terça-feira, 2 de agosto de 2016

A traição à igreja e o papel do sucessor de Pedro

O que o novo papado faz com os fiés é uma tragédia, e uma indução sistemática ao erro. O episódio icônico da escultura da "foice e martelo" mostra a dimensão da subserviência da cúpula eclesiástica ao poderes do mundo. A chefia do que deveria ser "mãe e guia" mostra-se cúmplice da ideologia mais genocida que já governou metade da raça humana - negar-se a condenar esse sistema e os que o apoiam é um crime, ainda mais para quem deveria se colocar como o principal inimigo do totalitarismo. A atitude faria Wojtyła chorar de vergonha - mas não foi a única. O que Bergoglio faz ao condenar a civilização ocidental e comparar os militantes do Estado Islâmico - o grupo mais anticristão deste século - aos próprios apóstolos só pode ser descrito como um ato de traição desavergonhada.
Imagem: CBN News

O feminismo internacional esconde os crimes do Islã. O movimento que sustenta o feminismo, o marxismo, efetivamente deu as bases ideológicas e até logísticas aos movimentos extremistas árabes que precederam o novíssimo salafismo "online". O Partido Democrata compra integralmente o discurso politicamente correto, de forma idêntica à da conduta dos movimentos social-democratas e fabianos europeus. Enxergar a mesmíssima atitude nos gestos de um papa é um sinal da decadência e da infiltração sem limites dos inimigos da fé na "casa varrida pelos ventos". Qualquer líder cristão, em uma época na qual seus irmãos são assassinados sistematicamente nos países do Oriente Médio, iria condenar o morticínio e mover até a última de suas forças para proteger a igreja perseguida, que mais do que nunca grita por ajuda e misericórdia. Ao invés disso, o que se vê é uma liderança cínica, cúmplice, que abastece com discórdia e ataques à própria igreja o processo de destruição dos últimos bastiões de liberdade religiosa - até mesmo para os eternos "coitadinhos" do poente. Dizer que os militantes salafistas são como os santos da igreja é cuspir na face do próprio Cristo, e demolir, a golpes de marreta, os fundamentos das únicas nações que dão até mesmo aos muçulmanos a perspectiva de uma vida próspera e livre. Como é possível que a cristandade tolere isto?

A guerra cultural contra o cristianismo não começou hoje - a Europa viveu séculos de perseguição anticristã, seja sob o chicote dos revolucionários iluministas com a "descristianização" que feriu "a primogênita da igreja" ou sob o punho de ferro do marxismo-leninismo. Os fiéis foram ensinados que a igreja é má, repressora, vilã, inimiga da raça humana. A propaganda jogou lama sob a virgem inocente, desrespeitou dois mil anos de civilização e luz, da força que ergueu a Europa e permitiu que até os mais humildes tivessem a chance de brilhar como doutores do corpo do Messias. A mãe que edificou escolas, universidades, hospitais e que foi o fundamento de todas as grandes obras de caridade da Civilização Ocidental foi esfaqueada. A fé que serviu de inspiração para a ordem dos hospitalários, para a Cruz Vermelha, para o Exército da Salvação e para uma infinidade de obras de caridade em todo o mundo foi mostrada como "preconceituosa", "assassina" e até - e pelos maiores genocidas da História - como "racista". O sistema de crenças que serviu de força intelectual para a luta contra a escravidão no Império Britânico, nos Estados Unidos e até nos países africanos e asiáticos foi mostrada como seu oposto, pelos mais cínicos e culpados dos acusadores. Cristo chorou, acusado e torturado, enquanto os mais perversos algozes foram agraciados com a bajulação do povo. A campanha de destruição da fé cristão gerou frutos - todo o esforço de Münzer, dos jacobinos e dos tchekistas não foi em vão. A desinformação da qual fala Ion Mihai Pacepa tem um filho predileto, e ele dorme tranquilamente na mais importante cidadela de uma civilização que não tardará a ser varrida do mapa por seus inimigos.

