pela camarilha do que seria por três furacões Katrina e um Monte Santa Helena. Há mais de onze milhões de desempregados, em um país que, há poucos anos atrás, era visto como a grande promessa da América Latina para o Século XXI. Empresas brasileiras eram vistas como algumas entre as mais promissoras do mundo, o país era classificado como um dos mais estáveis e seguros para investimentos, graças à política adotada por FHC - que não é um santo e merece ser expulso da vida pública como qualquer outro socialista fabiano - e, em grande medida, seguida por Luíz Inácio Lula da Silva. Lula teve tudo para manter o Brasil no caminho correto, com responsabilidade fiscal e prosperidade, mas a estupidez ideológica e os compromissos partidários falaram mais altos: o marxista falou mais alto, e a liderança do aparato governamental jogou o país no lixo. Um socialista sempre será um socialista: o compromisso com o desastre econômico e com a "guerra de classes" dificilmente é superado, e Lula fez apenas aquilo que a máquina revolucionária o criou para fazer. Entre as obras de "destruição em massa", desde os mehores anos do governo petista, estão os financiamentos para a "cultura", o que, em boa linguagem brasileira, é pornografia barata, música de quinta categoria e peças dedicadas aos louvores da "elite revolucionária", agora com as rédeas do Estado. A economia brasileira virou lama - a "cultura" brasileira virou lixo. O país que um dia teve Mário Ferreira dos Santos, Machado de Assis e Bruno Tolentino, agora tem "Ghiraldellis", "Porchats" e "Duviviers". A conquista gramsciana possui efeito tão destrutivo na ocupação de espaços na máquina do poder quanto nos palcos e nas letras - o Estado torna-se refém do "movimento", da ideologia e das fantasias dos "líderes iluminados". O palco, pobre coitado, passa da explosão bela e frutifera das criações do espírito à bajulação canina.

Para a conquista do aparato estatal, o Partido dos Trabalhadores - com seus associados, das mais diversas facções marxistas - criou sistemas como o "mensalão" e o "petrolão". A subversão do sistema legislativo era essencial, tanto quanto foi decisiva a tomada dos sindicatos, das organizações estudantis e do funcionalismo público. Totalitarismo é, por definição, a interferência governamental em cada um dos aspectos da vida humana, e o PT levou a proposta a novas alturas. Tomar as organizações da sociedade civil e do governo era essencial, mas também era absolutamente necessário conquistar o apoio dos empresários - a colossal rede de beneficiários de propinas e de licitações fraudulentas desempenhou seu papel neste campo. No Estado e na economia, o resultado foi catastrófico: corrupção galopante, tão destrutiva e feroz quanto as tropas de Genghis Khan, e ineficiência avassaladora, seguida do endividamento, e da corrida em direção à falência. O parasita totalitário suga todas as forças da sociedade ao seu redor, porque a máquina partidária quer substituir a sociedade das "pessoas normais" - é impossíve falar do tema sem usar expressões da Ponerologia. O partido precisa absorver tudo ao seu redor e, neste processo, gradualmente, destrói a vida do hospedeiro. O Estado está arruinado, a economia está à beira da morte, e a cultura "subsidiada" segue o desfile em direção ao precipício. Não é possível fazer comédia "oficial". Não é possível fazer  "filosofia oficial". Não há "teatro oficial". O cérebro do pobre imbecil cooptado transforma-se em lixo com o dúbio alimento do "patrocínio" legal, e o que resta da alma desgraçada é apenas o soluço dos idiotas, que soa como "Fora, Cunha!". O Estado brasileiro nunca foi um primor de eficiência administrativa, e a humanidade aprendeu que os regimes marxistas tamnbém não são. O PT usou seu chicote na economia, e o país transformou-se em paraplégico. O partido selou e esporeou o teatro, e do galope medonho do cavaleiro incapaz nasceu Porchat.

