terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sobre a censura no monopólio da Internet

A recente tendência de "desmonetização" de veículos de comunicação conservadores chega ao cúmulo do ridículo, com ataques velados mesmo a trechos a respeito da arte moderna, como o publicado por Paul Joseph Watson, que faz referência à percepção de Roger Scruton sobre as "obras de arte desconstrucionistas". O vídeo de Watson foi considerado "perturbador" para alguns públicos (possivelmente, para os inúteis que se formam nas escolas contemporâneas de artes ou ciências humanas). Um vídeo satírico do canal Rebel Media, em que o palestrante faz uma piada acadêmica com a audiência, também saiu do ar (e foi retirado por um estudante que se sentiu ofendido por não entender a blague). A censura triunfa, impera e emburrece alegremente o público do mundo - não se resume apenas às fracassadas instituições de ensino superior.

É assustador observar como o capitalismo tende ao socialismo, desde os tempos dos irmãos Sverdlov e até mesmo durante o século XIX. Marx foi patrocinado por um industrial, e o socialismo dos dias de hoje vive com aparelhos supridos com os infinitos recursos de senhores como o financista/colaborador húngaro do nazismo que conhecemos bem. Por alguma razão incompreensível, o maior monopólio da Internt, que inclui o principal site de vídeos e o principal site de buscas, também decidiu sustentar a ideologia totalitária. Parece que os jovens estudantes que trabalham na corporação (e os donos dela) não entendem que sua riqueza vem da livre circulação de informações. Transformar seus meios em mordaças será matar sua própria fonte de recursos. Aparentemente, os grandes capitalistas também são, após a mudança para a mentalidade "metacapitalista", suicidas.

A humanidade normal já sobreviveu a todos os piores regimes da História, derrubou o nazismo e rejeitou, quase universalmente, a brutalidade marxista. Não obstante, poderá ser bem difícil superar o controle das informações, se praticado por organizações tão vastas como as que agora se voltam contra a liberdade. Os conservadores deverão encontrar caminhos alternativos para suas publicações - novas redes sociais, sites de vídeos, sites de busca ou qualquer ferramenta que permita contornar os olhos vigilantes dos criadinhos do globalismo. Olavo de Carvalho diz que a vida é feita da tensão constante e do conflito, da necessidade de superar obstáculos sucessivos: a charada da censura, praticada pelos meios que prometeram ser os alto-falantes da liberdade, é o problema sobre o qual devemos nos debruçar. Resolvê-lo será uma brisa de ar puro para as próximas gerações.

Uma abordagem interessante é a adotada pelo veículo InfoWars, que não apenas criou seu próprio mecanismo de propaganda (custeio das operações) e desenvolve ferramentas para transmitir vídeos, bem como um sistema de rádio tradicional. No fim do dia, os recursos mais tradicionais do jornalismo podem se mostrar o remédio contra o totalitarismo digital. Outros veículos de comunicação e personalidades do movimento conservador dos Estados Unidos fazem o mesmo, com sucesso e com muito mais alcance do que a mainstream media. Não obstante, é essencial desenvolver algum equivalente ao monopólio atual - é preciso criar uma nova plataforma para vídeos e novos mecanismos de busca, assim como redes sociais. A estratégia de Sun Tzu também não deve ser descartada - todo conservador deve saber que a vitória mais eficiente é aquela na qual não se dispara um único tiro. A ocupação de espaços não deve ser apenas uma "alternativa" - deve ser um dos objetivos mais emergenciais do movimento conservador. O vazamento do texto de um funcionário do monopólio demonstra que, mesmo nas fortalezas do "politicamente correto", há cabeças que pensam como os seres humanos saudáveis.

Mais sobre o tema - Paul Joseph Watson discute a nova censura na Internet:

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