sexta-feira, 13 de maio de 2016

A reestruturação da esquerda

Assistir aos episódios recentes da política brasileira é um presente para qualquer conservador: mais uma vez, o movimento comunista dá testemunho de que sua maior vocação é o fracasso e a desilusão, para a massa de militantes estupidificados e histéricos que realmente pensavam ser capazes de impedir o colapso com berros de "não passarão!". A vitória do Brasil sobre o petismo, na batalha contra o governo Dilma, deve ser a primeira de importantes passos na nação rumo a um futuro de normalidade humana - quem sabe, até de um maior despertar da pátria contra os males da ideologia ou da mentalidade revolucionária em geral. Todavia, o Partido dos Trabalhadores não acabou, e mesmo que a sigla seja efetivamente extinta, o país ainda será forçado a lidar com os elementos restantes do mal que parasitou a população por mais de uma década. É efetivamente impossível, para qualqur nação do mundo, livrar-se de um sistema socialista rapidamente - em alguns casos, em qualquer intervalo de tempo. A Rússia perdeu o Partido Comunista da União Soviética e o KGB, mas ganhou Putin e a FSB. A China perdeu Mao, mas a boa e velha corja de bandidos idosos continua segurando firmemente as rédeas do poder - com a catástrofe do mundo comunista no fim da década de 1980, foi o "liberal" Deng que fuzilou manifestantes democráticos, em praça pública. O Partido dos Trabalhadores não vai entregar o jogo facilmente, e já preparou uma hoste de sucessores, nas variadas intensidades de violência revolucionária da esquerda: para saber o que será feito do comunismo brasileiro, é necessário apenas ver "para onde estão indo os ratos".
O impeachment e as manifestações forçaram a esquerda a
"mudar de nome" - o petismo mudou de uniforme
Imagem: Correio do Pantanal

É evidente que a "topografia política" do Brasil mudou, de forma séria e, quem sabe, duradoura. O PSDB está acabado, desacreditado e dividido. O Partido dos Trabalhadores está na cadeia - militantes e grandes nomes políticos migram para siglas menores da esquerda, fortemente identificadas com bandeiras como o movimento "sex-lib" e a legalização das drogas. O Partido foi "terceirizado": o PSOL presta serviços "na mais antiga das profissões", e para favorecê-la, naturalmente, como é sua vocação. Marina Silva e seus associados empunharam as bandeiras ambientalistas - que, aliás, também são muito caras a boa parte do PSDB. PSTU, PSOL, PCO e outras siglas da esquerda radical continuarão a fazer o papel que era, historicamente, o do Partido dos Trabalhadores: o de revolucionários profissionais, agitadores e grevistas. Essa é, aliás, a verdadeira vocação do PT, e, em parte, ajuda a compreender a falência do movimento, que definhou a se afastar de seus "apoiadores típicos" no esforço de manutenção do poder através da corrupção e da cooptação subversiva da maior parte da "casta burocrática". O PT está sendo dividido em dezenas de outros partidos e movimentos, e grandes nomes do Partido, como Marta Suplicy, correram ao perceber que "o barco estava afundando". Menos mal para os que conseguiram fugir a tempo, e péssimo para aquelas pessoas que jamais conseguirão se livrar da mancha do movimento. Se o PT sobreviver como gangue eterna de arruaceiros, será uma vitória (para o movimento e os bandidos leninistas profissionais): a aposta de agora é exatamente essa.

O PSDB nunca foi um partido popular, e agora é menos ainda - para um partido de oposição, ser expulso de manifestações contrárias ao governo não é exatamente um sucesso inquestionável. Fernando Henrique Cardoso é uma figura dúbia e antipática, que agora é identificada como que há de mais detestado - pela população - na esquerda brasileira: o conjunto de bandeiras da chamada "revolução cultural". FHC é porta-voz de George Soros, da legalização da maconha, da legalização do aborto e das campanhas de perseguição velada à religião cristã, que ainda é a maior força civilizacional e fonte de motivação para a vasta maioria dos cidadãos. Um homem que defenda o que FHC defende pode se considerar morto, politicamente, em um país como este - a única coisa que o salva, de fato, é uma imagem construída com meticuloso trabalho de Marketing, que jamais dará ênfase à essência do personagem: ele é um esquerdista, sempre foi esquerdista e sempre será. A sorte do país é que o sujeito jamais poderá voltar aos holofotes, simplesmente porque não possui qualquer carisma - será sempre lembrado apenas como "o presidente da estabilização", uma criatura incolor que é tratada com desprezo pelos conservadores, com indiferença pelo centro e com ódio mortal pela esquerda. O resto do PSDB está em situação igual ou pior: Aécio é chamado de "cocainômano" pela esquerda - a direita diz a mesma coisa, e ainda o acusa de colaboracionista do petismo. De fato, o político não foi exatamente "o mais feroz" dos adversários de Lula, afinal, não é todo dia que se vê um "oposicionista" dizer insistentemente que seu adversário é "o melhor presidente que este país já teve" e um "fenômeno". A bajulação compulsiva tem um preço, e este é a vingança de quem realmente está contra o poder. A resposta a Aécio veio durante as grandes manifestações do dia 13 de março, e foi absolutamente merecida.

Não há dúvida sobre o benefício trazido pela queda da presidência do Partido dos Trabalhadores para o país - ao menos agora a economia terá algum tempo para "respirar". A mudança era absolutamente necessária, ainda que não tenha sido imposta através dos métodos ideiais, que poderiam ser, única e exclusivamente, a revolução popular. O povo brasileiro indubitavelmente despertou para a política, e tomou consciência de quem é, e do que defende - e sempre defendeu. Durante do colapso do "socialismo petista", a nação brasileira percebeu quem é, perdeu o medo de dizer que é conservadora, cristã. Ainda que o poder do Foro de São Paulo permaneça formidável e ameaçador, o golpe sofrido pela esquerda foi severo e deixará cicatrizes eternas - a nova configuração de seus partidos é resultado das ondas de choque que o levante popular fez. Observar os próximos passos da esquerda nacional é crucial para que os brasileiros sejam capazes de atacar o bolchevismo onde ele é mais fraco - se, apartir de agora, o petismo começar a se travestir de "PSOL", "Rede" ou o que o valha, o movimento conservador já sabe quem deve ser levado a julgamento. A quadrilha de usurpadores homicidas e patrocinadores do totalitarismo socialista pode ter mudado de nome, mas seus crimes - e projetos criminosos - são os mesmos. O Brasil pode comemorar uma vitória, mas a guerra continua: o inimigo apenas recuou e mudou de trincheiras.

Assista ao comentário de Joice Hasselmann sobre o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República:


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