A política nacional encontra-se marcada por apenas um grupo de pessoas, organizadas e conscientes, que sabem bem quais interesses estão defendendo. Os demais brasileiros são as pessoas normais, que desejam apenas trabalhar, em vidas saudáveis e produtivas, em um país pacífico e, se possível, rico. O grupo governante é composto por uma quantidade mínima de indivíduos, talvez menos de 5% da população. Os outros, que são heterogêneos demais para receberem o nome de grupo, são a vasta maioria, com opiniões, religiões, origens, formações, etnias e objetivos muito diferentes, mas caracterizado pela sanidade e por algum amor pelo bem de toda a nação. O conjunto das pessoas organizadas e conscientes, com um obetivo bem definido, isto é, preservar os interesses do partido, acredita que todo o movimento e os companheiros de viagem são beneficiários diretos do projeto e que possuem alguma chance de fazer parte da "elite revolucionária", eventualmente. Porchat é um desses. Ele acredita que é um dos nomes do "realismo socialista" - um dos artistas "autorizados". Aliás, ele acredita que é um artista. Assim como Emir Sader acredita que é um intelectual, ou como Tico Santa Cruz acredita que é um músico. Esses indivíduos possuem a mesma relação com o poder cultivada pelo topo das organizações sindicais, estudantis e, de forma mais abrangente, por toda a militância. A devastação do petismo é homóloga ao caos estabelecido pelo bolchevismo em qualquer outro país onde o movimento tenha tido a oportunidade de edificar um sistema. Os sintomas apresentados no último artigo, publicado em um dos maiores jornais do Brasil, mostram que a coletivização das mentes é tão nociva quanto a coletivização dos campos.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

A defesa do indefensável

O circo de aberrações da esquerda brasileira atingiu novos patamares de baixeza moral, civilizacional e estética nos episódios que sucederam a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. A violência dos discursos não seria novidade - antes da tentativa de derrubada do atual governo, na tramitação do processo no parlamento, a militância socialista já avisava que iria promover "guerra civil", "invasões" e ações de "exércitos" como o MST, caso o projeto de poder do Foro de São Paulo fosse ameaçado. Isso não é absolutamente nada, quando o falatório é comparado às obras escritas e "humanitárias" dos socialistas-modelo dos séculos anteriores. Karl Marx e Friedrich Engels pediram o genocídio do que chamavam de "lixo étnico" - os "povos reacionários", "resíduos" espalhados em todas as nações prontos para resistência contra o "paraíso dos trabalhadores" a ser impleantado pela elite revolucionária, o "proletariado", que nada mais é, para a esquerda, do que os próprios vozhdi do marxismo. Os gestos de barbárie troglodita do deputado Jean Wyllys e do ator de televisão (grande amigo de José Dirceu, por sinal) são a projeção linguística do que a esquerda é - o que o representante do PSOL fez, durante a votação, é apenas uma demonstração do tipo de abordagem que a esquerda aplica a toda a barreira que se oponha aos sonhos de poder do "partido da vanguarda". A conduta de um parlamentar não importa, desde que esteja submetida aos propósitos da liderança revolucionária. A linguagem, a civilização, o mínimo de postura que se espera - não de um político, mas de qualquer ser humano - não importam: o que importa é mostrar aos "reacionários" que o grupo representante do futuro perfeito não podem conhecer a frustração. Curvar-se à civilização é abrir mão do "poder soviético". Lenin não dialogava no bom idioma eslavo com seus adversários: "jogava todos pela janela", como dizia Stalin. Quando os trabalhadores de Penza e os marinheiros de Kronstadt se levantaram contra o bolchevismo, Lenin - e Trotski - passaram a classificá-los como "pequeno-burgueses", passaram a afirmar que os mesmos indivíduos que serviram nas tropas da revolução agora haviam se tornado inimigos de classe. Capitalistas e sabotadores haviam se infiltrado nas fileiras dos que foram os primeiros nas tropas vermelhas de outubro. Uma vez que o obstáculo seja erguido contra a "vanguarda dos operários e soldados", ele deve ser derrubado com violência exemplar. Lenin dizia: "se o inimigo resistir, ele deve ser exterminado". Foi o que o bolchevismo fez com os camponeses, os operários, a intelectualidade, os cossacos os nobres e até contra os bolcheviques que passaram a questionar a causa. Foi o que a esquerda fez com o bom-senso, a linguagem, a razão, a coragem, as artes, a civilização e tudo aquilo que a "vanguarda" entende como obstáculo à "sociedade vindoura". É por isso que o ator de quinta categoria, que nunca será reconhecido além das terras dominadas pela revolução cultural, jamais pedirá desculpas. É por isso que a esquerda jamais reconhecerá o que fez - e está fadada a repetir.

