quarta-feira, 26 de julho de 2017

Sobre a decisão de Trump pela restrição de perfil de recrutas no exército dos EUA

Ao longo do Século XX, as forças armadas de praticamente todos os países do mundo se mantiveram exatamente como nos últimos sete mil anos de civilização. Não há "politicamente correto" na cultura do quartel, e qualquer pessoa que tenha passado ao menos cinco minutos ao lado de amigos militares sabe disto. A vida marcial significa sofrimento, violência física constante, humilhações de superiores que transcendem os limites da racionalidade humana, e uma boa dose de abuso psicológico - os relatos de um amigo de infância, e o testemunho de familiares que o ajudaramem momentos difíceis, reforçam essa impressão. Estamos falando de murros no rosto de rapazes de 19, 20, 21 anos, que, em alguns casos, vêm de famílias absolutamente normais e estáveis. É um choque gigantesco, e a ele se soma a necessidade da negação pessoal, física e imediata de qualquer conforto ou segurança - pensem em oficiais de forças de segurança de uma cidade como o Rio de Janeiro. A vida militar é sacrifício do próprio corpo. Seus princípios são incompatíveis com os de qualquer pessoa que valorize tanto sua própria condição física que esteja disposta a pagar centenas de reais (ou dólares) para uma "customização", ao gosto de suas preferências subjetivas. Não há lugar para preferências no quartel.

O apego (que justifica investimentos astronômicos em cirurgias cosméticas) também sugere um tipo de insatisfação que indica instabilidade. Um homem ou uma mulher que esteja prestes a disparar um fuzil contra uma figura hostil, no campo de batalha, sob explosões de granadas e ferido por estilhaços, não pode estar sujeito a instabilidades de qualquer ordem. A vida militar deve ser fundamentada na disciplina, na ordem - apenas essa orientação permite o fiel respeito às ordens de superiores, que podem, eventualmente, significar a morte do próprio militar. Essa é a verdade desagradável sobre a vida heróica das pessoas que nos defendem (chamadas injustamente de "opressoras" pela militância politicamente correta). Não há escolhas - há apenas a obediência e a disciplina feroz. Essa é a natureza de todas as forças armadas do mundo (ou todas as não-ocidentais modernas). A própria mentalidade burguesa das "escolhas", "preferências", "gostos" e "opiniões" é contrária à mentalidade marcial: não é sem razão que os integrantes dos exércitos de todos os países se referem de maneira pejorativa aos civis, desde sempre. No Brasil, "eles", os civis, são os PIs, os "Pés Inchados", os inúteis, preguiçosos, gordos e descartáveis, que não entendem o valor de "nós", que nos colocados diante de fogo de armas de guerra, pela vida de nossos compatriotas.

O politicamente correto, como toda ideologia, é uma distorção doentia da realidade, que tenta conformá-la aos preconceitos de um sistema de ideias que promete um "mundo perfetio", desde que os seus preceitos "X" ou "Y" sejam seguidos. A ideologia discutida pretende que há uma "igualdade absoluta" entre todo e qualquer comportamento, o que, por definição, obriga o ideólogo a negar qualquer especificidade de qualquer estilo de vida, ou negar a natureza particular de uma carreira - seria um absurdo, para a beautiful people, afirmar que a vida militar exige características específicas de seus integrantes. Seria mais absurdo ainda afirmar que um militar... precisaria seguir um estilo de vida militar. O quartel não é um paraíso: infelizmente, a realidade não é boa o bastante para os óculos cor-de-rosa dos ideólogos. Ainda que seja odiado pela mainstream media e pelos militantes das esquerdas de todos os continentes, Trump está correto. As maiores forças armadas do mundo, na Ásia e - as que ainda são normais - na Europa dão prova deste fato.

Mais sobre o tema - comentário publicado pelo veículo de comunicação The Blaze sobre a "desmasculinização" dos rapazes pelo movimento feminista, em instituições de ensino e veículos de comunicação:


Sobre "ideologia de gênero" e o politicamente correto - comentário do padre Paulo Ricardo a respeito das origens da política sex-lib instituída por Barack Obama nas forças armadas dos Estados Unidos:

Um comentário:

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