É necessário denunciar, dia e noite, o que se faz contra os fiéis, nesse tempo em que a igreja geme sob a mira dos fuzis islamistas. A cristandade encontrou um inimigo que quer, talvez com mais eficácia e brutalidade do que todos os anteriores, a extinção de cada um dos que reconhecem o Filho de Deus. Mais do que nunca, é hora de "vender os mantos e comprar espadas", e isso requer força de vontade para renovar as hostes da casa e curar a Mãe, que deve voltar a ser o mais confiável dos guias. No passado, líderes similares foram depostos e, após atos de traição muito menos escandalosos e virulentos, colocados em seus devidos lugares. Os cristãos devem perder o medo de dizer a verdade - o próprio Cristo não hesitou em chamar os seguidores menos perspicazes de burros. Amor pela verdade é amar o Espírito Santo - a vontade de Deus é mais importante do que a covardia, o medo de "mau-olhado" ou do que o impulso para afagar a vaidade de quem não é digno sequer de uma cusparada. Tiranos merecem ofensas, complôs e o desrespeito público. Traidores, quando já idosos e notoriamente pusilânimes e bajuladores, merecem apenas a aposentadoria - e, quem sabe, caso a revolta seja grande, uma bela e vergonhosa fila do INSS. Já passou da hora de os cristãos começarem a chamar "inimigos" pelo termo adequado, e de colocarem novamente ordem na casa.

Mais uma vez, a fraqueza e indisciplina moral é o calcanhar de aquiles da Civilização Ocidental. Rimbaud - assim como o grande professor - diria: "par délicatesse, j'ai perdu ma vie". Essa é a tragédia que segue a gentileza e polidez forçadas. Deus não quer bajulação - amar mais à vaidade é virar as costas a Ele. É preciso enfrentar o inimigo, mesmo que seja por amor ao próximo. Manter a casa de Deus digna do louvor do Nome é dever incondicional dos fiéis, e a situação exige a mais meticulosa das organizações. Tratar o inimigo de forma proporcional é parte do amor ao próximo: se o adversário não quer estar próximo do Pai, deve-se dar a ele exatamente isso. A recusa em enxergar a realidade, a traição à realidade é um crime contra o Espírito Santo, é colocar-se - como faz o inimigo - contra Ele. Ele, o Pai, o Criador, é a verdade, e ele diz à humanidade, através de cada acontecimento, qual é a conduta mais apropriada. A igreja, mais uma vez, exige que os cristãos tomem, de fato, as atitudes apropriadas, e, em um momento de tamanha dificuldade e perseguição, a hesitação pode ser a sentença de morte do mundo livre. A escolha não é mais, "apenas", entre seguir a Verdade e deixar-se enganar pelos erros - é entre opressão e destruição completas e a chance de viver em liberdade. O momento exige, apenas, que cada fiel observe o que se faz contra o Corpo de Cristo e comece a se perguntar quando é a hora de agir, por misericórdia, para salvar os cristãos da lâmina jihadista. A vaidade de um demente, desesperado por ser visto como uma espécie de Bono Vox de batina, nunca custou tão caro a tantas pessoas - que deveriam, no mínimo, contar com algum esforço dos países cristãos, que parecem ignorar um genocídio tão bárbaro quanto os inúmeros que parecem "mais dignos de pena" pelos veículos de comunicação de massa. Os que se dizem perseguidos no Ocidente não fazem ideia do que é sofrimento - quem grita por socorro, quem a Verdade mostra, a cada dia, no calvário, são os que estão no Corpo de Cristo, e para os quais o traidor virou as costas. A nova liderança só conhece esforço para seu Marketing - os que têm fome, os que estão nas cadeias, os que estão sem vestimentas e que estão sendo crucificados, como foi o Filho, podem esperar. E eles são - pasmem - estrangeiros,  assim como os ditos "refugiados", que já começaram a derramar sangue cristão em solo europeu.

Em vídeo - Olavo de Carvalho fala a respeito da conduta de Bergoglio:


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