Jair Bolsonaro não provocou Jean Wyllys, e isso fica claro no registro em vídeo do episódio. O deputado socialista alegou, todavia, que havia sofrido "ofensas homofóbicas" por parte do conservador. As alegações são claramente uma mentira - a única coisa que Bolsonaro fez foi repetir a palavra de ordem "Tchau, querida!", lançada pelo próprio Luiz Inácio Lula da Silva, aliás. Não há ironia maior - todos sabem que o ex-presidente é um homofóbico e machista de grosseria suína, e provavelmente é o tipo de sujeito que efetivamente deve se permitir grosserias contra minorias ou contra os protegidos pelo "politicamente correto", quando está apenas na presença de amigos. É exatamente isso que ficou claro, após a divulgação das conversas pessoais de Lula. A sugestão do estupro coletivo contra uma de suas correligionárias dá testemunho de toda a grandeza moral da "vanguarda". Mas a razão, o bom-senso e o amor pelas minorias deve passar longe, se o conjunto dos valores irá oferecer problemas para o "socialismo petista", para a "revolução" que a delicada elite partidária brasileira gostaria de fazer. Nenhum dos grandes líderes socialistas tinha qualquer preocupação com a possibilidade de ofender povos inteiros, minorias, indivíduos ou acabar com qualquer resquício de conduta civilizada na conduta pública. Por que Lula, Jean Wyllys e José de Abreu deveriam cultivar hábitos diferentes? "Para fazer uma omelete, é preciso quebrar ovos", para refazer o mundo do teto aos alicerces, é necessário derrubar tudo o que está aí. Sem a demolição completa da normalidade humana, o "novo homem", o "super-homem", a "humanidade pura" jamais nascerá. Para um movimento que passou mais de cem anos em defesa incansável do genocídio, o que é a linguagem? Sem compreender que tudo, absolutamente tudo, é justificado pelo movimento revolucionário, é impossível entender o movimento esquerdista moderno. É disso que falam Eric Voegelin e Russell Kirk quando comentam a respeito da "impossibilidade de questionar": o "movimento" não pode admiitir dúvidas. Tudo se resume ao futuro, tudo se justifica em nome do futuro, tudo será feito em nome do futuro - todo o que já foi feito deve ser aceito como necessário ao que virá, e todos os erros serão repetidos porque, como o Século XX ensinou, a sociedade prometida nunca chegará. O sonho, todavia, termina com lágrimas, desilusão e alguns suicídios nas fileiras leninistas.

Imagem: https://goo.gl/n5fHsE
Quando José de Abreu se recusou a pedir desculpas por seu gesto, está apenas dando testemunho do que é toda a ideologia: não é possível pedir desculpas pela edificação do advento do socialismo. O futuro não pede desculpas, e, como o nome sugere, "a vaguarda do proletariado", "a vanguarda da humanidade" - que é o que a elite revolucionária gostaria de dizer, com franqueza - é o futuro encarnado. "A vanguarda" é o messias, "a vanguarda" é o que Münzer dizia de si mesmo, "o novo profeta Daniel". O movimento revolucionário se vê como o futuro, que não pede gentilmente para nascer: a revolução será sangrenta e impiedosa. O movimento possui um caráter notoriamente escatológico - imagina que é "o fim da História", a organização social que irá transcender a sociedade de classes ou de castas. O futuro não irá conhecer injustiças, e é em nome de perfeição que todas as imperfeições podem ser cometidas. Só as gerações vindouras podem julgar "a vanguarda", "a elite de revolucionários profissionais", então o que significa um pequeno gesto de imundície? Tudo é permitido aos porcos que colocam a si mesmos no papel de juízes de quais seres humanos merecem ou não a vida. Lenin reservou-se o direito de dizer quem eram "os parasitas", "os sanguessugas" e quais pessoas eram integrantes da "classe revolucionária" - para um "novo Daniel", até um integrante da nobreza como o fundador da KGB, Felix Dzerzhinski, pode ser feito "proletário". O que o ator quer dizer é: "eu posso". Quando toda a esquerda justifica a quanidade de atos criminosos cometidos nos últimos meses em nome da causa, o que quer dizer, de fato, é que "o movimento está autorizado a fazer tudo isso" - a promessa de um paredão de fuzilamento, por um líder do PCB, é um aviso: "podemos fazer isso também".

