segunda-feira, 16 de maio de 2016

Sem uma "marcha pelas instituições" não há Revolução Brasileira

A explosão de livros conservadores no mercado editorial brasileiro é um fenômeno de importância imensurável, e o mérito da situação atual é, em grande medida, do jornalista e filósofo Olavo de Carvalho. O autor realizou diversas proezas contra a esquerda nacional: as mais notáis foram, em primeiro lugar, a destruição da imagem e do respeito da população pelo movimento revolucionário. Antes das "ofensas em massa" contra a ex-presidente Dilma Rousseff, Olavo já tratava as figuras do Partido dos Trabalhadores como elas merecem ser tratadas. O primeiro a se referir a Lula nos termos mais corretos foi Olavo - a observação profética da reação de Luiz Inácio à queda ficou gravada em pedra com as imagens das feições do antigo líder sindical, uma vez considerado a personalidade política mais influente do Brasil. Hoje, Lula é uma sombra, e quem deu os primeiros golpes de marreta em sua reputação imerecida foi Olavo de Carvalho. Dilma Rousseff só recebeu tratamento adequado, da mesma forma, pela mesma pena. Consciente de seu papel, o filósofo tomou os passos essenciais para o começo de qualquer levante: criou, a seu modo, uma nova mídia, insurrecional, a partir do nada. Antes da gigantesca profusão de sites e comentaristas conservadores, havia o Mídia Sem Máscara e o True Outspeak. O escritor começou a fazer exatamente o que agora é missão fundamental do conservadorismo brasileiro: criou, ou lançou as bases para, veículos de comunicação de massa, com ponto de vista conservador, abertamente favoráveis à destruição do estado de coisas atual.

Apesar do grandioso trabalho do jornalista, o movimento conservador ainda está longe de conquistar o espaço necessário para o fim do movimento revolucionário. Os grandes veículos de comunicação ainda estão, em essência, sob controle das esquerdas. A televisão é, possivelmente, o mais eficaz dos meios para a construção de um movimento político de dimensões nacionais. Foi a televisão que fez Lula uma força quase invencível. A direita tem a obrigação moral de "expulsar a pontapés", como diz o maior nome das letras contemporâneas, a esquerda dos maiores cargos. O conservadorismo não pode mais ser retratado como uma corrente política sectária e hostil à sociedade - a mídia precisa descrever apenas a verdadeira natureza do pensamento tradicional, que é o amor à produtividade, à normalidade, ao respeito aos valores civilizacionais mais caros ao Ocidente, como a liberdade individual. Enquanto os grandes veículos de comunicação modernos repetem insistentemente que o conservadorismo é "elitista" e "hostil às minorias", é preciso que a nova configuração dos principais meios demonstre que é precisamente o conservadorismo que defende o modelo de Estado que torna possível a sobrevivência das minorias e o bem-estar da vasta maioria da população. É preciso dizer, sem medo da "casta burocrática" corporativista, que é justamente o marxismo a ideologia que mais promove a violência selvagem contra as minorias e os dissidentes. O totalitarismo marxista é, possivelmente, o movimento mais elitista, tecnocrático e cínico que a História já viu - não há elite mais poderosa que a elite comunista, em qualquer um dos países em que a corja conseguiu tomar as rédeas do Estado. É o momento de tomar o espaço necessário para dizer isto a todos os brasileiros, e demolir, como Olavo demoliu a reputação de Lula, o que sobra de credibilidade para o movimento socialista.