O "eu posso" do movimento revolucionário é talvez a mais importante marca do movimento gnóstico - é um sintoma claro do que atormenta os cérebros dos militantes socialistas. O "eu posso" é o eco das poesias de Karl Marx - é a revolta contra a existência. O socialista vê a si mesmo como um "injustiçado" por Deus, como Münzer fazia. "O que aí está é corrupto, vil - através da vilania eu irei purificar o campo. O sofrimento dos camponeses é consequência da sociedade dos ímpios - levarei sofrimento horrendo a cada um dos ímpios, e criarei um mundo de alegria". Os usurpadores do papel do Messias não cometem seus crimes por desejarem a felicidade universal: fazem tudo o que fazem porque, no fundo, acreditam que possuem o discernimento para criar um "mundo perfeito", um "novo homem" e uma sociedade de alegria e abundância infinitas. Cada um dos gestos da "vanguarda" é um testemunho de que os criminosos se imaginam como capazes de transcenderem a realidade e recriarem tudo o que há, "de cima", "de fora". O "partido de Lenin" é o entalhe da própria presunção demoníaca no mundo dos homens, é um tributo à estupidez de indivíduos incapazes que entendem a si mesmos como muito superiores às suas tristes vidas miseráveis. Em um ciclo vicioso infernal, cada erro se torna um acerto, porque, nas mentes pervertidas, é prova de dedicação ao "futuro perfeito" - quanto mais a escória se destrói, mais fica feliz em naufragar. O ódio gnóstico contra a existência justifica cada passo e crime, cada absurdo e cada violação - os cátaros odiavam a própria vida humana, "corrupção", "podridão", que deveria, em última análise, deixar de existir - séculos antes de Stalin, a tradição milenar já havia dito: "sem homem, sem problema". O bolchevismo odeia cada vida humana que se posiciona contra "o futuro" - os arquitetos da sociedade dos justos estão autorizados a toda inustiça - como Karl Marx, os "engenheiros" gritam blasfêmias contra a Realidade, e sentem-se moentados na razão ao fazê-lo, porque "sabe como edificar uma melhor". A corrupção mais baixa, mais mesquinha e mais maligna nunca conheceu tamanha multiplicidade de disfarces - aliás, elaborados com esforço de um exército de comparsas no crime.

Para alguém envolvido até o pescoço no movimento revolucionário (ou contaminado severamente pela deficiência mental do gnosticismo) é praticamente impossível confessar culpa. O disfarce "com os mais belos e humanitários fins" da perversão é o mais confortável dos leitos. É a muleta perfeita para os maus, os fracos de espírito, os mesquinhos, os covardes, os que já possuem a alma imundo a tal ponto em que se torna quase irrecuperável. Para os psicopatas, que constituem a maior parte dos luminares "do movimento" e "entre os companheiros de viagem", é um desafio ainda maior. A ausência de imaginação moral jamais permitirá ao criminoso ver a si mesmo - tal como o vampiro, o revolucionário não pode ver seu próprio reflexo, e, se o visse, é provável que teria o destino de um Dorian Gray. A queda do revolucionário é confessar quem é - ele é proibido de pronunciar seu próprio nome. Se o fizer, sua mentira, que abraça como falsa personalidade, morre inevitavelmente. Ver quem é, entender quem é, será ter ódio contra sua própria alma. O revolucionário não pode fazê-lo, ou por uma doença mental, como descrito por Łobaczewski, ou por medo da confessar sua condição de pequenez. O revolucionário não quer apenas refazer a Realidade: ele a odeia, e tem medo dela. Por acreditar que já está condenado, Münzer deseja, acima de tudo, o poder sobre o tribunal - condenando a todos, ele pensa que talvez tenha alguma chance de se salvar. 

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