A esquerda tem consciência da importância dos grandes veículos de comunicação - é por isso que cabeças estão rolando nas redações. Joice Hasselmann foi apenas uma das vítimas, e talvez uma das mais notáveis. A resposta deve ser implacável contra todos os jornais, revistas e canais que se rendem ao coletivismo: os conservadores não podem ter medo de se referirem ao lixo usando o nome mais justo para a escória. Onde a infiltração não for possível, a desmoralização é urgente e tão necessária quanto a ocupação. A direita precisa, o quanto antes, de uma campanha de "terra arrasada" contra os já desacreditados veículos. A vasta maioria da população entende que as bandeiras defendidas pela classe jornalística são abertamente hostis a tudo o que o povo brasileiro ama - o esforço de destruição do estado de coisas presente não é impossível de ser realizado: o quadro conspira a favor do colapso da "revolução cultural". Os conservadores precisam entender que este é o momento da reação bem-sucedida, precisam trabalhar em nome da "contra-revolução cultural". A tarefa já está sendo conduzida, mas é necessário conquistar mais do que o obtido até agora, muito mais. Não é possível entender as poucas concessões como vitória: a esquerda pretende, com os escassos "territórios" entregues, o que o "marxismo editorial" pretende é alegar que "aceita opiniões divergentes". A grande maioria das conquistas neste campo foram controladas, tímidas, escondidas, como o espaço na Folha e na revista Veja. Como não são idiotas, os representantes da "vanguarda" nas chefias de redações sabem perfeitamente bem que é preciso "entregar os anéis para salvar os dedos". O esforço geral do movimento conservador - e da sociedade inteira, que é conservadora até a alma - deve ser para tomar o machado e amputar os bracinhos deformados da monstruosidade marxista. Como na Polônia, é preciso aleijar o movimento, proibir sua existência e, se possível, jorgar alguns dos colaboradores na cadeia. Há motivos de sobra para a última medida, como a colaboração com organizações criminosas continentais ou, o mais óbvio, os tão alardeados escândalos de corrupção, que, por sinal, estão longe de ser o mais grave. É só escolher um motivo, e fazer o que o Brasil exige, aos gritos e ofensas, nas ruas.

A cabeça do marxismo brasileiro está a prêmio - vox populi, vox Dei. A hegemonia cultural morreu, por obra de um líder revolucionário - discreto, é verdade - que faz Robespierre parecer um amador. A guilhotina do "socialismo petista" foram profanidades, muito merecidas, diga-se de passagem, lançadas contra o lixo da civilização. A "revolução cultural" morreu em estádios, ruas e durante discursos fracassados em rede nacional, recebidos com desprezo sincero e justo pelas massas. Em ironia "nunca antes vista na História deste país", a mesma força vista como a que colocaria "a vanguarda do proletariado" no poder foi a responsável pelo sepultamento dos "revolucionários profissionais" em ostracismo e escárnio completo. Uma das últimas barricadas da esquerda - do que restou dela - é o conjunto dos grandes veículos de comunicação. É preciso "tomar a bastilha" e libertar aquelas verdades que a casta revolucionária não ousa pronunciar. Quando acontecer, todo o Brasil verá que "o rei está nu", e não haverá qualquer possibilidade de reconstrução do "socialismo do século XXI" nessas fronteiras. O desafio é grande, mas o movimento conservador já mostrou que é capaz do impossível. Há uma década, era impossível pensar em Lula como um líder humilhado e impotente - um retrado do psicopata desmascarado. O que tinha a pretensão de "reconstruir na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu" agora é uma ruína, uma caricatura horrenda de alguém que se via como um Lech Walesa varguista. A revolução brasileira, através de sua melhor baioneta, mostrou que Luíz Inácio era mortal, frágil e edificado sobre lama: um ídolo pronto para cair, que exigia apenas a persistência a a descrição da realidade. Que Deus conceda ao movimento conservador a força e a persistência necessárias para a "luta final": cada brasileiro deve torcer para que os soldados da revolução brasileira possuam tanto vigor de caráter quanto o homem que, até agora, apostou mais de sua própria fortuna, saúde e trabalho no futuro de liberdade. Os novos alvos da "revolução brasileira", da "contra-revolução" devem ser os agentes do poder totalitário postados nos veículos de comunicação de massa - seus cargos devem ser tomados e a nação deve saber a quais interesses os "agentes de desmoralização" - conforme o termo usado por Yuri Bezmenov - servem. A guerra continua, mas a certeza de que a verdade termina por falar mais alto deve confortar cada um dos conservadores até o último dia. Toda tirania nasceu para ser derrubada, e não será diferente com o "socialismo petista" e o Foro de São Paulo, ao qual o Partido serve.

Assista ao comentário de Olavo de Carvalho sobre os veículos de comunicação de massa e a classe jornalística:


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